quinta-feira, 12 de julho de 2018

Liberdade e Biodiversidade
   
       Num primeiro relance estas duas palavras parece não terem  nada em comum, mas os conceitos que elas encerram são, para mim, dois dos conceitos mais importantes , são mesmo fundamentais, para a Humanidade, sobretudo no tempo presente.
       A liberdade é desde a remota Antiguidade considerada  como o sentimento mais intrinsecamente ligado à natureza humana. E já mais perto do nosso tempo Spinosa proclamou no séc- XVII, quando não era fácil dizê~lo,  que a liberdade é inalienável, a liberdade inata, natural, que é intrínseca ao ser humano e antecede  a liberdade que nos é outorgada pelas leis que nos governam.
    Porque no seu estado natural o homem não tinha ainda consciência do meu, do teu, do justo ou menos justo para além da satisfação das exigências fisiológicas individuais ou do grupo familiar; o homem era sereno e livre como qualquer outro animal superior.
      Foi pela compreensão de que a sua segurança estava melhor salvaguardada se reunisse os seus entes mais próximos em estruturas gregárias, que o homem fez nascer as relações sociais e as leis que as regem, dando início ao domínio da Razão sobre a Natureza.
Liberdade significa, antes de tudo o mais, poder escolher - mas deixou se ser um direito absoluto porque em sociedade a liberdade de cada um não pode ir contra ou prejudicar a liberdade dos outros. Dispomos porém da liberdade matricial que nos dignifica enquanto homens livres, condição em crise no mundo de hoje - quando se poderia supor que estaria afastado o fantasma do autoritarismo.
Neste contexto, escolher o que se gosta, o que se quer, como quer emitir a sua opinião, como definir as suas prioridades, como quer e quando reunir~se com outros seres humanos . é apanágio da liberdade, é apanágio do homem livre !
(continua)






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