sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

O mau exemplo dos EUA 

Acabar o que ontem não tive paciência...

A série de acontecimentos que se sucedem os EUA desde as eleições de Novembro para a Presidência têm sido lamentáveis a todos os títulos. Os mais optimistas dirão que a democracia funcionou e mesmo ontem conseguiu-se travar in extremis aquilo que seria a subida do fascismo ao poder na, até agora, mais poderosa nação do mundo; com o fascismo instalado da Rússia, o capitalismo ditatorial comunista ( contra-senso, capitalismo e comunista!!), com outras nações poderosas em modo de fascismo de vários tons como o Irão ou a Turquia, os EUA  têm sido, excepto nos últimos quatro anos, o farol da democracia no mundo. Claro que desde que Trump é Presidente as coisas mudaram e adivinhava-se um larvar fascista em medidas e em tomadas de posição confrangedoras. Porém ontem tinha-se visto o próprio Presidente, que perdeu as eleições (ele que é um perdedor mas não o reconhece e tem triunfado na vida à custa de golpadas  financeiras e crimes  económicos que acabarão  em tribunal  por lhe cair em cima mal ele deixe a Casa Branca), a incitar a populaça a ir até ao Capitólio e a ser forte, porque os "outros" lhes tinham roubado a vitória e só pela força a podiam recuperar. Foi um apelo directo à rebelião, é inimaginável pensar que num país poderoso como os EUA era possível uma populaça de arruaceiros invadir a sede do Poder Legislativo, partir janelas e portas, arrancar mobiliário, roubar peças e sair com elas, entrar nos gabinetes dos deputados e senadores, destruir tudo quanto encontraram - mas aconteceu.

Não vou aqui repetir o que todos sabemos. Mas se não houver um castigo sério e o estupor do Trump sair ileso, poderemos esperar mais atropelos graves à democracia.

Desigualdades do território

Com este título enviei um texto para o Publico, há para aí uma semana. dizem-me que com tanta coisa a sair todos os dias ainda não houve tempo; espero mais uns dias, se não sair entretanto publico-o aqui.

João Reis Gomes

O João escreveu mais uma das suas reflexões sobre esta autêntica tragédia mundial que é a pandemia, estratégia da Natureza que continua a trocar-nos as voltas Aqui vai.

" Do meu ponto de vista

Hoje o Covid 19, amanhã outro com outro nome, o mundo à procura da nova vacina e a pandemia a continuar.

Ao que julgo o que está em causa é a sociedade de consumo-desperdício, utilizadora de uma imensidão de energia.

A ciência diz-nos que ao dispêndio de energia corresponde um certa entropia.

Por definição a entropia é a desorganização do sistema e agora referimo-nos aos Sistema Sócio-Económico em que vivemos.

O psicólogo social romeno Serge Muscovici então director do Laboratoire Européen de Psychologie Social que ele fundou em Paris no ano de 1975, escreveu um livro a que chamou "La Societé Contre Nature" que reprovava o percurso económico-social que estava a ser seguido. 

Queremos então dizer que propomos o abandono  da energia? É claro que não, pois que ela é uma condição  essencial para a produção do trabalho, mas esta tem que ser utilizada com parcimónia. Lembremos que o termo parcimónia agora empregue, quer dizer literalmente que "menos é melhor".

Mais tarde iremos falar da produção de energia.

O que queremos agora dizer é que para uma determinada função, a energia deverá ser utilizada  na menor quantidade possível.

Mas vamos também dizer que esta deverá perseguir uma sociedade ecológica. E então a tão necessária economia?

Vejamos agora a ecologia e a economia. Ora ao analisarmos os dois termos vemos que ambos têm o radical "eco", que significa  enquanto prefixo, lugar (ambiente), que logia se refere ao conhecimento e nomia, do grego "nomos" tem a ver com o pôr em uso. daqui decorre que logicamente  só depois do conhecimentos do lugar, se deve pô-lo em uso. Teremos então que o eco-nómico só o é se for eco-lógico.

Falo agora da energia. O Sol é a fonte de todas as energias e por isso a única razoável. Porém o petróleo é possivelmente o maior negócio do mundo e por isso a tal "sociedade de consumo - desperdício" inicialmente falada, se torna a fonte de grandes negócios de petróleo.

Acontece porém que a pseudo-economia do petróleo é um negócio imparável, mas como o petróleo é um hidrocarboneto o seu consumo vai lançando para a atmosfera anidrido carbónico CO2, que está a ser hoje o maior de todos os males."

João Reis Gomes, Presidente do Instituto Gonçalo Ribeiro Telles da Sociedade Histórica da Independência de Portugal

26/12 /2020







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