quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

 

A Montanha do Inferno.

Se a suja guerra da Ucrânia terminar com este país independente, portanto sem a solução de paz  imediata que alguns intelectuais pacifistas preconizam e que  quer dizer  aquele pais ser usurpado pelas tropas de Putin, talvez mereça ser  sugerido um memorial eterno.

A quantidade de escombros  já hoje deve  ser enorme e todos esses materiais têm que ir para algum lugar e aqui  eu recordo a Teufelsberg, a Montanha do Inferno, erguida nos arredores de Berlim.

Uma grande parte dos escombros alemães depois da 2ª Guerra Mundial  foram juntos num enorme monte, hoje o ponto mais alto da região da capital alemã. Cobertos por grandes camadas de terra e depois arborizada, hoje uma enorme floresta de carvalhos e outras espécies autóctones cobre toda aquela imensidão. A Ucrânia  bem merece a sua Montanha do Inferno  que ficaria para sempre como  memorial desta suja guerra de que foi vítima.

 

Eugénio de Andrade

Passam cem anos sobre o nascimento deste grande poeta português com que tive o privilégio de estar junto por umas horas.

Foi há muitos anos e lamento não ter fixado a data; foi num encontro que se realizou em Arouca, no seu grande convento, e em que eu participei a convite do Ilídio de Araújo, uma tarde inteira em que nós os tres - e mais alguém que o tempo me apagou da memória - conversámos em amena troca de ideias.

há palavras/ leves/ como sementes de álamo-  erguem-se /levadas pelo vento/e voltam a cair/  difícil agarrá-las/ porque se afastam muito/ como sementes de álamo ....






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