ao correr do tempo...
Amanhã, dia 5, é o grande dia que pode mudar muita coisa no mundo : as eleições nos EUA. Por muito que, quem detesta o imperialismo americano lhe custe a aceitar, uma coisa é verdade -nenhum outro país do mundo, no que nele se passar como política interna, afecta tanto esse mundo como as eleições americanas.
Nestas eleições há um aspecto que me tem vindo à cabeça, é que as sondagens sejam sempre tão pouco diferentes e dêem sempre o empate técnico entre o famigerado Trump e a esperançosa Kamala. Se adicionarmos a este facto outro que espantou toda a gente - o Washington Post pela primeira vez deixou de apoiar um dos candidatos, que por regra é sempre o candidato democrata- há uma tónica geral de comportamento nos EUA.
Por isso penso se este sentimento não será resultado de um certo clima de medo que grassa na sociedade americana, fruto das ameaças que Trump tem propalado constantemente. É que ele e muitos dos seus acirrados apoiantes constituem uma ameaça quase de guerra civil, pois se voltarem a perder nunca aceitarão a derrota e farão distúrbios perigosos.
É mais que certo que também Putin andará a tentar influenciar as eleições americanas, como fez sempre e como faz sempre que esteja em causa a sua possível influência no mundo.
A interferência russa nas eleições de países que Putin quer que continuem nas sua esfera de influência, verificou-se agora na Moldávia, onde foi bem clara a intervenção no processo eleitoral, mas aqui falhou - nas duas voltas do processo eleitoral acabou sempre por ganhar a actual Presidente que é pro UE, tendo perdido o candidato que veladamente umas vezes, abertamente outras, é pro-russo.
Já antes, coimo referi há dias, tinha havido o mesmo procedimento na Geórgia, onde eu estive em Setembro, e que ao dar a vitória ao candidato pró-russo, mostrou mais uma vez a corrupção de muitos votantes e a falsificação dos resultados, não tendo cedido ao pedido de mostrar publicamente as actas das mesa de voto onde a oposição terá ganho.
Putin foi um alto dirigente do KGB, ele e os colaboradores que o rodeiam têm toda a escola da subversão que foi sempre a salvaguarda da URSS e sabem como usar todas as formas dissimuladas de trabalhar na sombra.
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