quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Montijo e incoerências dum Governo que se diz de esquerda
Já muito foi escrito sobre o  Governo que tomou posse há poucos dias e apresenta agora o seu Programa. 
E, cereja em cima do bolo, a APA acaba de aprovar o EIA sobre o aeroporto do Montijo - mesmo a tempo de ter acabado a discussão do Programa no Parlamento.
Se precisássemos de mais uma prova  das incoerências deste Governo, estava aqui neste EIA, nas suas medidas para "minimizar" os impactes negativos do aeroporto naquela localização e na desfaçatez com que avança para uma obra desta dimensão - no espaço e no tempo - com a ligeireza de apreciação que foi feita.
Não é só por ligeireza, todos sabemos que por trás estão "outros valores mais altos que se alevantam", mas a condução do processo de localização do novo aeroporto de Lisboa diz bem da qualidade da política ambiental que o Governo segue. Das ONGs ambientalistas a Zero, tanto quanto sei, foi até agora a única que se pronunciou declaradamente contra a decisão, outra associação até pactua com as medidas preconizadas, como se existisse alguma forma de minimizar os impactes do aeroporto sobre o estuário em plena Reserva Natural - as Áreas Protegidas (APs) estão completamente  ao abandono - assim mesmo, ao abandono -,  a desmoralização dos técnicos competentes só é comparável em dimensão à incompetência e subserviência dos que as dirigem.
Como já escrevi noutras alturas, se as condições do estuário  e as características da construção do aeroporto são as mesmas do primeiro EIA que chumbou o projecto, como é que um segundo EIA agora pode dizer coisas diferentes sem falhar no essencial e cair no ridículo? Propõem-se vários milhões de euros para "proteger as aves", ou como dizia na TV o director da APA, os "pássaros". Quanto às aves que frequentam uma estação ecológica de importância mundial, a solução estará em colocar uns grandes cartazes a dizer " passarinhos e passarões-  vão para outro lado, não faltam aí espaços disponíveis!! "
Mas já ouvi um autarca dizer que não basta pensar apenas nas aves é preciso pensar nas pessoas e na economia da região - claro, há quem não consiga ainda perceber que as condições ambientais  são igualmente aplicáveis  aos seres vivos irracionais e aos racionais, estes aqui é que não fazem sempre uso da sua razão para se protegerem das agressões. Por muito que o aeroporto agrade ao autarca de Montijo, para a população que reside na região já foi por demais realçado o que vai ser o martírio dos ruídos - e podem dar os milhões de euros que quiserem para os "minimizar" que não vão baixar a poluição sonora ( e química ) do tráfego aéreo. Assim como estão a minimizar os riscos que abalizados comandantes da aviação - aqui eu sou leigo mas acredito neles -  têm feito sobre  a presença de aves de grande porte  na aterragem e descolagem dos aviões. Infelizmente depois vão correr lágrimas de crocodilo mas o Governo já será outro ( espera-se...).
Por outro lado, Engenheiros abalizados já demonstraram na TV, para quem quis ouvir e ver, que a consolidação dos aterros a fazer para cumprir o projecto do aeroporto vai ser difícil e custar rios de dinheiro, por causa da altura de lodo e da profundidade a que estará o terreno fixe.
Tudo isto somado ás ligações rodoviárias, fluviais e ferroviárias que , tal como  os items atrás citados e outros por citar, fariam parte de uma Avaliação Ambiental Estratégica que um Ministério do Ambiente digno desse nome deveria ter "imposto" ao seu próprio Governo, o que não fez,  certamente por no início do mandato não dever saber  o que isso era e talvez também porque "outros valores mais altos se alevantavam" e nada como obedecer ao chefe...
Eu até ia falar nas incongruências deste Governo nos domínios que me interessam mais directamente ( outras além destas, como  a patetice de repetir nos títulos dos lugares dos departamentos do Governo o interesse pelo "interior" do país, o mandar as florestas para o Ambiente, etc) e a indiferença da opinião publica, a conivência de muita comunicação social e a aceitação das esquerdas. Mas vai ficar para outra ocasião, isto já está longo demais.




sábado, 26 de outubro de 2019

Fernando da Silva Grade
Não posso deixar de escrever aqui umas linhas dedicadas ao Amigo que perdi, já la vai um tempão, o Fernando Grade. Apanhado de surpresa por um terrível mal que não tinha remissão, sabia o que tinha e enfrentou-o com dignidade e coerência, a dignidade e a coerência com que sempre viveu.
Fui visita-lo a casa, acompanhado dum seu primo e também meu Amigo Dr. Luis Vicente, na 4 ªfeira 4 de Setembro, e era notório o seu estado terminal; mesmo assim veio sentar-se na sala e escutou a conversa que íamos tendo, em que participavam também a companheira do Luis e o arqº Vitor Cantinho. Despedi-me dele porque no dia seguinte  eu iria para Lisboa e dali para o estrangeiro, e despedimos-nos com um sentido abraço. Eu saí de lá com a convicção de que não voltaria a vê-lo. E no domingo  dia 8 recebi na Argélia, onde estava, a mensagem do Filipe Jorge a dizer que o Fernando acabava de partir.
Quero deixar escrito que para mim, apesar de esperado,  foi um facto que me deixou  cabisbaixo e sem alegria - e a sua recordação acompanhou-me ao longo dos dias da minha viagem.
Com o Fernando Leitão Correia e o Fernando Grade, arrancámos com a Tertúlia Farense, e como dizia o também saudoso tertuliano Rosa Mendes éramos  o "trio fernandino".
 O Fernando Grade faz muita falta a todos os amigos e familiares mas também e, sobretudo, à actividade cívica e à cidadania em Faro e no Algarve. Batalhava com veemência pelos valores do património, da cultura, da Natureza e do ambiente e  enfrentava com galhardia a resistência dos alvos das suas críticas.  Partidário convicto da vida natural e dos remédios naturais para os males  físicos e  psíquicos,  levou a sua coerência até ao fim . O Fernando Grade legou-nos um exemplo único de vida e de comportamento social e cívico. Bem hajam o Fernando e a memória que nos deixou!!

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Ainda a CATALUNHA
A Catalunha está a ferro e fogo, lutando pela independência. É claro que o extremismo de radicais violentos que se intrometem nas manifestações pacíficas de muitos milhares de cidadãos, dá à luta independentista um carácter de desordem incontrolada que assusta e afasta muita gente.  Mas não se vê solução satisfatória para o problema de um povo hispânico que quer ser livre e está a ser oprimido pelo Estado  castelhano.  Eu neste assunto não consigo ser imparcial.
O apelo ao diálogo e ao respeito pela lei  não passam de figuras de retórica - qual foi o povo que conseguiu a independência pelo respeito da lei do opressor? O Brasil respeitou a lei da Coroa portuguesa ?  Angola, Moçambique, e as outras colónias foi pelo respeito da lei colonial que chegaram à independência ?  E Portugal,  respeitou a lei do Reino de Leão quando quis ser independente ?
Deixemos-nos de patacoadas, só pela luta e pela rebelião um povo consegue sacudir o jugo que o oprime!
Hei-de voltar a este assunto... 

terça-feira, 15 de outubro de 2019

O drama da Catalunha continua
Madrid julgou os políticos  catalães  independentistas e castigou-os com pesadas pernas de prisão; mas para fugir à desautorização pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, para onde certamente os condenados iriam recorrer, não foram acusados dos crimes mais graves que podiam levar a penas até 25 anos - não fosse o receio dessa derrota na Europa e os castelhanos teriam ido até ao máximo que pudessem. A Catalunha continuará a lutar pela sua independência até que um dia a própria Europa venha a reconhecer esse direito inalienável de qualquer povo e aceite a Catalunha como república independente.
Portugal lutou durante séculos para assegurar a sua independência e todos os povos ibéricos devem poder  ter essa ambição.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Incongruências  escandalosas
A Caixa Geral de Depósitos vai aumentar as taxas  que cobra pelas contas à ordem  e outros tipos de investimentos, mesmo para quem recebe pequenas pensões, e vai premiar com descontos os que têm ordenados e depósitos  maiores. Isto é escandaloso !! Pura estratégia de liberalismo |
Que incongruência é esta praticada por um banco publico  sob a governança de um Governo das esquerdas? Os méritos  de Paulo Macedo como gestor de Finanças e a sua indiscutível seriedade são características que lhe permitiram pôr a CGD em ordem e restabelecer  a sua credibilidade, abaladas que foram por anteriores administrações incapazes  de aguentar o peso de uma instituição bancária  com esta dimensão.
Mas alto lá com as práticas  de descarado liberalismo; mesmo sem sermos especialistas em questões bancárias, pergunta-se se é necessário ir aos bolsos dos mais pequenos desta forma para manter a Caixa equilibrada!! Um banco publico deve ser gerido com boas práticas  e com competência, mas sem esquecer que a sua manutenção como publico é para possibilitar um papel social que os bancos privados não cumprem.


PSD, e agora ?
A fraca  prestação do PSD nas eleições vai abrir caminho à luta interna, pois tal como numa casa sem pão todos ralham e ninguém tem razão, também num Partido com fome do Poder quand0 este lhe escapa por muito tempo todos ralham  e ninguém tem  a razão.
Veja-se pelo historial do PSD a sucessão de dirigentes com categoria e outros medíocres que passaram por lá.  A primeira geração fundadora foi, como em todos os outros Partidos, a mais categorizada, e quem é desse tempo recorda Sá Carneiro, Balsemão, Magalhães  Mota. Sá Borges  ( que pouco injustamente recordam) e alguns outros; depois passaram por lá Marcelo Rebelo de Sousa,  Rodrigues dos Santos, Mota Pinto e mais dois ou tres grandes personagens, mas foram alternando com o Meneses e daí em diante veio a cair  sempre. E acentuou-se a clivagem entre os social democratas fundadores e seus seguidores, da mistura de gente de duvidosa formação política que acabou por fornecer um Passos Coelho,  um Relvas e toda aquela plêiade de esfomeados pelo Poder entre liberais sem cartilha a direitistas do pior. Lembrem-se do apoio que Passos Coelho deu a André Ventura, de quem até o CDS se afastou ...
A chegada de Rui Rio à liderança trouxe um sabor de idoneidade e rigor, com o querer regressar às raízes fundadoras social democratas. Já se previa que nestas eleições o PSD teria enorme dificuldade em  ultrapassar a fasquia dos seus militantes mais arreigados, porque o PS tinha vindo a executar uma política económica e social com êxito e de difícil  oposição por um Partido moderado, onde só a histeria da Cristas  não a deixava ver a diferença entre a seriedade e a verdade e o populismo desbragado da linguagem.
Com o desaire, mesmo assim muito menor do que seria expectável, começa agora a corrida dos que querem chegar ao "pote". O Relvas já fala outra vez e agora posiciona-se com grande pompa o Luis Montenegro - e a liderança do PSD arrisca de novo a cair nas mãos de gente sem craveira. Este agora altissonante  candidato é muito  fraquinho, não devia bastar o saber falar alto e proclamar tiradas de oposição à esquerda, é exigível a um Partido de Poder que tenha dirigentes de craveira política, intelectual e ideológica à escala adequada.
Rui Rio, apesar dos seus pontos fracos - e quem os não tem? - é um político sério, que apenas resvalou para o excesso pouco próprio dele, quase no fim da campanha eleitoral e certamente por pressão dos "activistas" que queriam mais verborreia. Era importante continuar a ter em Portugal um Partido de social democracia mais de direita, não só para reforçar o Centro como sobretudo para se opor à direita radical e extrema direita que começam a levantar a cabeça.


A ex-putativa Primeira Ministra

Assunção Cristas, que teve o desplante ou a fantasia de se rever como Primeira Ministra, coitada - lá se foi, espera-se para exemplo dos seus correlegionários, de que a verborreia populista fica mal a um Partido que pretende partilhar o Poder e não cai bem na maioria dos portugueses. Para isso já aí estão o Chega e a Intervenção Liberal para arengarem às massas -  um pela liberdade contida pela Autoridade e pelo nacionalismo xenófobo, o outro pela liberdade absoluta dos mercados e pela primazia das finanças e da economia em roda livre sobre o social, talvez uma caridadeinha seja ainda compatível...

O meu sorriso de esperança
Hoje, manhã cedo,  cheguei ao muro do meu quintal e voltei a ver duas lebres aos saltos no terreno debaixo, e sorri ! Já há umas semanas que não via esse quadro de esperança, podiam ter sido caçadas ou partido para outro local mais abundante em comida. Foi o meu sorriso de esperança, que dificilmente esconde a apreensão desta seca avassaladora; as folhas das tílias que nesta altura do ano começam a ficar de um belo amarelo dourado, estão simplesmente secas nas árvores e a cair .
As barragens do Algarve estão com 20 % de capacidade, e se não chover abundantemente nestes próximos 30 dias, quero ver como é que o Governo que afirma ter tudo controlado, vais controlar o abastecimento das populações ( e dos gados, e dos campos de golfe...).
La se vai o meu sorriso de esperança!

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A espuma dos dias

As eleições
Tal como se previa o PS ganhou as eleições e, ainda bem no meu entender, sem  maioria absoluta. A sede, o coração da democracia é o Parlamento e é ali que se deve discutir dia-a-dia toda a legislação. Sempre que há maioria absoluta de um partido ou de uma coligação, a Assembleia da Republica transforma-se numa caixa de ressonância da maioria, e as discussões são vãs, para encher calendário.
A legislatura agora a terminar foi, quer queiram quer não os  apaniguados da direita e os envergonhados da esquerda. um feito político relevante para toda a Europa - demonstrou que é possível com bom senso e vontade democrática, governar sem obedecer cegamente aos ditames do liberalismo imposto pela União Europeia. Acorda, esquerda europeia , começando aqui pela vizinha Espanha, aprendam a ser solidários e equilibrados !!
A  maioria do povo português que votara à esquerda já em 2o15  voltou a votar agora maciçamente no mesmo sentido  - os mandatos somados do PSD, do CDS, da Intervenção Liberal e do Chega ficam abaixo dos alcançados só pelo PS; se agora se juntarem o BE, a CDU e o Livre, a esquerda alcança maioria indiscutível, mesmo não contando com o PAN, Partido dos Animais e Natureza que mudou entretanto de designação e passou a ser  Pessoas, Animais e Natureza... É que a "natureza" deste partido deixa muitas dúvidas sobre as reais intenções ideológicas da gente que o dirige, não tanto dos que emocionalmente votaram nele; tenho muitos engulhos em considerá-lo de esquerda...
E agora todos se interrogam - vai voltar a geringonça? Uma coisa dessas vai voltar seja lá como for.
Mas há um aspecto que só ouvi de fugida um comentador falar e mais ninguém voltou ao assunto : António Costa afirmou que depois dos dois primeiros anos da nova legislatura, poderá usar  a bomba atómica, não terá sido esta mesmo a expressão que usou mas foi com este sentido.
Portanto aguardemos com calma a solução que sairá destas eleições, onde pouco se discutiram coisas fundamentais.
Ninguém falou na política florestal, que face ao estado caótico do território português, devia ter sido assunto crucial a discutir, pois é muito possível que o PS, surdo às ideias que o criticam e submisso ao lobby das celuloses,  continue com esta bagunça de reformas e contra reformas que não levam a nada.
A água  -  Ninguém discutiu o problema da água, e as tontices do Ministério do Ambiente asseguram sempre que está tudo controlado. Controlado como? Se as albufeiras continuarem a esvaziar a este ritmo, e tal vai acontecer dentro de pouco tempo se não caírem uns bons aguaceiros  JÁ,  como se vai abastecer a população concentrada ao longo do litoral em enormes manchas  urbanas ? Vão buscar a água onde?
Ninguém discute nem sequer fala na necessidade de caminhar rapidamente para a dessalinização da água do mar para abastecimento publico das populações urbanas de todo  litoral, em especial do Centro e do Sul. E não me venham falar de alarmismo, porque basta estar atento à evolução  das precipitações e do aumento gradual e prolongado das altas temperaturas para se perceber que é preciso muito mais que falar nos discursos  da alterações climáticas como uma coisa que há-de vir aí... Não, já aí estão !!
Agricultura - as Direcções Regionais de Agricultura estão remetidas a gabinetes de tratar da papelada para os sub subsídios, eu sei que estou a exagerar, mas é a sua principal tarefa. Desapareceu o Serviço de Extensão Rural para apoio de velhos agricultores e de novos agricultores ( mesmo que os houvesse...); e desapareceu a experimentação agrícola, basta ver a DR do Algarve com as instalações e estufas abandonadas, e os bons investigadores à espera da reforma... 
Isto é criminoso, bem prega o Prof. Duarte Santos  que as condições climáticas do Norte de África estão a saltar rapidamente para o sul da Península Ibérica porque ninguém o escuta. Eu regressei há dias da Argélia e é impressionante o esforço que por lá está a ser feito para aumentar a produtividade da agricultura, aumentando as áreas de culturas adaptadas às condições edafo-climáticas, com culturas de ciclo curto, métodos  eficientes de rega gota-a-gota, etc.E várias estações de dessalinização da água do mar, de que eu falo há vários anos e ninguém escuta - não tenho credibilidade para ser escutado pelas altas patentes que lideram os Ministérios que temos tido...
Nem os PAN, os Verdes ( verdes por fora e vermelhos por dentro como as melancias...), nem o PSD que tem historial positivo no capítulo do Ambiente, já nem o PS , claro, de que não se espera grande coisa neste domínio. E as próprias ONGs também falam baixinho, precisavam de ter cá uma Greta sueca para se espevitarem.!!!












domingo, 6 de outubro de 2019

A espuma dos dias
Eleições
Hoje foram as eleições. Acabam de sair as primeiras projecções sobre a abstenção, entre 44 e 49 %. Para lá de outras motivações que certamente justificarão um tão elevado  número dos que resolvem não votar, e mesmo descontando o facto de os Cadernos Eleitorais terem sido revistos e acrescentando creio que à volta de 1 milhão e meio de novos eleitores - o que limita a comparação com eleições anteriores - o que me parece é que o sistema de votação terá que ser drasticamente modernizado.  É muito incómodo para o estilo de vida actual, as pessoas terem que se deslocar por vezes longe de casa e ficarem em filas longas à espera de vez. Isto afecta, em meu entender, especialmente as camadas mais jovens.
Se hoje através dos meios informáticos já se fazem praticamente muitos dos actos da vida das pessoas, já se transfere dinheiro, já se facturam milhões, já se recebem  comunicados oficiais do Governo, da Presidência da Republica, etc, etc, - porque é que ainda não se avançou para o voto através da informática e as pessoas poderem votar a partir do local em que estejam?  Custa dinheiro,   mas a democracia  sai cara e se queremos assegurar o seu futuro e o envolvimento das camadas jovens que serão as camadas decisoras de amanhã, tem que se organizar a sociedade para atender ás mudanças de comportamento geracional.