quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

 Para memória futura, aqui ficam os homens do Presidente


Lembram.se deles? Um ainda mexe e é a esperança da direita...

 As elites políticas ouvem-se umas às outras e não ouvem o povo, o populismo ouve ... disse Gilles Lipovetsky, e é mesmo verdade

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

 Triste situação do Portugal de hoje...

Temos vindo a assistir a uma situação social no nosso País de que só me recordo algo semelhante nos velhos bons tempos do PREC; e digo bons velhos tempos porque nessa altura estávamos a aprender a viver em democracia. Hoje, para não ser demasiado dramático com adjectivos mais  sonoros,  acho que é um triste tempo.

Caos social que advém sobretudo da governação dos últimos dois anos (e ainda em funções graças á palhaçada arranjada pelo Marcelo para favorecer, encapotadamente,  a sua direita) do Governo de António Costa e. mas custa usar quase os mesmos argumentos  que a direita.

Médicos, professores, justiça, polícias em revolta permanente e agora até o exército!! Pasme-se !!

Para ter as "contas certas" como exige a deriva neoliberal que os Governos, sejam do PSD sejam -pasme-se outra vez !! - do PS  seguem há décadas, toda a estrutura da sociedade está em ebulição.  

Já escrevi uma vez e volto a repetir, António Costa pode ser um grande político no que isso quer dizer de saber negociar à esquerda e à direita,  cá dentro e na Europa - mas é mau governante. Mostrou o seu lado politico durante a geringonça em que teve de manter o equilíbrio com os parceiros da esquerda, donde resultou uma politica assistencialista, de cariz social, sim senhor, mas onde tudo o resto andou à deriva dos mercados desregulados. Aguentou maus momentos  desde a pandemia à guerra suja que a Rússia promove, mas  não fez o mínimo esforço para estabelecer politicas de médio e longo prazo, navegou a vista e de vista curta.

As escolas  estão a ficar sem professores - já se viu algum ministro ( quer queiram quer não os ministro estão em funções) falar? Mandam tudo para o Governo que vier a seguir, bela maneira de empurrar o assunto para  a frente com a barriga .

Há mais  de 1 milhão e meio de portugueses ma pobreza declarada e muitos milhares  mais na pobreza envergonhada - porquê ? com que solução à vista? Onde estão os ministros da Segurança Social  e das Finanças? Calados que nem ratos no buraco...

O salário mínimo vai crescendo, pouco mas lá vai,  e o salário médio vai ficando para  trás - vamos nivelando por baixo e custa a repetir  aqui o que a direita não se cansa de dizer - mas é verdade.

O SNSaúde está à rasca, funciona e até faz milagres graças a uma minoria de agentes (médicos, enfermeiros e outros profissionais)  que se esfalfam e mantêm o SNS a funcionar; ainda há dias a esposa de um médico meu amigo tinha um problema grave, foi a um conhecido e badalado Hospital  privado e disseram -lhe  que só resolvia aquilo no Serviço N Saúde onde haveria meios e especialistas para tratarem do caso.  É graças a estes exemplos que o SNS ainda não baqueou.

Aquela decisão de atribuir aumento de subsídio de risco à PJ foi tomada por Costa e a ministra da Justiça, nem sequer o ministro ida Administração Interna que tutela as outras polícias  foi chamado. Então um assunto destes não seria para tratar em reunião do Governo ou, pelo menos, com 2 ou 3 ministros mais directamente envolvidos? Um primeiro-ministro tão bom como se julga ser António Costa não foi capaz de prever o desastre que seria aumentar uns e não aumentar os outros ? 

Este gesto sem desculpa a está na base da insurreição geral dos corpos policiais, onde os "chegas" estão entranhados, não duvido, e que se atrevem a boicotar  as reuniões dos políticos, ameaçando boicote a eleições!!  É como se tivéssemos voltado ao PREC - tal como nesse tempo  são agora os tropas que ameaçam vir também  para a rua, se calhar voltam os SUVs, encapuçados, a gritar pelas ruas fora.

Quer policias quer militares são os portugueses autorizados  a usar arma pessoal . e que tal?  

Por isso  Portugal está hoje numa triste situação - e triste é a palavra menos ofensiva,,,

E ainda a procissão vai no adro...





segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

 

Esta nossa condição mediterrânica




O meio forma o homem.

Embora a cultura específica de cada grupo  crie diferenças identitárias -  e é assim que se formam nações e os povos adquirem as suas características nacionais - há uma formação subconsciente entranhada nas mentalidades e transmitida pelas gerações. que se deve à forma como o meio ecogeográfico, por sua vez condicionado pelas condições telúricas e climáticas, condiciona os seres humanos .

Quando há uns 5,6 milhões de anos a actividade tectónica fez romper o Estreito  de Gibraltar, o antigo mar interior  que se tinha formado quando desapareceu o Mar de Tétis e se transformara num grande lago salgado a evaporar rapidamente, tornou-se no Mar Mediterrâneo que chegou aos nossos dias.

A primeira fotografia é da floresta de folhosas do Líbano mas  que podia ser de certas formações da Península Ibérica; o primeiro  povoado é na Sicília e o outro no barrocal algarvio - podiam ser ambos da mesma paisagem - e podia apresentar aqui muitas imagens de outros aspectos da paisagem e do património.

O que estas imagens  procuram evidenciar é a unidade paisagística,  e que depois se torna num sentimento de pertença, que se vive neste cadinho de civilizações e culturas que é o Mediterrâneo, para  lá das divergências que outros valores, muitas vezes estranhos  ao meio, semearam ao longo dos séculos.

Quando viajamos pelo Mediterrâneo, mais no Ocidental mas também no Oriental, temos a sensação de estar em casa, até as diferenças nos parecem aceitáveis, compreensíveis - eu senti isso no Líbano ou na Argélia, na Grécia, na Sicília ou aqui em Marrocos.  Nós, aqui no sul da Ibéria, estamos geograficamente fora da bacia mediterrânica mas somos muito abrangidos ainda pela sua influência climática e florística, mas também cultural - dos povos que ao longo do Tempo connosco se cruzaram e connosco conviveram

Nestes tempos conturbados quer pela forças terrestres que modificam o clima com a cumplicidade gravosa dos homens quer pelas incompreensões de élites do Poder que se submetem muito mais às influências externas à região do que à consolidação  das conexões internas - o  que penso que será fundamental para o nosso futuro comum, que já estamos a viver em termos climáticos, ( quer gostem ou não os negacionistas) será explorar as convergências em direcção a uma verdadeira mediterraneidade.

Ao longo do Tempo os povos em volta deste grande mar -o Mare Nostrum, dos romanos - guerrearam, criaram arte, cimentaram civilizações, conheceram harmonia , o que não invalidou  guerras, raivas e lutas; sobre a mediterraneidade pairam a herança de Ur e de Uruk, ideia cósmica dos antigos egípcios, a religiosidade dos árabes e berberes,  o espírito  grego e a força dos latinos, a fúria dos otomanos - uma profusão de sentimentos que ultrapassou sempre as fronteiras desses povos.

O espirito mediterrânico foi exaltado por muito pensadores das duas margens e relembro Camus que falava do Nationalisme du Soleil, ou Teixeira Gomes que escolheu para exilio Bougie, na Argélia, e que encontrou no filósofo argelino Mohammed  Arkoun um acérrimo patrono, esse espírito existe e só precisa de ser consolidado.

 Apesar das guerras que ao longo dos  séculos violentaram as praias e as colinas, também houve tempo e espaço para se forjar a talvez  maior epopeia civilizacional do mundo - a paideia grega, a literacia de Alexandria, o genius de Roma, os cadinhos de ideias de Cirene ou de Siracusa, a expressão universalista que existe no islão como existia no Al Andaluz e depois desapareceu. Aqui se geraram as tres religiões monoteístas que nasceram do mesmo tronco comum e que este foi buscar muita da sua inspiração ao mais remoto da Humanidade, como em Gilgamesh - o tal de Uruk. a "cidade das grandes muralhas" e que partiu em busca do paraíso lá para o fim do Tibre e do Eufrates...

Religiões que fomentaram desavenças, guerras e conduziram a opções políticas divergentes e concepções filosóficas que acabaram por dominar grande parte do mundo e que mostram que a História  não se inventa  ou reinventa,  mas se escreve dia a dia e que as ideologias - ao contrário do que alguns apregoam- não são metáforas mas antes construções palpitantes que resultam da riqueza de opções que o ser humano cultiva no seu âmago.

Como Claudio Torres escreveu : " A consciência territorial do espaço geográfico é uma constante na tradição clássica mediterrânica"; e Mohammed Arkoun salientou que a tradição missionária cristã e o proselitismo islâmico são os dois grandes eixos do pensamento mediterrânico que atravessaram todas as culturas deste espaço geopolítico e, passo a passo, se  estenderam a todas culturas do mundo, mas foram usurpados por muitos Estados em prol da politização das crenças. Só pela abertura das mentalidades para uma leitura desapaixonada das duas correntes e pela ultrapassagem de erros de apreciação enraizados de ambos os lados, será possível chegar ao sucesso do entendimentos que está presente  nas populações de ambas as margens do grande mar e a elas é inerente.

Estamos mais uma vez num Tempo de convulsões planetárias e ideológicas que afectam de modo particular o Mediterrâneo e que nos apanham também a nós, aqui debruçados sobre o Atlântico; mas também é o Tempo de uma tomada de consciência sobre o destino que a todos diz respeito e que pode ajudar a consolidar o espírito da mediterraneidade como grande matriz de todos nós, os povos do Sul!






 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

 Morte em estância de férias

A 16 deste mês ( soube-se, mas  terá  sido mesmo nesse dia...?) morreu um político russo, de seu nome NAVALNY, que estava a passar férias numa estância de turismo de Inverno na Sibéria.

Sendo  amigo do neo-czar soviético que reina na Rússia, imagina-se o desgosto que o dito czar,  de seu nome Putin, terá tido com um tão triste acontecimento.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

 Um consolo , em jeito de desculpa

Sou um beethoviano arreigado.  Quando ouço o Concerto nº 5 para piano, de Beethoven, atinjo uma enorme paz de espírito, aliás também com o Concerto para violino; não percebo nada de música, mas acho extraordinário que se tenha alcançado um tal grau de beleza acústica, por vezes há passagens apenas com 4 ou 5 notas mas alinhadas num ritmo e num tom tais  que parece...natural!

Foram ambos escritos entre 1806 e 1811,  sabendo-se que a surdez terá começado cerca de 10 anos antes  e foi sempre em crescendo, até que aquando da fantástica 9ª Sinfonia ele já estava surdo por completo;  e contam-se cenas da exibição dessa peça extraordinária com ele ao piano e sem saber que já teria terminado!

Agora tenho ouvido mais vezes estas e outras grandes composições do Mestre, e por isso acho que é em jeito de desculpa para não pensar noutras preocupações.

Ando estupefacto com a carnificina praticada por Israel na Palestina,  uma coisa inconcebível  em qualquer tempo fora do nazismo mas  muito mais neste século !! E ninguém trava o energúmeno  do Natanyahu ?

Só de pensar nos crimes do neo czarismo soviético na Ucrânia  e nesta carnificina sionista, penso que vou terminar os meus dias num clima de pandemónio  e tristeza.

Se houve um tribunal especial para julgar os nazis que cometeram o Holocausto, também  agora se impõe um novo tribunal para julgar Natanyahu e os seus comparsas, autênticos nazis em acção. 

Se nada desculpa a barbárie inicial do Hamas, por isso é um grupo terrorista, o que agora se está a passar na Palestina já não é  uma guerra de retaliação, é pura vingança e pretexto dos judeus - auto-convencidos da sua histórica autoridade e prepotência  reveladas sempre que tinham Poder -  para ocuparem toda a Palestina. Já em 1967 o General De Gaule, numa magnífica declaração que anda no you tube, previa que isso viesse a acontecer,  perante a passividade do resto  das nações; mas o que eu ainda volto a salientar é a hipocrisia dos países árabes que não mexem um dedo do seu efectivo poder para ajudar os palestinianos.





sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

 As tragédias continuam

a)- Tragédia 1

O neo-czarismo soviético ilustrado por Putin continua a evidenciar  uma arrogância que começa a cheirar a desespero,  quando este "exemplar " ditador maníaco (acredito que ele tenha graves problemas de personalidade) vem afirmar que não pode perder a guerra da Ucrânia ( olá, isso nem era de admitir!!...) e não tenciona atacar a Polónia nem os países bálticos - era mesmo só o que faltava para evidenciar  loucura  completa! Para justificar a invasão da Ucrânia já usou os argumentos de Hitler para invadir os países  em volta da Alemanha, que eram a protecção das populações germanófilas e a necessidade de ampliar o seu "espaço vital", só lhe falta desencadear uma guerra total.

A Rússia foi sempre assim, o povo russo levou sempre, através dos séculos, a lutar contra os  grandes senhores  que o escravizavam, sem sucesso; a resistência camponesa foi sempre decapitada por  quem explorava o trabalho dos campos, muito antes de qualquer industrialização. Levantamentos contra os boiardos e outras categorias de nobres latifundiários estenderam-se desde o século XV mas com especial gravidade  nos séculos XVII e XVIII. A mais sangrenta parece ter sido a chamada revolta de Moscovo de 1648, que se estendeu a diversas cidades por todo o império, mas sucederam outras revoltas ao longo do tempo pois os czares esmagavam algumas dessas resistências camponesas com uma ferocidade inaudita, segundo rezam as crónicas. Foi o que o regime soviético fez, com tanto orgulho dos comunistas pelo mundo fora -  durante décadas a Sibéria conheceu horrores e ainda hoje o neo-czar Putin segue esse exemplo. Com Navalny de férias na bela Sibéria,  acaba de proibir a candidatura  de um personagem que teve a  lata de ser contra a guerra, e então  os serviços encontraram  assinaturas ilegais no processo e isso é muito grave... basta para travar mais um atrevido.  Por cá, nos bons velhos tempos do Estado Novo que os "chegas" adoram, também  era assim,  quem diria  que se passava o mesmo que na democracia russa,.

2024 ameaça ser um ano terrível com estes exemplares  a mandarem  um pouco por todo o mundo, vem ai a seguir a eleição do Trump, enfim um Paraíso  na Terra.

b) Tragédia 2

O neo nazi israelita, primeiro ministro,  vai ficar na Historia por  ser o principal responsável pela nova vaga de anti semitismo que já se está a formar em todo o mundo e que Israel vai pagar caro no futuro, apesar do apoio semi-envergonhado dos EUA e dos governos europeus sob maior influência judaica como  Londres.

A destruição de Gaza e já da Cisjordânia é um acto premeditado para eliminar qualquer veleidade de reconstruir o país para o regresso das populações palestinianas, já ninguém se ilude a este respeito; é uma estratégia que serve os interesses  de Israel na Palestina, e o mundo está a assistir a essa estratégia sem fazer mais do que palavras de circunstância.  E como já escrevi antes,  os países árabes exageram na hipocrisia,  não fazem nada - é  que os palestinianos  são pobres, não têm petróleo.

Continuamos todos com as nossas vidas mais ou menos (des)organizadas, vamos tendo que comer e que beber ( embora a água comece a escassear...), e como  dizia há dias Jorge Moreira da Silva, a população de Gaza está presa num triplo sentido -não há refugiados porque as pessoas não têm para onde fugir - quando não são estilhaçadas morrem de fome  e de sede, incluindo milhares  de crianças certamente possíveis terroristas contra Israel e que deixam o Netanyahu ( e todos os sionistas. e todos os nossos governantes que já nem falam do assunto) nas calmas com as suas consciências.






quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

 Estamos mesmo em degradação progressiva...

Nunca acreditei na maioria absoluta de um só Partido, e deixei isso registado,  mas nunca pensei que se pudesse assistir a uma tal desorganização das instituições como estamos agora  a constatar. 

Por caminhos destes a nossa 1ª República implodiu... 

O último Governo de António Costa ( ainda em funções graças a uma decisão patética do impagável Marcelo) foi um lamentável chorrilho  de asneiras e de degenerescência governativa. 

De resto a deriva do PS para fora da social democracia segue a trajectória do que sucedeu a esta ideologia tal como à democracia cristã, infectadas pelo virus do liberalismo,  que a União Europeia impõe. Como pequeno exemplo - anda aí um cronista que já foi um graúdo democrata cristão, do CDS, e que escrevia há tempos que a direita ou é liberal ou não é direita - tal vai a democracia cristã, hem?

Neste belos tempos que vivemos por cá,  não passa uma semana sem que haja suspeita de diversos graus de  corrupção entre  titulares de cargos públicos  embora alguns  deles possam ser mais fumaça que fogo - mas alguma coisa há.

A contestação varre todos os sectores de actividade, a impudência dos políticos nos seus confrontos pré-eleitorais começa a cheirar a podre.

A presente situação dos polícias em descarada atitude de desobediência e avisando, pelos dirigentes sindicais, de que podiam vir a ser afectadas as próximas eleições de Março ( mesmo que seja apenas um aviso)é inédita e o mais preocupante de todos os casos; e mesmo que nem todos os agentes quer da PSP quer da GNR, quer dos guardas  prisionais  (e agora até já dos nossos "espiões" de "secreta") estejam ligados à extrema direita, são manipulados por eles que lhes apelam à coerência entre colegas e à defesa dos seus interesses,  legítimos na sua generalidade. Se houve 40 e tal que adoeceram todos no mesmo dia e tiveram baixa médica ( e que médicos...) quem é que garante que em vez de 40 não serão o dobro qualquer dia? Quando eu andava  no ISA também havia em Alcântara um médico que,  deixando lá de manhã  20 escudos, passava os atestados de doença que se podiam levantar à tarde e  permitiam não ir a um exame. Outros tempos, claro...

Antonio Costa foi sempre considerado um grande politico (e talvez seja...) mas é um péssimo governante, e isso ficou patente neste seu último Governo; enquanto teve que ir negociando com os partidos da geringonça, lá foi aguentando umas medidas sociais -  se bem que, na economia  e na ausência de  grandes medidas de futuro, continuasse a deriva liberal que assumiu sempre. Mas com o seu Governo de maioria absoluta entrou em navegação à vista  e de vistas curtas, onde a falta de colegibilidade (acho que inventei esta palavra...) nas decisões foi patente -  de resto os inúmeros casos de entradas e saídas de membros do Governo, a patética  situação que ele deixou criar com o inapto Galamba, etc,etc,  falam por si.

Mas,  de acordo com o que  uma cronista do PUBLICO escrevia há dias,   mais uma prova dessa forma irregular de Costa tomar decisões  em conjunto com todos os membros do seu Governo, foi a decisão de aumentar o subsídio aos agentes da PJ tomada ente ele e a Ministra da Justiça e sem dar conhecimento ao Ministro Carneiro de quem dependem todas  as outras policias. Resultado: esta luta de todas as policias para que os subsídios  sejam os mesmos para todos. Decisões tão sérias são tomadas fora do Conselho de Ministros? Ou pelo menos juntando os ministros mais directamente interessados na matéria? É este o sentido de governabilidade de A. Costa? Sendo tão grande político, não pensou nem previu  que podia estar a arranjar um caso bicudo aumentando só um  ramo das policias?

Na agricultura, e à semelhança da contestação em toda a Europa contra as medidas da PAC, os nossos agricultores protestam contra a ministra como se ela resolvesse alguma coisa ( logo esta !!) - quem resolve, se quiser, é o Costa.

Neste caso europeu, o  pior para o Ambiente e para a Biodiversidade: em vez de a UE aligeirar o uso dos químicos como  forma de baixar os custos de produção e poderem concorrer com as agriculturas de outros  continentes, se a Europa tivesse força devia era impor que esses outros - América do Sul à cabeça-  entrassem numa prática agrícola mais conforme e amiga do Ambiente e da qualidade e pureza dos produtos. Estamos todos à espera que  céu nos caia em cima da cabeça ...mas hoje ainda não é a véspera desse dia, portanto vamos lá dar mais uns lucros de milhões à indústria química poluente...

A atitude de A. Costa nestes meses, impávido perante as contestações generalizadas de todos os sectores das actividades económicas e sociais,  tem sido sobretudo para mostrar ao Marcelo que a culpa foi dele, criando as condições para este pântano. Já houve outros pântanos antes e deram lugar à subida da direita; o pântano  de agora vai  dar lugar  provavelmente (como já se está a ver pelas sondagens) à subida da extrema direita -  que é um caldo perigoso.

Aliás por erros e desvarios das ideologias democráticas da esquerda e da direita  moderadas, por toda a Europa - e alastrando para outros continentes - a extrema direita tem chegado   ao Poder; e quando Trump for eleito nos EUA o panorama ainda se agrava mais, o contágio deve  ser inevitável.