sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Está a chover no Algarve

Nada me daria maior satisfação do que verificar que o meu pessimismo quanto a uma dramática situação de falta de água no Algarve era exagerado. Está a chover no Algarve e se chovesse durante um mês o que tem chovido desde há 2 dias não ficava reposta uma situação de pleno armazenamento dos aquíferos, mas pelo menos afastava-se a ameaça de crise  este ano.  Já de há dois anos para cá que os Invernos têm sido escassos  em precipitação, mas este ano que está a terminar foi penoso; choveu qualquer coisa até Fevereiro e daí em diante nada que mereça ser registado.

 O fascínio do deputado do Chega 
Dos novos deputados e respectivos Partidos que entraram no Parlamento nas últimas eleições, nenhum como André Ventura tem merecido a atenção de comunicação social, escrita e televisiva.  Estão precisamente a fazer o que ele quer, que é dar-lhe protagonismo. Como é senhor de boa cultura e boa palavra, assume as poses de caudilho com grande facilidade e toda a imprensa, rádio e televisão fazem o que ele pretende. Uma coisa é não escamotear as questões e dar notícias, outra é dar relevo por vezes superlativo ao que ele faz e diz. Na manifestação dos policias em Lisboa, teve a lata de vir discursar no palanque que a ele não era destinado; e embora outros deputados de outros partidos tenham aparecido para falar com os manifestantes, nenhum ousou fazer a figura abusiva que ele fez - apoiado no perigoso Movimento Zero - perigoso porque é inorgânico, não tem ninguém  dirigente que dê a cara, e é nitidamente apoiado ou fomentado pela extrema direita. O mais triste é que muitos policias que certamente não alinham naquelas ideias acabaram por ser levados a aplaudir e a apoiar as ideias do Chega. Mas fosse da extrema esquerda para mim era igual.
Fenómenos como os coletes amarelos franceses que na sua base tem motivos de justiça e de razão, acabam por ser infiltrados por agitadores seja de que extremo forem  e dão o resultado de caos a que temos assistido. Tinha de chegar a Portugal, era inevitável.
Mas os órgãos da comunicação social, para disputarem protagonismo aos tabloides. têm a meu ver sido de muita irresponsabilidade dando relevo ao Chega que é aquilo que ele precisa para crescer. Depois  queixem-se ...



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