Escrevi há tempo que se havia coisa em que gostaria de estar errado e falhar seria na situação da água disponível no Algarve, que se apresentava preocupante pela prolongada falta de chuva. Entretanto passou cá pela Região uma depressão, Elsa, e choveu até demais para tão poucos dias e quando é assim perde-se muita água. Apesar de tudo deu algum alívio à vegetação, porque para os aquíferos deve ter feito pouca diferença.
Agora tem estado a chover novamente já há uns dias, pena é que não tenha sido mais cedo durante os meses de Inverno; agora as oliveiras ainda beneficiam, as vinhas também recuperam mas já as alfarrobeiras, com os dias quentes que fazem, pouco devem beneficiar. Tem sido uma chuva certa sem grandes chuvadas, e assim a água infiltra-se melhor; mas será ainda muito pouco para repor os níveis dos freáticos e para fazer grande diferença nas albufeiras das barragens. Melhor que nada, claro. Que felizes ficaríamos todos se ainda chovesse moderadamente mais uns tempos.
Mas não devia impedir que se imponha atempadamente um regime de consumo de água, já que o Verão - se esta pandemia terminar a tempo de se organizar de novo o turismo - pode trazer subitamente para o Algarve grande afluência de visitantes em férias.
Parece-me sempre preferível uma estratégia contida, progressiva e pouco impactante na vida das pessoas, do que uma decisão drástica e um regime de grande sufoco em abastecimento publico de água. E golfes, e jardins urbanos...
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