domingo, 7 de março de 2021

 O país que temos...

Um exemplo a realçar-  São raros entre nós os exemplos de isenção  no que toca à apreciação  de políticos por pessoas de quadrantes ideológicos afastados e até  opostos. Conheço há muitos anos o Miguel Esteves Cardoso, muito culto e escrevendo com a maior das facilidades mesmo sobre assuntos que na aparência pouco teriam que  pudesse ser escrito. Não tenho especial intimidade com ele, mas não esqueço que ele foi um dos cinco que, comigo e com o GRTelles, pensaram na criação do Movimento Partido da Terra, nada daquilo em que depois se transformou.

Agora é exemplar o elogio que MEC fez, na sua crónica do Publico, ao PCP pelos 100 anos da sua existência como Partido.  Fica bem ser democrata neste caos de mediocridades e polarização que infecta a vida política portuguesa.

A múmia que ainda fala -  É inacreditável que um personagem tão caricato como é Cavaco Silva ainda se dê ao desplante de vir pronunciar-se em tom dramático aos portugueses, para apostrofar contra os adversários políticos fazendo jus, pelo tom das sua agressividade, aos mais obscuros dos populistas  e revanchistas da  direita trauliteira. 

Não há ninguém que lhe diga : porque não te calas ? Já nos julgávamos livres daqueles esgares de múmia que fala, mas ele aproveita a primeira ocasião,  mesmo a despropósito, para em vez de tratar do assunto para o qual foi solicitado a comentar, espraiar a sua mensagem de desesperada hostilidade e mau parecer com que nos presenteou durante tantos anos Mal vai a direita se continua a apoiar-se, seja para o que  for, num personagem destes...

Veio a propósito e com a elegância que se lhe conhece, de forma lapidar, o Jerónimo de Sousa, quando lhe perguntaram o que achava das palavras do Cavaco,  " está velho, está muito velho..."

António Costa fala, fala, mas...

Em grandes declarações António Costa descobriu que a pandemia nos tinha revelado o caos causado pelas politicas neoliberais - altura para perguntar, que medidas anti  liberais tomou ele ? Durante a geringonça ainda, graças às pressões do PCP e do BE, se assistiu a uma politica de cariz social que, sozinho, o PS nunca teria realizado.  Agora neste Governo tem andado a governar à vista, ora apoiando-se nas esquerda ora no PSD porque este também não sabe onde anda...

Mas se o PS tem culpas os outros dois também as têm; continuem a esticar a corda, como fizeram no final do Governo de Sócrates ( que a verdade é que já era de socialismo liberal...) e depois aqui d'el  Rei que veio o liberalismo mal aprendido  do Passos Coelho, do Portas, do Relvas e daquela tropa toda... Voltem a fazer o mesmo, vá  lá...








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