quarta-feira, 19 de outubro de 2022

 Como vai este jardim à beira-mar plantado

Estava para falar da guerra suja feita pelo Putin, o maior  f.d.p, do século XXI, mas estou tão irritado que ficará talvez para amanhã.

Alterações climáticas em pleno

Aproveitando-me das alterações climáticas, estou a ter um tempo de banhos de mar excepcional, mas acho que vamos pagar isto com jutos elevados. Desde que me conheço que vou ao mar todo o ano, Verão e Inverno, mas nos meses mais frios foi sempre com alguma dificuldade em aguentar o mau tempo. Pois agora, em fins de Outubro, não me recordo de água de mar tão apetecível e um sol tão quentinho como nestes dias deste ano da graça de 2022. Ainda hoje lá estive, com o céu encoberto e o mar revolto, mas a água...uma delícia.

Não chove uma pinga que se veja, há dias caiu um aguaceiro que nem chegou a entrar na terra, apenas refrescou as plantas. Hoje já caíram umas pinguitas que, como nos outros dias, nem entram na terra.

Parece-me uma irresponsabilidade do Governo nem uma palavra dizer sobre soluções para a falta de água no sul do país; continua a fazer-se o regadio de pomares industriais, que pouco deixam  quer no Alentejo quer no Algarve, excepto para os produtores que exportam e embolsam lucros. Quem quiser água para hortas ou culturas alimentares não a tem. Não há a mínima indicação de se estar a estudar efectivamente a construção de estações de dessalinização da água do mar, parece um tabu.  Faz lembrar a história que eu invoco muitas vezes do chefe da aldeia do Astérix, o Abraracorcix. que temia que o céu lhe caísse em cima da cabeça- mas "hoje ainda não será a véspera desse dia".

A vida dos portugueses

Causam estranheza  alguns aspectos da vida dos portugueses.  Há uns milhares de famílias com rendimentos  de salário mínimo ou perto disso que estão a passar fome e vão apanhar frio no Inverno. Os preços sobem todas as semanas mesmo de bens essenciais,  e várias organizações de apoio social referem o aumento de pedidos de ajuda até de pessoas consideradas remediadas.  

É preciso não  esquecer que toda esta calamidade, a seguir a uma peste  que só não é tão grave como na Idade Média ( ou mesmo do início do século XX) porque temos outra Medicina, se deve ao tal f.d.p. russo de que falarei mais tarde.

Mas a sociedade portuguesa continua com tics de comportamento contraditório: os combustíveis, de que  não param de aumentar o preço, não fazem uma grande parte das pessoas  desistir  do seu  automóvel. Continua tudo na mesma,  nos acessos às cidades e dentro delas,  ninguém quer parar o carrinho e ir de comboio ou de metro - e conheço gente que anda aos caídos, com o dinheiro pela razia, e continuam a não poder "perder tempo" nos transportes públicos -  que são maus, a gente sabe, mas em tempo de crise deviam aguentar .

Há gente com dinheiro que mal dá para comprar o pão e o resto; mas os restaurantes estão cheios e não é só ao fim de semana - é todos os dias. Como é que há dinheiro para tanto gasto? O que anda escondido no meio desta confusão?











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