quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

 Um consolo , em jeito de desculpa

Sou um beethoviano arreigado.  Quando ouço o Concerto nº 5 para piano, de Beethoven, atinjo uma enorme paz de espírito, aliás também com o Concerto para violino; não percebo nada de música, mas acho extraordinário que se tenha alcançado um tal grau de beleza acústica, por vezes há passagens apenas com 4 ou 5 notas mas alinhadas num ritmo e num tom tais  que parece...natural!

Foram ambos escritos entre 1806 e 1811,  sabendo-se que a surdez terá começado cerca de 10 anos antes  e foi sempre em crescendo, até que aquando da fantástica 9ª Sinfonia ele já estava surdo por completo;  e contam-se cenas da exibição dessa peça extraordinária com ele ao piano e sem saber que já teria terminado!

Agora tenho ouvido mais vezes estas e outras grandes composições do Mestre, e por isso acho que é em jeito de desculpa para não pensar noutras preocupações.

Ando estupefacto com a carnificina praticada por Israel na Palestina,  uma coisa inconcebível  em qualquer tempo fora do nazismo mas  muito mais neste século !! E ninguém trava o energúmeno  do Natanyahu ?

Só de pensar nos crimes do neo czarismo soviético na Ucrânia  e nesta carnificina sionista, penso que vou terminar os meus dias num clima de pandemónio  e tristeza.

Se houve um tribunal especial para julgar os nazis que cometeram o Holocausto, também  agora se impõe um novo tribunal para julgar Natanyahu e os seus comparsas, autênticos nazis em acção. 

Se nada desculpa a barbárie inicial do Hamas, por isso é um grupo terrorista, o que agora se está a passar na Palestina já não é  uma guerra de retaliação, é pura vingança e pretexto dos judeus - auto-convencidos da sua histórica autoridade e prepotência  reveladas sempre que tinham Poder -  para ocuparem toda a Palestina. Já em 1967 o General De Gaule, numa magnífica declaração que anda no you tube, previa que isso viesse a acontecer,  perante a passividade do resto  das nações; mas o que eu ainda volto a salientar é a hipocrisia dos países árabes que não mexem um dedo do seu efectivo poder para ajudar os palestinianos.





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