quinta-feira, 11 de maio de 2023

 Miscelânea

8 de Maio

Deixei passar mas não me esqueci - recordo agora : neste dia  há 54 anos embarquei para Angola no ronceiro Uige, com todo o pessoal a bordo. Marcou a vida de mais de 200 homens, tivemos azares e pedaços de sorte, criámos um bom clima interno  e os que podem e  residem no Continente  comemoram em cada Outono  mais um ano de camaradagem. A guerra colonial foi um absurdo, pela nossa parte tudo fizemos para manter uma vida digna, nunca cometemos a menor ofensa humana defendíamos mais do que atacávamos, e recebemos e acolhemos  centenas de nativos  das populações que se entregavam; os açorianos eram dóceis,  um ou outro prisioneiro que se fazia até chegava a ser transportado às costas, durante quilómetros de caminhada se estava ferido.

Perdemos 2 homens durante a guerra, depois já em casa, morreram alguns, o Tude e o Cotovio furriéis, o Carreira alferes, o Cavalheiro, da ferrugem, o Pato, meu fascina, de Pias e um bom cozinheiro,   o ano passado inesperadamente o Antunes, alferes, e exactamente este ano no dia 8 o Andrade, condutor que ainda o ano passado esteve  no almoço embora já debilitado. Perdemos o contacto com o alferes Teodósio, que emigrou para o Brasil e nunca mais deu notícias. A grande maioria dos açorianos emigrou para as Américas, raras são as notícias. Enfim, a vida vai ceifando...

A pouca vergonha nacional

Continuam os casos e casinhos da pouca vergonha nacional em termos de politica e de políticos  Depois queixem-se que os "chegas" aumentem e continuem as sus demonstrações de alarvidade, de insultos, de provocações à democracia. Mas dão-lhes alimento para essa fogueira, e a comunicação social tem muitas culpas - liberdade  de expressão não é dar realce, só porque "vende" bem,  às bacoradas dos energúmenos e em cada noticia pespegar a foto em grande pose do Ventura, é só o que ele quer.








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