quarta-feira, 27 de outubro de 2021

 Acabou mesmo...

Acabou de ser chumbado o OE e por isso o Governo do António Costa acabou mesmo.

O BE desempenhou um papel crucial neste desfecho e deixou o PCP sem outra alternativa. Como dizia ontem o Manuel Carvalho, e eu concordo inteiramente, a Catarina e a Mariana ficaram frustradas por não irem para um governo - era isso que sempre pensaram que aconteceria. 

Mas se A. Costa tivesse caído nessa esparrela não só ficaria amarrado às permanentes chantagens  a que o BE já nos habituou como deixaria  o PCP como inimigo para sempre - e entre um e outro que viesse o diabo escolher.  Apesar de tudo o PCP é mais fiável porque é conservador e cultiva a imagem dum Partido sério, e pode vir sempre em socorro do A. Costa se não houver manigâncias do BE - difícil, hem?

O mais provável é que depois das eleições volte a ficar um panorama semelhante ao actual, uma maioria dos partidos da esquerda e a chantagem vai continuar - a não ser que PS e PCP tenham maioria por exemplo também com o PAN.

A grande cambalhota seria se a direita conseguisse maioria nem que seja de um voto - sem o Chega, mas não restem dúvidas de que se for precisa esta corja da extrema direita para formar governo nunca mais sairia de lá.

António Costa se voltar ao Governo que faça mea culpa, arranje um número reduzido de Ministros e S. Estado competentes - mas quem de entre as pessoas mais qualificadas e com alguma independência aceitaria ir para um Governo agora ...- e proponha uma estrutura que vise políticas a médio e longo prazo. E não tenha pudor de aumentar o número de empregos no Estado, ainda estamos longe da média da UE e há casos aflitivos que tem que ser colmatados : em especial a saúde, mas também a justiça, as escolas e em especial universidades. Um Governo de esquerda deve  assumir essa causa, e não faltam grandes economistas de renome mundial a dizer que deixem de se  basear nos 60% da dívida e nos 3% do déficit porque esses valores foram arbitrariamente atribuídos por países como a  Alemanha para zelarem pelos seus próprios interesses.

Que se lancem políticas de apoio a uma agricultura sustentável e se deixem dos disparates dos abacates outras tretas que são anti alterações climáticas. Ainda não choveu uma pinga que se veja abaixo do Tejo!! Importamos alimentos que podiam ser cultivados cá se houvesse uma lógica ambiental e de esquerda!!

Precisamos de retomar uma política florestal adequada ás novas características da aridez mediterrânica que nos aflige - em  vez dos disparates a que assistimos desde há umas duas décadas para cá por submissão aos privados, submissão ás celuloses, incompetência de ministros  a leste do que deviam fazer - Cabrita. Matos Fernandes, nem sei o nome da manda chuva da agricultura - e poupo  apesar de tudo a Ministra da Saúde que, com altos e baixos como em todo o Mundo e em toda a Europa, conseguiu aguentar o barco, com uns médicos a dizerem  A e outros médicos da mesma  especialidade a dizer B, e com A, Costa e João Leão a tirarem toda a chance de ela poder escolher e contractar médicos e enfermeiros. Queria ver nestas condições quem é que faria  melhor e o SNS aguentou-se também  muito melhor do que as más línguas como o Bastonário da Ordem e o palavroso Presidente do SIM esperavam e que não reconhecem...





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