domingo, 1 de novembro de 2020

 Estes tempos que vivemos

As nossas gerações estão a viver algo que acontece de vez em quando neste mundo, uma  pandemia.

 Para os mais velhos é um risco maior de morte, mas para os mais novos vai marca-los profundamente, pois alterou hábitos e rotinas, transtornando a percepção de valores essenciais ao crescimento da mentalidade, abrindo brechas  na formação e na informação de vastas camadas da juventude. É preocupante.

Com a crise social e económica que segue por arrasto a crise sanitária, o mundo está numa altura crucial que pode produzir ou uma nova visão do futuro, da vida, da forma de viver em democracia mais exigente, ou então um desvio civilizacional terrível em termos da Humanidade. A seguir à última pandemia de 1917 seguiram-se anos de pobreza e desgoverno, passou-se pela grande depressão dos EUA, formaram-se par a par os comunismos asfixiantes das liberdades e os ainda piores regimes fascistas europeus, os nacionalismos japonês e chinês, enfim, um tempo de  confrontação implacável. Na altura da grande depressão os EUA salvaram o descalabro com a intervenção de um grande Presidente, Roosevelt, que aplicou a receita keinesiana de atirar milhões de apoio público para a economia, o que só um Estado forte pode fazer: ao travar a depressão americana aliviou - a também nos países europeus que tinham com os EUA, como hoje tem, forte dependência económica e ideológica.

A diferença hoje é que temos como Presidente dos EUA um perigoso charlatão, mentiroso, arruaceiro, senhor dos piores valores éticos que um político pode ter e ainda mais relevantes com a posição que ele tem.

As eleições daqui a dois dias são assim um ponto do fio da navalha em que está todo o mundo.





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