quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

 O chico espertismo e a falta de escrúpulos não são só portugueses

Tenho escapado a falar da pandemia e dos seus fenómenos adjacentes, da má língua e dos ataques políticos oportunistas  só para fazer oposição ou porque dependem disso para sobreviver...

Mas hoje tenho de deixar algumas reflexões para memória futura.

Já se sabe que em altura de caos e de tragédias  vem sempre ao de cima o chico espertismo que José Gil aponta para os portugueses. Ainda perdura na memória, depois dos incêndios de 2017 quando veio o dinheiro para reconstruir casas, a comunicação social revelar  como disso se aproveitaram pessoas que não tinham prioridade e até autarcas ainda andam com processos às costas,  quando havia pessoas sem casa e continuavam sem ter direito às ajudas.

 Era inevitável que com esta crise da pandemia e com a esperança de voltar a normalidade com as vacinas, que começasse a luta e os negócios por baixo da mesa. E já saíram cá para fora notícias - e deve ser uma pequena amostra ...- de quem se  vacina antes de pessoas prioritárias,  como presidentes de autarquia só porque são também os presidentes de lares - pronto, vão na onda dos primeiros vacinados; tanta coisa para que os bombeiros estejam entre os prioritários a ser vacinados, e percebe-se por serem  aqueles que pegam diariamente nos doentes para os transportar - lá vêm as notícias de  estarem a ser vacinados funcionários administrativos dos bombeiros. para aproveitarem a onda...
A prioridade foi dada aos profissionais de saúde - mas há quem conteste, devia ter-se começado pelos mais velhos de 80 anos,.. Mas eu, com mais de 80 anos, sou dos que acham que, se os médicos e enfermeiros não estiverem em boas condições, não conseguem tratar os velhos, e parece evidente que se devia ter começado por eles.

Entre os médicos e especialistas também há sempre  grandes divisões e compreende-se que assim seja dadas as incertezas que a pandemia arrasta consigo; mas há médicos que se aproveitam politicamente dessas incertezas e o Bastonário da Ordem dos Médicos é um dos mais flagrantes, até um leigo como eu percebe. Primeiro só aparecia na Tv ao lado do outro médico do SIM, sempre a falarem mal das opções politicas, porque serão ambos da direita declaradamente-  ora  o sindicato pode ser de que lado quiser, o Bastonário é que deve ser de todos. Era raro ver-se o Bastonário aparecer ao lado da outra organização sindical de médicos. Depois abrandou essas  aparições em conjunto, começaram alguns médicos a manifestar-se contra. Ainda ontem  um conceituado médico,  Rosalvo Almeida, acusava o Bastonário de estar a fazer o papel de sindicalista, que não lhe compete.

Cada opção que o Governo  e a DGS tomam (e esta tem por trás dela equipas de médicos e especialistas a fornecerem informações tal como as que vêm da UE )  surgem logo líderes partidários e alguns médicos e outros especialistas com opiniões contrárias. É bom que não se esqueça que estes que dão estas opiniões contrárias, se fossem essas que vingassem e fossem as assumidas, do outro lado sairiam as opiniões contestatárias dos que agora são contestados - ou não?

Terá havido zig zags das decisões do Governo ( e eu até sou dos que desde há muito critico esta governação por diversas razões, sobretudo da falta de políticas de fundo que têm a ver com a perenidade do território e do povo); mas os abencerragens da baixa política, que  pensam que só assim conseguem singrar,  acabam por estupidamente não perceber que a evolução  da pandemia  e das informações e contra-informações que chegam de todos os cantos do mundo,  terão como consequência uma grande falta de certeza e que, por isso, se trata mesmo  de navegar à vista  alterando as medidas consoante cada novo facto.

E que, como todos os políticos dizem ( mesmo aquele que não acreditam nisso) os portugueses não são  estúpidos, a verdade é que, tirando os  cegos ideológicos e/ou enfeudados aos partidos, de todos os quadrantes em especial da direita, claro,  (exemplos Paulo Rangel, o menino birrento Nuno Melo, os ideólogos Cotrim e Mayan a tentar remar contra a maré,,,) continuam a dar mais de 35% de apoio ao PS ... Depois deste cenário de pandemia e medo, quase caos, é preciso ser inconsciente para tentar aproveitar as falhas - quem a não tem num quadro destes ?

Mas os lados baixos da política e o aproveitamento das fraquezas  das sociedades nesta fase de caos mundial, é já evidente com as grandes empresas produtoras  de vacinas - o negócio astronómico da industria farmacêutica  neste mundo de cinismo e de total falta de solidariedade, um mundo mercantilista, liberal e vergonhoso. Vergonhoso.

Os contractos feitos pela UE com as farmacêuticas para a entrega de  vacinas, tem sido das poucas atitudes positivas que a Europa  assumiu, em defesa da solidariedade geral entre os europeus.  Mas já começam as fugas aos compromissos, o tal chico espertismo que afinal é mais difundido do que se poderia pensar... Há países a comprarem à socapa as vacinas directamente aos fabricantes e a ocuparem posições antecipadas à UE; a Pfizer ainda alega um pequeno atraso por dificuldades na capacidade de produção, mas procura, tanto quanto se pode ajuizar, cumprir - pelo menos  até que se prove que está a vender para lá daquilo que contratou com a UE. Agora a britânica AstraZeneca é mais que evidente que está a fazer o jogo duplo e a UE ainda não o disse claramente (mas já deu um toque) que pode estar a desviar a entrega de vacinas prioritariamente para o Reino Unido - que, como sempre ao longo da história. e agora depois do Brexit, puxa sempre primeiro para si - e ainda não  fez a interiorização de que já não tem o Império Britânico a dar-lhe força, custa a engolir...

A pandemia ainda não foi entendida pela maioria das pessoas  e nem sequer pelos políticos responsáveis, com um aviso da Natureza ao descalabro do uso e abuso dos recursos da Biosfera, numa escala que nunca  terá sido enfrentada antes pela Terra. E virão outras pandemias e   epizootias.

As últimas décadas de liberalismo económico-financeiro têm conduzido ao descalabro dos recursos naturais - e as alterações climáticas ( em que muita gente fala só por falar e para parecer que estão actualizadas) ameaçam seriamente o equilíbrio climácico que conhecemos até hoje; outro equilíbrio se construirá indiferente ao que o homem pensa, mas aquilo que o homem faz pode, isso sim, agravar a regressão da Vida tal qual a conhecemos ou pelo contrário, se vencer o instinto de sobrevivência e anti suicídio colectivo,  travar o declive para o abismo.

O mundo  - e já desde há muito  que não é só o Ocidente mas também a Índia, a China e  os emergentes de todos os continentes-  tem que entender que a economia de mercado desregulado. financista, especulativo, que de liberal (abusivamente usando este nome) passou a libertino,  tem de dar lugar a uma governação até aqui considerada de utópica e irrealista -  mas que a História, em vez de ter terminado como queriam os  autodesignados "liberais", nos continua a ensinar -  uma governação de solidariedade colectiva mundial mas onde todas as liberdades ( menos as do egoísmo) e a criatividade tenham plena vivência. 

Temos de dar mais tempo a Gaia para acalmar as suas fúrias justificadas .















quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 Poucas vergonhas ambientais no Algarve

O PUBLICO  saiu ontem com um artigo da autoria de Idálio Revez que trata da pouca vergonha da implantação de pomares de abacateiros às centenas, agora já em 2000 ha.

A façanha é devida à promoção que a própria Direcção Regional de Agricultura faz daquela cultura e ao "esquecimento" da CCDDR e dos Serviços Regionais de Ambiente de que existem alterações climáticas, que o facto de chover melhor este Inverno não invalida a tendência já longa para a aridez, esquecem que existe uma RAN e sobretudo uma REN que devem ser respeitadas e fiscalizadas .

Assim enviei uma carta ao Francisco Ferreira da ZERO, a ver se  pega no assunto a sério. Eis o teor da carta :

"O Publico de ontem trazia um bom texto do Idálio Revez sobre a expansão do abacateiro no Algarve e, no meu entender e de muitos que se preocupam com as asneiras graves cometidas na área do Ambiente, o assunto não deve morrer assim.

Começando pela Direcção  Regional de Agricultura, ela é responsável por promover a cultura daqueles pomares tão exigentes em água de rega, como  se os citrinos, com larga  tradição na Região, não fossem já os grandes consumidores desse recurso escasso. 

No ano passado houve uma troca de textos no Sul Informação em que eu também participei e sobretudo um colega Gonçalo Gomes, e em que o Director da DRA defendeu asperamente aquela cultura. Ora, embora deva competir aos organismos da agricultura promover as culturas mais rentáveis, não podem esquecer a situação das alterações climáticas, em que toda a gente enche a boca de retórica mas não liga nenhuma, e para ser responsáveis deviam impedir qualquer acção destas em cima da REN, que também ignoram. Basta cair uma chuva e esquece-se  a trágica situação habitual de escassez de água no Algarve.

Porém a CCDR e os Serviços Regionais de Ambiente que nela funcionam, devem ser objecto de um processo - até do Ministério Público(?) - para apurar responsabilidades de quem deixou passar os atropelos à REN. Tem que se saber quem foi que deixou que o processo corresse daquela maneira e certamente se encontrarão esses responsáveis ( numa terra pequena todos se conhecem..., não deve ser difícil encontrar os responsáveis). É ridículo fazer pagar 12.000 € de coima a quem diz que investiu vários milhões - e fica o assunto encerrado? Se não houver uma investigação, coisas destas vão continuar a passar-se e todos assobiam para o lado.

O mesmo se passa com o Programa de Recuperação da Paisagem implementado pelo Ministério do Ambiente e que inclui um plano de florestação com espécies autóctones, direccionado para a região de Monchique, até por sinal atribuído a uma equipa de bons técnicos, enquanto ao mesmo tempo se deixa continuar a escavacar encostas de Monchique  com a plantação de eucaliptos.

 Quando o plano estiver concluído a realidade do terreno já será totalmente diferente da inicial - para que serve depois? Vão arrancar os eucaliptos e plantar carvalhos? É só propaganda  e deixar andar, porque não há uma opinião publica suficientemente activa e consciente para se opor.

Desculpe estes desabafos mas acho que a ZERO pode e deve intervir e não deixar o assunto morrer na praia..."






segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

As desigualdades do território e as opções políticas

As votações de ontem deram os resultados esperados, mas é preciso ter a noção de que respeitam a 40% apenas dos portugueses com direito a voto - quer dizer 60% dos portugueses não foram votar e podemos especular sobre os diversos motivos porque assim procedem, em regra em escala muito superior à que se verifica nas eleições autárquicas e/ou legislativas. E não deixou de mais uma vez se assistir ao habitual ritual de vitória, com excepção da Marisa Matias todos os outros ganharam. O liberal até diz que vem aí uma onda liberal, está mesmo a rebentar ; e o candidato fascista reivindica que vem aí a 4ª Republica de que ele e alguns com ele  estão à espera há 46 anos, a república do 24 de Abril de 74.  O certo  é que a esquerda não se uniu e se não fosse a Ana Gomes a ganhar por um fio o 2º lugar, quem é que o ocupava ? mas que o susto provocado por estas eleições sirva para  alertar os portugueses e, como já tenho escrito, alertar a esquerda democrática.

Não se deve subestimar que um bom número dos "chegas" vem do CDS e também do PSD, e que destes dois Partidos saíram aqueles que duplicaram a votação na IL; o que resta dos democratas cristãos e dos social democratas ? Sá Carneiro quis inscrever o PPD na Internacional Socialista, deixem agora de o invocar nestas derivas liberais, tenham pelo menos vergonha... Com a extrema direita a crescer e uma subida se não espectacular pelo menos assinalável dos liberais, o futuro - aqui como no resto da Europa- pode ser problemático...

Esta pandemia do século XXI veio destapar e tornar mais evidentes as grandes desigualdades e a crescente pobreza que estavam escondidas por esta economia de especulação inerente aos mercados a funcionarem sem regulação, fruto da agora tão propalada globalização liberal.       Foi preciso que a realidade ficasse escancarada para se perceber que aqueles que ao longo das últimas décadas tentavam denunciar o caminho errado de um falso progresso. afinal não eram utópicos ou agentes das economias planificadas marxistas.

O velho Mestre Gonçalo Ribeiro Telles não precisava de ser economista para  há  mais de 20 anos denunciar a economia de casino com que nós éramos governados. Mas economistas de renome dizem o mesmo; Joseph Stiglitz, Prémio Nobel da Economia e Professor da Univ, de Columbia, não deixou de alertar que  "Se a crise financeira de 2008 não conseguiu fazer-nos perceber que os mercados sem restrições não funcionam, a crise climática certamente deveria conseguir : o neoliberalismo acaba literalmente  com a nossa civilização". Ou " O capitalismo sem restrições desempenhou um papel central na criação das múltiplas crises que as sociedades enfrentam actualmente." E ainda :  " A forma de globalização prescrita pelo neoliberalismo deixou indivíduos e sociedades inteiras incapazes de controlar uma parte importantes do seu próprio destino - o neoliberalismo prejudica a democracia há 40 anos".

Agora temos pela frente, no nosso país sempre com  atraso, (Eça de Queiroz já denunciava que os valores da cultura nos chegavam  tarde e  caros em direitos de alfândega) a ameaça duma extrema direita revanchista e retrógrada e de uns liberais portadores da mentira ideológica de que não há direita nem esquerda, há liberalismo e mercado como únicas realidades.

Vemos agora já sem constrangimentos ao que nos levou a dependência espúria da globalização que a IL continua a negar - negacionistas há-de haver sempre...

As desigualdades aumentaram entre países ricos e países menos ricos e  sobretudo os países pobres, e dentro de cada país entre as regiões mais favorecidas e as menos favorecidas, por essa economia mercantil e de "casino", que se foi implantando e alastrando como mancha de óleo - e em que todos os quadrantes políticos ocidentais  alinharam desde a "morte das ideologias" anunciada por Fukuyama e a ascensão predominante das políticas liberais que se tornaram libertinas. Curioso, em 2019 numa entrevista ao El Pais, o mesmo Fukuyama admirava-se do caminho que  as suas propostas liberais do Fim da História  tinham seguido, nomeadamente com a eleição de Trump, e dizia quem uma das causas teria sido a esquerda europeia ter-se resignado e deixado de se bater pela oposição a tais ideias.

O colectivo foi então abafado também neste nosso país, não assim tão pobre como dizem, o interior e mesmo algum litoral que não seja coberto a betão e a asfalto foram votados ao abandono. E para esses enormes espaços atiraram com o "progresso" das monoculturas quer do betão quer dos pinhais e eucaliptais, superpovoando o litoral e despovoando as pequenas terras e deixando o vazio humano; e para que não houvesse veleidades de regresso acabaram ou reduziram as estruturas que poderiam dificultar o novo "progresso" : os CTT privatizados abandonaram as Freguesias,  fecharam-se escolas, encerraram Juntas de Freguesia por recomendação da Troika e acção consciente dum tal Relvas,  desactivaram Departamentos como os Serviços Florestais, os Serviços de Extensão Rural e as Direcções Regionais de Agricultura. que  geriam e defendiam os recursos naturais vulneráveis e substituíram-nos por  organismos e grupos de trabalho pseudo-modernos, de grandes siglas, "progressistas" na retórica mas amorfos na acção. Em Portugal, por exemplo, em vez de um Departamento ou Ministério da Indústria ligados ao sector de produção do Governo, temos o próprio Ministério do Ambiente ( ironia das ironias!) a defender a tecnologia do lítio, quando num país "normal" devia ser este Ministério a estar atento aos abusos dos outros Departamentos de produção...  Com que credibilidade se pode acreditar nos Estudos de Avaliação de Impacte Ambiental?

Também se gostaria de ver organizar a distribuição da enormidade de fundos europeus que aí vêm em benefício das actividades que reponham o repovoamento das área de baixa densidade,  e o equilíbrio natural subvertido, mas o que já estamos a antever que se  perfila no horizonte é demonstrado por este exemplo: a indústria das celuloses a pedir apoios de fundos europeus para aumentar a sua capacidade. Mais eucaliptal = mais aldeias despovoadas e abandonadas? Mais mundo rural sem vitalidade?

(Há-de continuar..:)














domingo, 24 de janeiro de 2021

Hoje houve votos

Dia de eleições, hoje . O tempo esteve bom e dado o confinamento a que somos obrigados, um pretexto para ir dar uma volta, com um pouco de sol depois de uns dias escuros e chuvosos - ainda ontem e toda a noite choveu!- talvez ajude a explicar que, a esta hora, a abstenção pareça ser menor do que se esperava.   E talvez, quem sabe, o susto que nos pregou o fascista do Ventura, com os seus discursos de ódio e verborreia  racista, possa ter ajudado algumas pessoas a irem votar em qualquer outro para o afastar.

No dia 16 enviei uma Carta ao Director,. daquelas que se enviam   para serem publicadas ( ou não), mas desta vez depois de uns dias de espera- talvez porque toda a gente escreve sobre a pandemia e sobre as eleições -  ou simplesmente porque não gostaram (,,,) como não saiu vou publicar aqui e agora. Intitulava-se  " Portugal, direita e esquerda" - Em Portugal a direita só chegará ao Poder se a esquerda quiser. Nem é preciso recuar até ao exemplo da esquerda francesa muito bem lembrado por Rui Tavares. Pense-se na queda do Governo de José Sócrates, cujo plano de restrições, inferiores às que vieram depois, era apoiado por Merkel e Sarcozy e que foi derrubado pela aliança espúria entre a esquerda e a direita - apesar do Governo ser muito mau, sou dos que acham que o preço pago foi demasiado elevado, com a vinda da Troika e dos liberais disfarçados de PSD e CDS chefiados por Passos Coelho.  Se a direita voltar, não pensem que será uma direita democrática de Rui Rio e alguns social- democratas remanescentes; quem voltará, e já estão na box de partida, é Passos Coelho e os seus muchachos, e um fúria de liberais de cabeça perdida por esta pandemia ter deixado destapado o que foi o liberalismo nas últimas décadas, como já havia sido a seguir à pandemia de 1917 e à depressão que se seguiu. Se António Costa puser o País à frente da sua agenda pessoal e se for mesmo de esquerda ( o que se duvida...), se o PCP. apesar do seu leninismo, continuar a ser factor de estabilidade e se o BE deixar de ser o cata - vento irresponsável que tem sido, poder-se-á evitar que voltem ao Poder os liberais famintos e os chegas que se lhes juntarem. Mostrem já isso agora nas eleições Presidenciais, depois de nada vale chorar sobre o leite derramado. Anedota da semana : a maria Vieira a jukgar.se (em todos os sentidos..:) a nova Marilyn Monroe...".

Vamos lá ver esta noite o que sai das eleições, para lá da vitoria esperada de Marcelo Rebelo de Sousa. Se o Ventura meteu medo, pode ser que as votações na esquerda, sobretudo em Ana Gomes por ser a única que pode fazer-lhe frente e retirar-lhe o 2º lugar, 

António Costa é responsável pelo descalabro que o País está a sofrer, não tanto pela pandemia embora também tenha culpas aí mas não sozinho, mas pelo descrédito nacional e internacional do Governo. Episódios com o assalto a Tancos, a morte do  ucraniano no aeroporto pelos agentes do SEF, o desaforo da PSP e a GNR disputarem a escolta às carrinhas que transportam as vacinas, o escândalo da nomeação do Procurador para a Procuradoria Europeia, as escolhas forçadas para colocar em órgãos vitais as pessoas da sua  confiança ( Banco de Portugal, Procuradora da República, Tribunal de Contas e sabe-se lá quantos mais mas menos visíveis), a tomadas de posição do Ministério do Ambiente no negócio ainda pouco claro do hidrogénio e das explorações de lítio, enfim, é um nunca acabar de fretes que o PS e Costa fazem para tomarem conta de tudo. A falta de investimento público, a incapacidade de um Governo de esquerda em reforçar o emprego na Função Pública que possibilitasse mais esforço financeiro em pessoal para as Universidades e professores para todos os graus de ensino, a falta de pessoal de saúde no SNS, a falta e pessoal de vigilância e defesa das áreas florestais e da Áreas Protegidas (abandonadas) - são tudo lacunas imperdoáveis que sacrificam o futuro colectivo.

Vamos esperar por logo à noite (são agora 17h ) para ver os primeiros sinais dados pela sociedade portuguesa...








quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

 Pela democracia

Gastei, não perdi  mas gastei umas horas a assistir em directo pela CNN á posse de Joe Biden como 46º Presidente do EUA; e fi-lo com aquela convicção,  quase religiosa, de que este acto possa efectivamente significar a esperança na vitória da Democracia, em todo o mundo. Porque, gostemos ou não, perdido o peso político que a Europa tinha  a favor do domínio dos americanos servidos por  um marketing fabuloso  que foi ajudando a cimentar, é nos EUA e no seu  exemplo e modelo que assenta  a esperança da vitória da democracia . Basta pensarmos como estes 4 anos de Trump encorajaram os demagogos e os piores exemplos da extrema direita, em todo o mundo ocidental,  e por pouco - por muito pouco, se o psicopata americano se tem mantido no poder-  a nossa vida planetária iria sofrer uma dramática rota de convulsões e caos,

Não é senão a tal convicção quase religiosa que me leva a dizer que  esperemos que em Portugal, no próximo domingo, haja um sobressalto cívico e se afaste ruidosamente o agente partidário que até tinha obtido - disse ele...-  um contacto de apoio de Trump, e que é o maior risco que a democracia portuguesa já conheceu desde Abril de  74- quando este títere repete com orgulho que pela primeira vez desde há 46 anos há um político português que retoma o 24 de Abril sem vergonha e até com esperança de o renovar.

Por toda a Europa nascem  pústulas de pus fascista, que começam por ganhar as eleições e se servem dela para, a pouco e pouco, legislarem a favor da continuidade dos seus poderes autoritários; que isso ocorra nos  países do leste, que estiveram décadas sob o jugo das ditaduras comunistas que moldou as mentalidades, ou na Rússia onde nunca chegou a revolução francesa e passou do regime medieval czarista para o poder ditatorial leninista e estalinista,  há essa razão histórica de povos que nunca se prepararam para a democracia, Mas outros países como a Itália, a Alemanha (onde a direita da chanceler Merkel assume a defesa contra a extrema direita), ou a França com uma tão velha prática democrática e que aguenta a família Le Pen,  ou em Espanha que se livrou do franquismo - ou em Portugal 46 anos de recuperar a democracia, isso é que nos deve preocupar.

Crises como esta da pandemia, que deixou a descoberto as desigualdades que as politicas liberais trouxeram ao mundo, se não houver um sobressalto maioritário que incline  as governações para o interesse colectivo e a solidariedade internacional, a maioria tombará para os apelos demagógicos da extrema direita, porque da extrema esquerda já não virá algum perigo, fica como folclore e por vezes até ajuda.  Foi depois da pandemia de 1917 e da depressão económica e social  que abalou o mundo ocidental, que os fascismos e o nazismo surgiram e ganharam o poder. 

A História só se repete se nós quisermos





segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

As redes sociais e a democracia

Deram esta designação a estas tecnologias de comunicação que hoje dominam ao mundo. E como todas as tecnologias sobretudo as que utilizam suportes e meios de acção sofisticados, têm vantagens e desvantagens, sempre foi assim desde que o homo sapiens começou a engendrar e a manipular a sua própria evolução.  Mas o desenrolar das civilizações foi ensinando que qualquer sociedade só  se mantém, avança e progride se conseguir a regulamentação,  se quisermos, o controle,   do comportamento  social, pois a psicologia do grupo é por vezes contraditória à psicologia individual.  Durante séculos todos os governantes foram ditando leis e regras de convivência, de que é um bom testemunho  o velho  código de Hamurabi. Formas monárquicas e republicanas, ditadores e  imperadores, foram surgindo em todo os povos e em todas as culturas ; no Ocidente  usa-se a baliza dos gregos para o início das primeiras formas  de democracia e de governo da maioria, se bem que como todos sabemos, era uma democracia elitista - mas foi o começo, essa é que é essa!

Eu não pertenço a nenhuma rede social, costumo dizer que as minhas relações de amizade são reais e não virtuais, mas chegam-me com frequência os ecos de algumas das mais lamentáveis  ocorrências, com uso e abuso de ofensas, de mentiras, de invenção de teorias de conspiração, com plágio e apropriação indevida de opiniões de quem nem sabe que está a ser usado, enfim, um universo de poucas vergonhas, a coberto do  anonimato e das faldas identificações. Quanto a mim podem dizer o que quiserem e chamar o que entenderem que eu não tomo conhecimento sequer, os meus amigos já sabem que não me dão notícias sobre ocorrências dessas. Quem quiser dirigir-se a mim que o faça directamente através do meu mail e do telemóvel - tecnologias que utilizo e são hoje indispensáveis, como é um grande  avanço poder dispor deste meio do blogue para deixar escrito o que entender.  Quando a civilidade dominar esse universo das redes sociais e houver regulamentação e responsabilização como existe em toda a comunicação social, nessa altura poderei pensar em aderir, ate isso acontecer, não!

Estas reflexões vêm a propósito  das redes sociais dos EUA terem fechado as contas a Trump - claro que todos ficamos aliviados por deixar de ler as aleivosias daquele tratante. Mas então como é ? Ficamos sempre chocados quando a China ou a Rússia encerram as redes sociais para evitar que os oposicionistas manifestem as suas opiniões, e agora na "grande  democracia" americana há uns sujeitos, que ganham milhões e milhões sendo donos das redes sociais, resolvem por si sós calar uma voz incómoda ? Ou as tecnologias e os seus mentores já escapam ao poder dos governos democráticos? Não deviam ser as autoridades democraticamente eleitas de cada  país a determinar, com legalidade, aquilo que pode ou não ser permitido mesmo a um estupor como o Trump que, caso inédito ou raro, é ele sendo Presidente da Republica que instiga ao assalto ao Poder Legislativo, numa autêntica sublevação ou insurreição ?

Fico agora por aqui...





domingo, 10 de janeiro de 2021

 Anacronismos e esperança, com a esperança em primeiro lugar...

Saudade - A palavra escolhia como a mais usada em  Portugal durante o ano 2020 foi saudade. Não foi pandemia, nem covid, nem confinamento. Também não estou muito certo sobre  qual o critério usado para seleccionar a palavra - mas essa escolha para mim revela que ainda há esperança. Ela reverte para o essencial da alma portuguesa, porque embora a raiz latina seja solitate,  ela na língua portuguesa significa, desde há muitos séculos atrás, um conjunto de sentimentos muito mais complexos que a simples solidão. Por isso se os portugueses escolheram esta palavra, quando outras nos têm xeringado o juízo desde os inícios do ano passado. é bom sinal, é sinal de esperança.

Chega por várias razões -  Chega de dar vós ao grupelho que tomou este nome e ao farsante que assume a liderança. E a principal razão para o sucesso  que o grupelho e o farsante hoje têm na sociedade portuguesa, é a força que a comunicação social lhes dá todos os  dias,  nos jornais, nos telejornais ou nas rádios.  Basta ele dar um espirro ou debitar uma aleivosia, para dar meia página de jornal ou uns minutos de telejornal, com direito a imagem. Não se trata sequer dum problema de liberdade de expressão, porque outros pequenos  partidos e outros políticos de expressão minoritária não têm uma cobertura mediática  que se lhe compare. Não digo que seja por  coerência ou adesão, mas é certamente porque ao fazer escândalo  ganham  mais audiência mesmo que isso signifique maior audiência a quem é citado e falado.  A democracia  é um regime frágil, a sua condição de dar e   expressar liberdade  exige uma grande responsabilidade e por essa razão há tão poucas democracias no mundo.  A democracia tem que se proteger e se tem que dar notícia de todos os que nela se movimentam, não pode  dar a mesma expressão a uns tratantes que a querem destruir  e a outros que nela se movem com maior ou com menor expressão, mas sem a querer destruir, Essa deve ser a tal linha vermelha que urge que toda a comunicação social assuma como auto censura -  não deixar de noticiar tudo mas dar a dimensão adequada a quem a quer destruir ou a quem não a quer prestigiar. São dois mundos diferentes.

A democracia nos EUA - O assalto ao Capitólio não foi um assalto a um  palácio monumental num país que ainda tem património de pouca antiguidade, o que já seria deplorável - foi o assalto à sede do Poder Legislativo dos EUA. Não me venham com a qualidade da democracia americana, lá por ela, por um fio, ter resistido a um assalto fascista digno de qualquer país do 3ºMundo ou a uma dessas repúblicas leste-europeias que depois do comunismo que as mentalizou durante décadas - não tenham medo das palavras -  não revelam suficiente maturidade democrática para resistir às carícias e promessas dos ditadores encapotados que se aproveitam  da democracia e das suas fragilidades, Não os EUA, que foram criados pela democracia e se desenvolveram sempre nela, embora se possa questionar a conveniência ou inconveniência da estrutura do poder democrático implantado.

Por agora a democracia venceu, mas 75 milhões de americanos votaram em Trump, e mesmo que metade  - e é ser optimista - se afaste agora desta tentativa de destruição do Poder Legislativo, ainda ficam muitos milhões de energúmenos capazes de provocarem fortes convulsões  - e o exemplo de democracia dado a todo o mundo é a pior coisa que se podia fazer a essa DEMOCRACIA. convenhamos.









sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

O mau exemplo dos EUA 

Acabar o que ontem não tive paciência...

A série de acontecimentos que se sucedem os EUA desde as eleições de Novembro para a Presidência têm sido lamentáveis a todos os títulos. Os mais optimistas dirão que a democracia funcionou e mesmo ontem conseguiu-se travar in extremis aquilo que seria a subida do fascismo ao poder na, até agora, mais poderosa nação do mundo; com o fascismo instalado da Rússia, o capitalismo ditatorial comunista ( contra-senso, capitalismo e comunista!!), com outras nações poderosas em modo de fascismo de vários tons como o Irão ou a Turquia, os EUA  têm sido, excepto nos últimos quatro anos, o farol da democracia no mundo. Claro que desde que Trump é Presidente as coisas mudaram e adivinhava-se um larvar fascista em medidas e em tomadas de posição confrangedoras. Porém ontem tinha-se visto o próprio Presidente, que perdeu as eleições (ele que é um perdedor mas não o reconhece e tem triunfado na vida à custa de golpadas  financeiras e crimes  económicos que acabarão  em tribunal  por lhe cair em cima mal ele deixe a Casa Branca), a incitar a populaça a ir até ao Capitólio e a ser forte, porque os "outros" lhes tinham roubado a vitória e só pela força a podiam recuperar. Foi um apelo directo à rebelião, é inimaginável pensar que num país poderoso como os EUA era possível uma populaça de arruaceiros invadir a sede do Poder Legislativo, partir janelas e portas, arrancar mobiliário, roubar peças e sair com elas, entrar nos gabinetes dos deputados e senadores, destruir tudo quanto encontraram - mas aconteceu.

Não vou aqui repetir o que todos sabemos. Mas se não houver um castigo sério e o estupor do Trump sair ileso, poderemos esperar mais atropelos graves à democracia.

Desigualdades do território

Com este título enviei um texto para o Publico, há para aí uma semana. dizem-me que com tanta coisa a sair todos os dias ainda não houve tempo; espero mais uns dias, se não sair entretanto publico-o aqui.

João Reis Gomes

O João escreveu mais uma das suas reflexões sobre esta autêntica tragédia mundial que é a pandemia, estratégia da Natureza que continua a trocar-nos as voltas Aqui vai.

" Do meu ponto de vista

Hoje o Covid 19, amanhã outro com outro nome, o mundo à procura da nova vacina e a pandemia a continuar.

Ao que julgo o que está em causa é a sociedade de consumo-desperdício, utilizadora de uma imensidão de energia.

A ciência diz-nos que ao dispêndio de energia corresponde um certa entropia.

Por definição a entropia é a desorganização do sistema e agora referimo-nos aos Sistema Sócio-Económico em que vivemos.

O psicólogo social romeno Serge Muscovici então director do Laboratoire Européen de Psychologie Social que ele fundou em Paris no ano de 1975, escreveu um livro a que chamou "La Societé Contre Nature" que reprovava o percurso económico-social que estava a ser seguido. 

Queremos então dizer que propomos o abandono  da energia? É claro que não, pois que ela é uma condição  essencial para a produção do trabalho, mas esta tem que ser utilizada com parcimónia. Lembremos que o termo parcimónia agora empregue, quer dizer literalmente que "menos é melhor".

Mais tarde iremos falar da produção de energia.

O que queremos agora dizer é que para uma determinada função, a energia deverá ser utilizada  na menor quantidade possível.

Mas vamos também dizer que esta deverá perseguir uma sociedade ecológica. E então a tão necessária economia?

Vejamos agora a ecologia e a economia. Ora ao analisarmos os dois termos vemos que ambos têm o radical "eco", que significa  enquanto prefixo, lugar (ambiente), que logia se refere ao conhecimento e nomia, do grego "nomos" tem a ver com o pôr em uso. daqui decorre que logicamente  só depois do conhecimentos do lugar, se deve pô-lo em uso. Teremos então que o eco-nómico só o é se for eco-lógico.

Falo agora da energia. O Sol é a fonte de todas as energias e por isso a única razoável. Porém o petróleo é possivelmente o maior negócio do mundo e por isso a tal "sociedade de consumo - desperdício" inicialmente falada, se torna a fonte de grandes negócios de petróleo.

Acontece porém que a pseudo-economia do petróleo é um negócio imparável, mas como o petróleo é um hidrocarboneto o seu consumo vai lançando para a atmosfera anidrido carbónico CO2, que está a ser hoje o maior de todos os males."

João Reis Gomes, Presidente do Instituto Gonçalo Ribeiro Telles da Sociedade Histórica da Independência de Portugal

26/12 /2020







quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

 Viva 2021

Viva 2021 e viva eu, que cheguei até aqui mais ou menos safo...

Portugal, na mesma...

Antes de falar nas misérias da América, falarei das nossas que para nós deviam ser motivo de reflexão séria.  A pandemia está  a aumentar e tudo por culpa apenas de todos quantos não ligam importância nenhuma às medidas mínimas de segurança que deviam tomar como prioridade. Ainda esta manhã, enquanto conduzia,  ouvi alguém a denunciar na rádio que entrou num pequeno minimercado e além de estar mais gente do que seria permitido nas dimensões daquela loja, quase ninguém estava de máscara. Outro ouvinte anunciou que entrou num estabelecimento lá da  terra e reconheceu uma pessoa que sabia e ela também sabia que estava infectada mas era como se não soubesse; chamou as autoridades e já estava uma data de pessoas infectadas também. Já se esperava que depois de maiores facilidades dadas pelo Natal, haveria aumento de infectados e só ontem foram mais  de 10.000 - mas porquê? Porque se juntaram famílias grandes, nas mesmas refeições e onde, é claro, se retiraram as máscaras. Depois "aqui d'El Rei" que o Governo é culpado, e responsável por tudo. O Governo é responsável por muita coisa e já falarei disso, mas os maiores irresponsáveis são os portugueses que procedem daquela a maneira, á moda do Trump e do Bolsonaro.

Contra os estados de emergência , que têm sido levantados e repetidos regularmente sem os quais não  é  possível impôr medidas restritivas á liberdade  de circulação e de associação - como se passa e com muito mais rigor noutros países europeus tão ou mais liberais que nós - tem-se oposto alguns partidos e não deixa de ter piada quem é que vota contra : os comunistas do PCP e anexos e os auto-indigitados liberais da IL e o Chega ( chega para lá, nada de encosto). Porque será? Os extremos tocam-se... Os comunistas devem ter medo que venham a ser implantadas as amplas liberdades que eles conhecem ( dizem que conhecem, nunca as viveram, mas eu visitei algumas...) nas democracias populares ( as outras democracias como a nossa, não são populares). Os liberais preferem que não haja repressão a todas as liberdades, que as pessoas mais fracas e mais velhas morram, sempre será um alívio, e que as empresas rebentem, ficando só as mais fortes. Foi assim que o Presidente  Hoover queria actuar aquando da Grande Depressão dos EUA, até chegar Roosevelt e adoptar medidas keynesianas de atirar milhões do erário público para a economia  e o emprego para que  recuperassem.

Neste aspecto, não deixou de ter piada o frente a frente para as eleições deste mês,  entre o Mayan da IL e o João do PCP, quando aquele acusou o comunista de estar a usar teorias do séc. XIX, como se o liberalismo que ele defende não fosse também do séc. XIX. sem tirar nem pôr... E esta, hen?

O Governo - que grandes desvergonhas

António Costa esta certamente muito preocupado com a sua agenda própria, e isso explica que tenha alimentado um Governo de 50 pessoas, com funções algumas vezes duplicadas entre Ministros e Secretários de Estado, e se tenha passado este ano de 2020 na pior confluência de asneiras que se possa imaginar em quase todos, senão em todos os Ministérios. Pense-se na barafunda do MAI, onde se assistiu a um assassínio de um  estrangeiro nas instalações do SEF do aeroporto de Lisboa, e que se chegasse quase ao fim do ano para se saber e rebentar na opinião publica, o horrendo do assassínio perpetrado por agentes à paulada no pobre do emigrante; e só agora se tenha decidido, pelo menos publicamente, em pedir desculpa à família e pagar uma  indemnização - se não tivesse havido escândalo público tudo passaria nas calmas...È o mesmo Ministério em que a polícia e a GNR disputam entre si a escolta às vacinas, como se fossem dois grupos rivais -  e são mesmo, no mesmo Ministério! E o Ministro fica incólume, ou não fosse "amigo do peito" do A. Costa,

O Ministério do Ambiente defende aguerridamente a indústria poluente do lítio, papel que deveria caber a um qualquer Ministério da Indústria, ficando o do Ambiente em guarda e a controlar. Não senhor. mistura-se tudo e com os famigerados Estudos de Avaliação dos Impactes Ambientais. Os mesmo EIA que suportam a implantação de estações fotovoltaicas em cima de qualquer terreno, seja solo agrícola seja mata como na Torre Bela - outra vergonha que dizem bem o que é o actual Ministério do Ambiente e um tal ICN (com F na frente).

Sobre a desvergonha do Ministério da Justiça já me  falta paciência para escrever, tantos são os casos e até de uma Ministra     que parecia incólume a desvios éticos. Mas este caso está mal explicado, aquele Director Geral que se demitiu e assumiu a responsabilidade, num dia disse uma coisa dois dias depois disse contrário. É capaz até de ser ele o verdadeiro culpado da asneira. Mas em cima da presidência portuguesa da UE, alguém quis puxar agora o assunto para um escândalo -. quem terá sido?... A Procuradora Geral, o caso do Tribunal de Contas, agora esta desvergonha da nomeação para a Europa... É este Governo com estes Ministros que vai presidir às políticas europeias durante seis meses ?

A desvergonha do EUA 

Já não posso mais com desvergonhas vindas de todos os lados!! Fica para outro dia