quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A espuma dos dias
1 - António Costa, a táctica nem sempre acerta
O  Primeiro Ministro é reconhecido como um excelente político a delinear tácticas  de entendimento para governar e levar a sua vontade adiante. No anterior Governo que ficou  conhecido pela geringonça fez uma aposta na esquerda e conseguiu dar um exemplo a toda a Europa - com bom senso e moderação é possível contornar o neoliberalismo da UE e governar de acordo com aquilo que é a vontade geral do povo.  Não se aceitaria que o marxismo exacerbado do PCP e o excesso ou radicalismo do BE  governassem o país; mas enquadrados pelas regras democráticas, como aconteceu, e para desespero das direitas, aqueles Partidos  trouxeram à governação ideias e medidas que, sem eles, o PS não teria a coragem ou a capacidade de assumir. E isso foi muito positivo. 
A decisão da António Costa de, nesta legislatura, deixar de voltar a trabalhar  num acordo com os partidos à esquerda, fosse porque razões fosse, era previsível que se traduziria numa precariedade política e numa governação titubeante e sem alma. Pode ter sido porque os sectores à direita dentro do PS fizeram pressão, fosse porque perante a Europa faria um papel julgado demasiado "esquerdista" para um membro da UE, fosse porque tem a sua agenda própria e dois anos é o prazo que anteviu para mudar para nova legislatura - fosse qual fosse a razão o certo é que vai perder e vai deixar de contribuir para que na Europa as coisas comecem a mudar em termos do neoliberalismo deixar de atrair grandes massas de população.  Sente-se que anda no ar a mudança e que mais uma vez o liberalismo baixará a grimpa, como a subida acentuada do populismo liberal e demagógico parece querer demonstrar e será a outra face que fará subir de novo a esquerda democrática. Por isso António Costa  falhou na sua táctica, veremos isso dentro de algum tempo...

2 - A "peste" do coronavirus -  A primeira grande "peste" do século esta ai a desafiar a Humanidade e a sabedoria e bom senso dos Governos, em todo o Mundo. É quase sempre da China que saem os miasmas destas infecções, seja pelos hábitos de vida das populações mais atrasadas daquele imenso país oriental, seja pelo clima - mas da Índia onde a porcaria ambiental também é grande  não consta que saiam assim  epidemias descontroladas.

3 - A  despenalização da eutanásia
Contra a reacção dos mais conservadores, entre os quais -  pasme-se !!- os comunistas do PCP, o Parlamento lá aprovou na generalidade o processo de despenalização da eutanásia e agora é esperar que os deputados de todos os partidos cheguem a consenso  na especialidade para que finalmente Portugal alinhe com os países mais avançados do Mundo em termos de encarar o processo da vida e da morte - e se decida a favor do fim  dos sofrimentos, físicos e psíquicos, para os doentes terminais. Aguardemos !!









quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ainda a despenalização da eutanásia
Continua a surpreender-me a quase histeria dos activistas contra a despenalização da eutanásia e a posição dogmática de instituições como a Ordem dos Médicos. que deviam manter um estatuto de alguma independência.
O grande argumento dos que querem agora um referendo é que a Assembleia da Republica não terá legitimidade para decidir sobre o assunto, quando ele afecta  muitos portugueses que estão contra o processo. Mas na discussão do assunto, na anterior legislatura, esses mesmos defensores hoje do referendo aceitaram a discussão e a decisão parlamentar sem a pôr em causa, porquê? Porque sabiam que iam ganhar. É esta  hipocrisia  que não têm a honorabilidade de reconhecer.
Custa a aceitar que estes paladinos da vida que não é possível afrontar, como eles dizem, fiquem indiferentes ao mais simples dos argumentos : quem defende a despenalização da eutanásia não está a impor esse acto a ninguém,  está apenas a exigir que cada um possa querer, para si, a eutanásia - enquanto que os opositores querem impor a toda a gente a sua própria opinião. 
E estão-se pouco importando em reconhecer que este processo é inevitável, que é apenas uma questão de tempo para que a reacção, os reaccionários, percam influência na sociedade portuguesa. Acusam também de ainda poucos países terem feito essa opção - e depois ? Há povos que têm de ir na frente da evolução da Humanidade.
 Fomos dos primeiros povos a abolir a escravatura - se tem havido um referendo e tendo em consideração a mentalidade geral da época, se calhar não tínhamos dado esse passo significativo  no avanço da civilização europeia. Passou-se o mesmo com a abolição da pena de morte - se tivesse havido um referendo é provável que tivesse continuado essa pena máxima abominável.
Quanto a instituições, já se sabe que a Igreja católica  foi sempre a reboque da sociedade, pondo travões, reagindo pela negativa - não admira que agora faça homilias nas missas e assuma posições ultra reaccionárias. E o mesmo com as outras religiões, que sentem  fugir-lhes o apoio das grandes multidões que antes as apoiavam...
Já a Ordem dos Médicos devia ter pudor em vir tão afrontosamente opor-se à despenalização da eutanásia, quando sabe que pelos inquéritos feitos mais de metade dos clínicos está de acordo com o processo, e alguns até confessam que já a praticaram em segredo. -o que só fala do  elevado grau de misericórdia desses médicos.
E por sinal, numa posição muito digna,  as Misericórdias embora dizendo que não concordam com a despenalização declaram que  estão no entanto ao dispor de quem recorrer à eutanásia para receber e cuidar desses pacientes. 
Veremos esta semana se vence a reacção ou a evolução...






sábado, 15 de fevereiro de 2020

Rectificação -  O texto aqui publicado sobre o Governo de esquerda e que havia sido enviado ao PUBLICO, acabou por ser publicado no Publico online,


Morte assistida -eutanásia
Em 2014 editei um livrinho intitulado "Viver a Vida, Lidar com a Morte- reflexões de um cidadão comum" em que abordava questões como  a vida, a morte e a quase morte,  a  crença e a descrença numa outra vida, o culto dos mortos,  a proximidade da morte, os desígnios dos deuses e o direito a morrer  com dignidade. E dizia logo de entrada, entre outras coisas, que "desde há muito que encaro a morte não como uma transformação, uma mudança de estado, uma passagem para outra vida , mas sim como um fim, sem apelo nem agravo, que está  inscrito no meu ser biológico como está em todos os seres vivos que existem sobre a Terra".
Reli agora o  livrinho e acho que está lá tudo o que pensava e continuo estruturalmente a pensar, sem exacerbar sentimentos, sem excessos ou falta de moral, apenas o reconhecimento de que cada um pode escolher - deve poder escolher - a forma como quer acabar os seus dias - se tiver oportunidade para isso.
O direito à morte com dignidade é um direito tão importante como o direito à vida, ao fim e ao cabo é sempre o mesmo direito de cada um poder ter a vida como quer  (excepto a nascença).
- Pode haver quem queira que a vida lhe seja prolongada  pelos cuidados paliativos  até ao último segundo de sopro, mesmo que agora não faça ideia do que será o sofrimento não já físico mas psíquico ( para este não há morfina que baste!!) de ver progredir  a degradação. E acabem com essa treta de que os cuidados paliativos resolvem tudo.
- Pode haver quem por misticismo ou seja lá porque for queira sofrer porque a religião diz que o sofrimento redime - e esses querem ser "redimidos". E têm direito a usufruir desse direito.
 - Mas há outros que não querem imaginar-se, através dos cuidados paliativos, como múmias vivas à espera que chegue o fim. 
Os que teimosamente negam este direito aos que querem tê-lo, acham-se  na posse da verdade que é a sua e isso não passa de  uma arbitrariedade apoiada na justiça de sociedades que teimam em reger-se por regras paradas no tempo. 
Sempre que há um movimento progressista que pretende romper com velhas questões de hábitos e cultura, em que imperam as regras (mesmo que não se dê por elas ) da religião - qualquer religião, diga-se - surge logo a reacção.  Não querem ver ( eu acho que não têm abertura mental suficiente para ver) que quando se trata de um direito que não é imposto a ninguém mas apenas a quem dele quiser fazer uso consciente, estão a cometer um abuso de autoridade sobre outros cidadãos iguais a si mesmo excepto  na pequenez da mentalidade - custa ofender, mas é mesmo assim, 
Dizem aos outros  que então recorram ao suicídio assistido - e acham que têm o direito de exigir a qualquer pessoa debilitada e muitas vezes já sem forma de comunicar, que tome por sua conta o medicamento fatal - é preciso ter  completa desconsideração pelos outros. E acabem com a outra treta de que pode haver erros na decisão de aplicar  o fim do sofrimento, porque isso é dizer que mesmo 3 ou mais médicos  examinarem o doente e a tomarem a decisão podem errar . E que não há retorno - não vale a pena repetir aqui os argumentos já fartamente difundidos dos cuidados que deve haver na tomada da decisão e perante a aceitação consciente do paciente. Ponto final deste assunto.
Os ferozes adversários da legalização da eutanásia são em regra  de um autoritarismo aflitivo, vê-se isso em todos os debates. Por regra quem está a favor quase nem pode falar,  argumenta normalmente,  mas quem é contra perde a cabeça e assume autênticas fúrias - o que reflecte a meu ver a falta de argumentos convincentes. Há dias num debate televisivo uma senhora de nome Roseta ( se calhar da família da conhecida arquitecta - que não é assim...) parecia uma daquelas máquinas falantes, em se colocando a moeda nunca mais param e repetem exaustivamente com voz acima de todos os decibéis aceitáveis, a mesma cassete. Há uma outra senhora que já foi deputada, Galriça acho eu, que vai na mesma pisada; e outros argumentadores do contra vão pela mesma bitola de perder as estribeiras e falam, falam , gritam como se deles viesse a palavra decisiva e acertada.  Com debates assim a sociedade não avança, não.
Por fim argumentam que a Ordem dos Médicos proíbe que o médico abrevie a vida do doente, embora se diga à boca fechada que isso acontece correntemente, e ainda bem, em todos os hospitais, sem qualquer publicidade ou escrutínio. Mas há entre nós centenas de médicos que apoiam a legalização da eutanásia e os médicos dos países em que isso já é legal também apoiam. E a Ordem dos Médicos não é sagrada, as suas regras têm de ser enquadradas, como as  de qualquer organização portuguesa seja de que foro for,  dentro da legalidade constitucional. De resto o Movimento pela Morte Assistida, de que eu faço parte já há vários anos, foi criado por médicos.
Uma coisa é certa : o Estado, através de uma justiça enviesada por convicções de séculos, quando o conceito de liberdade individual foi sempre menosprezado, não pode deixar de se modernizar e só actuar a reboque, só porque ainda há muitos reaccionários a mandarem no regime. Foi assim com a questão do aborto - vinha aí a desgraça de abortos a torto e a direito e afinal diminuíram os abortos  e deixaram de ser feitos  à revelia da saúde publica; foi assim com a droga e as salas de chuto, ia haver por aí drogados pelas ruas - e continua a haver mas muito menos e sobretudo muito mais controlados medicamente que antes; foi assim com o casamento de homossexuais - ai credo, que coisa(!!) e tudo se passa afinal dentro duma normalidade sem escândalo, 
A reacção não se rende facilmente...
Ainda tenho alguns livrinhos que referi e posso enviar a algum interessado







sábado, 8 de fevereiro de 2020

Enviado este texto ao jornal Publico para eventual publicação, como não se trata de um cronista encartado, mas apenas de um mero cidadão,  nem o assunto é agradável, e passado um tempo razoável de espera, aqui fica para reflexão de quem o ler...

Reflexões sobre
UM GOVERNO  DE ESQUERDA

A cidadania activa deve intervir naquilo que diz respeito à res publica e não ouvir apenas o que dizem os especialistas e cronistas encartados.
Um Governo de esquerda moderada, democrática,  como parece que procurou ser o anterior Governo português, não deixou de ser um exemplo para a Europa onde as regras  neoliberais com que se rege a União Europeia não dão oportunidade a políticas nacionais que se afastem da cartilha.  Parece-me que vale a pena reflectir um pouco como cidadão civicamente empenhado e não como especialista.
Limito-me aqui a recordar ideias conhecidas de todos e que ajudam a pensar na nossa situação. A crise da esquerda e da direita -  e refere-se apenas a questão europeia  que mais directamente nos afecta pois a sua expansão para outras partes do mundo merece outra abordagem – resulta da evolução da situação após a queda do muro de Berlim e a derrocada do bloco soviético. Embora já se tenha visto denegrir o período de algumas décadas após a Segunda Guerra Mundial – estranho seria que não fosse… – a verdade é que nunca a Europa conheceu um tão prolongado tempo de paz, de concórdia e de desenvolvimento económico e  social  em democracia. Foi assim que nasceu o Estado Social que orgulha a Europa.
Nesses anos governaram nos países europeus  ( não por cá…) os partidos de ideologia social democrata ou  socialismo democrático e da democracia cristã.  Ideologias que se fortificaram como consequência por um lado da memória reactiva contra as ditaduras  fascistas e por outro contra o “socialismo científico” do marxismo leninista, reconhecendo que o capitalismo é, em si mesmo, uma realidade inerente ao ser humano, mas que deve ser regulado e mantido fora dos excessos libertinos da financialização da economia e de toda a vida das sociedades. Nem o  capitalismo de Estado à moda soviética ou chinesa nem o capitalismo selvagem do liberalismo.
É evidente que este tipo de  reflexões não agrada aos que hoje continuam a subscrever o pensamento  que esteve na base dos sistemas  extremistas – e haverá sempre saudosistas e teóricos  de tudo quanto o homem concebeu ao longo da sua História - nem aos liberais.
A direita europeia deixou-se seduzir pelo canto de sereia do liberalismo que se comporta como a hidra mitológica - sempre que lhe cortam uma cabeça recupera passado algum tempo; as regras sociais que desde Leão XIII corporizaram a democracia cristã – uma espécie de esquerda da direita – são muito próximas das medidas social democratas, só que estas  não tinham -não têm- substracto religioso.
A esquerda europeia sofreu as consequências da rejeição do termo “socialismo” que o bloco de leste  representava; quem visitou os países do outro lado da cortina de ferro nessa altura teve oportunidade de verificar o socialismo de miséria que ali se praticava e que está na base de muitos problemas que a democracia sofre hoje em muitos desses países. Uma esquerda  moderna e democrática  deve ser essencialmente ecologista e ambientalista -  onde está isso em Portugal?
A crise da direita exigirá a recuperação dos valores  da democracia cristã e do ideário conservador que, apesar de tudo, era democrático, marcando uma barreira de convicção contra o avanço da extrema direita que, tal como nos anos trinta do século passado, ameaça recuperar uma hegemonia  que parece ter deixado de estar na memória dos povos.
A esquerda democrática tem que vencer a actual crise  existencial;  se na maioria dos países europeus for recuperado o essencial do ideário socialista democrático, isso constituirá  uma forma de ir ao encontro das aspirações e anseios das grandes massas de população hoje mais instruídas e participativas, que exigem respostas sociais que o liberalismo não lhes permite obter. Mas  continuará a haver  quem escreva sobre o “abjecto socialismo”…
A velha cartilha do laisser faire laisser passer  volta de novo a ser trazida à ribalta, quando se diz que não se é de direita nem de esquerda, é -se liberal. A morte das ideologias é  o leit motiv desde o início  da teoria do mercado como  sendo a única realidade e é esgrimida como a  arma do progresso. Temos visto no que deu sempre que o liberalismo teve força para se impor no mundo.
O Governo que hoje temos em Portugal, com setenta membros entre Ministros e Secretários de Estado (custando  muitos milhões de euros anuais, quando se impunha  reduzir  essas despesas públicas para apostar no social), com uma proliferação de designações populistas como se muito menos Ministérios não pudessem tratar da inovação e modernização administrativa, da administração publica, da descentralização e da  administração local, do planeamento, da coesão territorial, da transição digital, do ambiente, da acção climática. Como se agricultura e florestas não devessem ser o mesmo Ministério com uma acção agro-florestal conjunta, etc, etc. Isto cheira a pura demagogia e despesismo, impróprios de um governo de esquerda moderada e democrática,  afinal mais submisso às regras neoliberais da UE. Governo de esquerda ? O povo da esquerda democrática sente-se defraudado. Onde vão ”coisas” como o Chega buscar eleitorado?
Escrito pela ortografia antiga
02/ Fevereiro /2020
Fernando Santos Pessoa
  cidadão

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Mediterraneidade, o espírito do Mediterrâneo
O Mediterrâneo foi e é espaço e tempo para a maior epopeia cultural do mundo, com repercussões que se estenderam e estendem a todo o planeta.
Aqui foi o berço da grande saga civilizacional imbuída do espírito mediterrânico  - a mediterraneidade -  que existe e precisa de ser consolidado -  desde a ideia cósmica dos egípcios, a paideia grega, a literacia de Alexandria, o genius de Roma, os cadinhos de Cirene   e de Siracusa, a fúria do otomanos; aqui se geraram as tres religiões monoteístas que nasceram do mesmo tronco comum e que foi buscar inspiração à tradição oral que corria naquelas estepes desde a recolha de Gilgamesh, o tal de Uruk, " a cidade das grandes muralhas"  onde nasceu a escrita ocidental...
Albert Camus, Claudio Torres, Mohammed Atkoun e tantos outros pensadores das duas margens do grande mar que se formou há uns 5,6 milhões de anos, exaltaram e contribuíram para criar a consciência colectiva desta realidade que interessa aos povos do  Sul.
Nós estamos debruçados para o Atlântico mas aqui no Sul recebemos a maior influência do Mediterrâneo - influencia climática, da nossa flora e sobretudo da cultura dos povos que ao longo do Tempo nos visitaram, aqui permaneceram e deixaram o seu traço inquestionável. Por isso devemos ser nós também a exaltar a mediterraneidade como a nossa força de alma.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A espuma dos dias
1 -Trump e a ruína da democracia
Donal Trump foi ilibado das acusações e o processo de destituição acabou em nada. É uma vergonha, e é sobretudo pelo que esta farsa traduz da saúde da democracia nos EUA que, desde o  século XIX  tem sido um garante da democracia no Mundo, pesem embora algumas manchas negras que foram  surgindo aqui ou ali. O que choca é o comportamento do Partido Republicano que tinha aqui uma ocasião de recuperar a dignidade perdida por este Presidente; é um Partido que tem sido, tal como o Democrata, uma das bases da legalidade democrática e deu ao longo da História dos EUA algumas personalidades relevantes. Agora ter-se sujeitado a apoiar este autêntico vendedor de banha de cobra, figura ridícula, mentiroso, mafioso pois que impediu que fossem ouvidas testemunhas importantes porque o iriam prejudicar - que justiça e que julgamento são estes em que são impedidas de depor algumas testemunhas fundamentais ?E ficam todos orgulhosos com isto!

2 - O Ministério do Ambiente que temos 
Aumenta a quantidade de lixos tóxicos que são exportados para Portugal para aqui serem tratados e/ou enterrados. É uma vergonha,   isto acontece porque o custo da tonelada de lixo em Portugal fica abaixo de metade do preço noutros países. Quer dizer, somos o caixote de lixo da Europa ! Incrível,  inadmissível!!  Grande honra para este Ministério do Ambiente!
A reciclagem de plásticos em Portugal  anda pelo 12 % do plástico recolhido. Andamos com campanhas para separar os lixos, leva tempo a mentalizar a população para esse hábito civilizado e depois acaba-se por saber que a reciclagem fica-se pelos 12 %. Mais uma medalha para o Ministério do Ambiente!
Outra vergonha é o aeroporto do Montijo. Cada vez soam mais alarmes para o erro que será a construção daquele desgraça ambiental e oxalá não venha a ser também a  desgraça para a segurança de muitos voos e dos passageiros.