quarta-feira, 2 de maio de 2018

Há 50 anos, o Maio de Paris
Em Maio de 1968 o movimento iniciado em Paris e depois estendido a toda a França, renovou a Europa e através dela o Mundo.  
Última grande  manifestação do anarquismo, esse movimento revolucionário  de Maio de 68  abriu as sociedades para as exigências, entre outras coisas, da Ecologia e do Ambiente, fez mais pelo Tempo Moderno do  que qualquer outro evento político ou social. É proibido proibir ficará na História como o grito libertário das sociedades que não se querem sujeitas a nenhuma ordem excessiva, seja de que coloração for.
E mais, libertou a esquerda da sua conexão ao marxismo-leninismo e à ditadura do proletariado; como refere Rui Tavares num excelente artigo do "Publico", os anarquistas cometeram o erro de subestimar a social democracia e o que esta pode fazer pela libertação da sociedades sem descambar para a tutela de qualquer forma de ditadura.
A esquerda democrática adoptou as ideias principais do Maio 68, e como também diz o mesmo autor acima citado, "mal andará  a esquerda se se esquecer das suas raízes libertárias, ecológicas e cosmopolitas".
Em Portugal seria muito importante que o PS se lembrasse de que quer ser esquerda, e estando no Poder apoiado por outras esquerdas, deveria consagrar ao Ambiente e à Ecologia a importância que devem ter numa sociedade moderna. Ora o actual Governo limita-se a continuar a estrutura ministerial que o anterior Governo de direita criou, e permite  que o Instituto da Conservação da Natureza, peça fundamental de uma Politica de Ambiente coerente e eficaz, se tenha transformado no caos que é o ICNF e colocado no Ministério da Agricultura.
Maio de 68 parece ter-se esfumado na mente dos políticos do PS português.

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