quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Incongruências  escandalosas
A Caixa Geral de Depósitos vai aumentar as taxas  que cobra pelas contas à ordem  e outros tipos de investimentos, mesmo para quem recebe pequenas pensões, e vai premiar com descontos os que têm ordenados e depósitos  maiores. Isto é escandaloso !! Pura estratégia de liberalismo |
Que incongruência é esta praticada por um banco publico  sob a governança de um Governo das esquerdas? Os méritos  de Paulo Macedo como gestor de Finanças e a sua indiscutível seriedade são características que lhe permitiram pôr a CGD em ordem e restabelecer  a sua credibilidade, abaladas que foram por anteriores administrações incapazes  de aguentar o peso de uma instituição bancária  com esta dimensão.
Mas alto lá com as práticas  de descarado liberalismo; mesmo sem sermos especialistas em questões bancárias, pergunta-se se é necessário ir aos bolsos dos mais pequenos desta forma para manter a Caixa equilibrada!! Um banco publico deve ser gerido com boas práticas  e com competência, mas sem esquecer que a sua manutenção como publico é para possibilitar um papel social que os bancos privados não cumprem.


PSD, e agora ?
A fraca  prestação do PSD nas eleições vai abrir caminho à luta interna, pois tal como numa casa sem pão todos ralham e ninguém tem razão, também num Partido com fome do Poder quand0 este lhe escapa por muito tempo todos ralham  e ninguém tem  a razão.
Veja-se pelo historial do PSD a sucessão de dirigentes com categoria e outros medíocres que passaram por lá.  A primeira geração fundadora foi, como em todos os outros Partidos, a mais categorizada, e quem é desse tempo recorda Sá Carneiro, Balsemão, Magalhães  Mota. Sá Borges  ( que pouco injustamente recordam) e alguns outros; depois passaram por lá Marcelo Rebelo de Sousa,  Rodrigues dos Santos, Mota Pinto e mais dois ou tres grandes personagens, mas foram alternando com o Meneses e daí em diante veio a cair  sempre. E acentuou-se a clivagem entre os social democratas fundadores e seus seguidores, da mistura de gente de duvidosa formação política que acabou por fornecer um Passos Coelho,  um Relvas e toda aquela plêiade de esfomeados pelo Poder entre liberais sem cartilha a direitistas do pior. Lembrem-se do apoio que Passos Coelho deu a André Ventura, de quem até o CDS se afastou ...
A chegada de Rui Rio à liderança trouxe um sabor de idoneidade e rigor, com o querer regressar às raízes fundadoras social democratas. Já se previa que nestas eleições o PSD teria enorme dificuldade em  ultrapassar a fasquia dos seus militantes mais arreigados, porque o PS tinha vindo a executar uma política económica e social com êxito e de difícil  oposição por um Partido moderado, onde só a histeria da Cristas  não a deixava ver a diferença entre a seriedade e a verdade e o populismo desbragado da linguagem.
Com o desaire, mesmo assim muito menor do que seria expectável, começa agora a corrida dos que querem chegar ao "pote". O Relvas já fala outra vez e agora posiciona-se com grande pompa o Luis Montenegro - e a liderança do PSD arrisca de novo a cair nas mãos de gente sem craveira. Este agora altissonante  candidato é muito  fraquinho, não devia bastar o saber falar alto e proclamar tiradas de oposição à esquerda, é exigível a um Partido de Poder que tenha dirigentes de craveira política, intelectual e ideológica à escala adequada.
Rui Rio, apesar dos seus pontos fracos - e quem os não tem? - é um político sério, que apenas resvalou para o excesso pouco próprio dele, quase no fim da campanha eleitoral e certamente por pressão dos "activistas" que queriam mais verborreia. Era importante continuar a ter em Portugal um Partido de social democracia mais de direita, não só para reforçar o Centro como sobretudo para se opor à direita radical e extrema direita que começam a levantar a cabeça.


A ex-putativa Primeira Ministra

Assunção Cristas, que teve o desplante ou a fantasia de se rever como Primeira Ministra, coitada - lá se foi, espera-se para exemplo dos seus correlegionários, de que a verborreia populista fica mal a um Partido que pretende partilhar o Poder e não cai bem na maioria dos portugueses. Para isso já aí estão o Chega e a Intervenção Liberal para arengarem às massas -  um pela liberdade contida pela Autoridade e pelo nacionalismo xenófobo, o outro pela liberdade absoluta dos mercados e pela primazia das finanças e da economia em roda livre sobre o social, talvez uma caridadeinha seja ainda compatível...

O meu sorriso de esperança
Hoje, manhã cedo,  cheguei ao muro do meu quintal e voltei a ver duas lebres aos saltos no terreno debaixo, e sorri ! Já há umas semanas que não via esse quadro de esperança, podiam ter sido caçadas ou partido para outro local mais abundante em comida. Foi o meu sorriso de esperança, que dificilmente esconde a apreensão desta seca avassaladora; as folhas das tílias que nesta altura do ano começam a ficar de um belo amarelo dourado, estão simplesmente secas nas árvores e a cair .
As barragens do Algarve estão com 20 % de capacidade, e se não chover abundantemente nestes próximos 30 dias, quero ver como é que o Governo que afirma ter tudo controlado, vais controlar o abastecimento das populações ( e dos gados, e dos campos de golfe...).
La se vai o meu sorriso de esperança!

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