Mais um que parte...
Morreu o José Duarte, o homem do jazz. Conheci-o, embora nunca me tivesse dado com ele, no início do CUJ, que creio ele ajudou a fundar; reuníamo-nos no Hot Club, que tinha entrada pela rua que vinha do Parque Mayer para a Praça da Alegria, uma semi-cave.
Uma certa noite avisam que a PIDE estava na porta e ia entrar, e eu e os mais magrinhos fugimos por umas janelinhas quase ao nível da praça, já que só sendo mesmo de pequeno porte se conseguia passar naquelas janelas.
Ouvia-o desde o tempo de "A menina dança?" e regularmente todos os dias de semana às 11h da noite, os " 5 minutos de jazz".
Pronto, mais um que parte, os da minha idade vão ficando cada vez mais sozinhos em termos de geração...
A arrogância da maioria absoluta
Quando eu comentei, mais que uma vez, o quão mau para a democracia iria ser uma maioria absoluta de um só Partido, houve quem falasse do meu exagero Mas estamos ver, ao longo deste ano que tem custado a passar, os tiques de arrogância e desprezo pela opinião do resto dos políticos e dos órgãos de soberania. Claro que em confronto com o comentador encartado do Marcelo outra coisa não seria de esperar nem daí virá grande turbulência; mas de resto o A. Costa faz o que quer e desculpa todas as asneiras com o sorriso de quem se está nas tintas.
A última ultrapassagem de outros níveis do poder, foi agora a legislação sobre o alojamento local (AL). Se há matéria que interessa às Câmaras Municipais esta do AL é uma delas e das que mais mexe com a cidade e os seus habitantes.
Pois o Governo publica a legislação que regulamenta e define prazos para o AL sem consultar as Autarquias. Pelo menos é o que anunciam tanto Moedas de Lisboa como o Moreira do Porto, e estes não iriam arriscar ser desmentidos ao afirmarem categoricamente que não foram tidos nem achados sobre aquela matéria. Ainda vamos ver mais problemas graves com a continuação desta arrogância, mais que inevitável, pois uma maioria destas "puxa o dedo para o gatilho..."