Considerandos...
Não pode ficar sem comentário a Jornada Mundial da Juventude. Sou daqueles que raramente é extremista, a não ser por causas maléficas; não sou crente, fui educado no seio da religião católica mas cedo comecei a pensar pela minha cabeça e a escolher o meu caminho.
Perante a JMJ já disse que devia ter envolvido menos dinheiros públicos, porque se trata de uma organização religiosa específica embora tenhamos consciência do enorme peso que tem entre a população, apesar dos erros inadmissíveis que se cometeram - para já não falar na História e nos caminhos que a Igreja percorreu.
Mas uma organização mundial deste natureza não pode deixar de ter grande impacto positivo sobre os portugueses pelos investimentos feitos e pela contagiante emoção que percorreu aqueles dias da visita do Papa Francisco. E também não restam dúvidas de que o motor deste movimento e de toda esta emoção é a personalidade de Francisco; não se precisa ser católico para aceitar as suas palavras. Até mais, acho que este Papa está a fazer tudo o que pode ( e o deixam fazer) para repor a Igreja noutros carris; acredito que a própria vida dele esteja em risco porque não será impunemente que ele descarrega a sua atractiva personalidade contra os interesses espúrios dos meandros mais conservadores e reaccionários da Igreja e de tudo o que isso acarreta de fanatismos e de interesse económicos à mistura..
Quanto aos investimentos públicos nomeadamente das duas Câmaras Municipais, Lisboa e Loures, algo de importante vai ficar-
Já quando foi da Expo 98, se alguém se lembra, houve muitas vozes contra o investimento feito naquela área ribeirinha, que estava fortemente poluída e cairia facilmente nas garras apenas do urbanismo especulativo.
Pois agora com este Parque Tejo sucede o mesmo; foi a melhor forma de impedir que aquela vasta área, uns 100 hectares, viessem a cair nas mãos dos construtores de imobiliário, mesmo em cima do Tejo e do Trancão.
Agora espera-se que haja bom senso dos dois Municípios e se faça dali um grande Parque Intermunicipal, que seja simultaneamente utilizável e acessível a organizações de lazer para multidões ( sempre mais pequenas do que a JMJ) e uma arborização ecologicamente acertada e funcional. Se assim for o investimento público valeu a pena.
Vamos ver o que sai dali...
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