sexta-feira, 7 de março de 2025

 Fantochadas

Um cronista  de um jornal acabou de escrever: "Porventura o que mais surpreende no comportamento do Luis Montenegro dos últimos  dez dias  é a incompreensão face  ao que lhe está a acontecer" - como é que se  pode pensar     que o citado não compreende?! Dar-lhe o benefício da dúvida?

Compreende muito bem mas "faz-se de morto" - como é que um  advogado, mesmo que seja fracote, não sabia o que estava a fazer e não sabia a aldrabice em que se estava a atolar?

A falta de noção dos valores essenciais da civilização e da cultura, que têm sido os valores que cultivamos no pós 25 de Abril 74, é a marca deste tempo em que estamos a viver, e havemos de  dar graças aos deuses se não nos cair em cima uma cambada de políticos populistas, especuladores, veículos das autocracias mais imorais em ternos de vida colectiva.

Continuem a fazer da política esta troca de passa-culpas (o último governo  de A. Costa foi um caso exemplar pela  negativa) e maus tempos vão chegar,  não querendo fazer de Cassandra...

terça-feira, 4 de março de 2025

 Intervalo

Não pode deixar de nos preocupar a evolução do tempo em que vivemos.

Desde o famigerado Trump e a  quadrilha que o rodeia, no país mais importante do mundo,  até esta parcela de território à beira-mar implantada, é chocante a troca dos valores civilizacionais pelo negócio.

É um tempo terrível este em que, de um dia para o outro, se descobrem ligações espúrias entre pessoas que se elevam acima dos pobres mortais.

Trump descobre-se agora, pelo menos para os menos informados,  foi  "servidor"  de Putin que o ajudou a sobreviver em maus momentos- e agora troca a defesa da liberdade de um  país invadido por um autocrata perigoso e maníaco pelo negócio em que ele e os seus amigos vão ganhar fortunas. E Trump tem ao dispor talvez as  maiores forças armadas do mundo  ( em que situação se devem encontrar os principais chefes  militares?).

Por cá um primeiro ministro está a exercer o cargo e a receber  "mesadas" de empresas  privadas...

 Ao que nós já chegámos!

Tal está a moenga, hem?

segunda-feira, 3 de março de 2025

 Este tempo em que vivemos

A  vida do mundo habitado pelos seres  humanos realiza-se por ciclos  do seu comportamento colectivo, mais ou menos  longos consoante  a civilização aumenta em conhecimentos, em tecnologias e em desenvolvimento de ideias ; houve tempo, no início, em que os homens acompanhavam os ciclos que a Natureza lhes impunha porque ainda eram parte integrante e integrada dessa Natureza.

Mas à medida que se foi consolidando o domínio do ser humano sobre os ecossistemas que o rodeavam, as  iniciativas e actividades das diferentes culturas foram-se distanciando da base natural. Depois a perspectiva de cada cultura sobre o meio  também se foi diversificando  - e as religiões  iniciais traduzem essa diversidade, nitidamente entre as ideias dos homens do que chamamos Ocidente e daqueles a que colocamos no Oriente ( visão que vale para nós que somos ocidentais).

No Génesis, da Bíblia judaico-cristã,  está lá bem explicitado que "enchei a Terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre  os animais que se arrastam na terra". Depois o homem cometeu o pecado original que foi ter comido o fruto proibido do conhecimento  e daí em diante rompeu as suas ligações ecossistémicas até ter aprendido à sua custa que deve servir-se da tecnologia de que dispõe em cada tempo histórico para reconstruir ecossistemas de substituição.

No Oriente Buda ensinava que todos os seres vivos estejam em segurança e paz, os seres  fortes e os seres fracos, grandes ou pequenos visíveis ou invisíveis, próximos ou distantes, já nascidos ou ainda por nascer. 

Daí que também aqui  o homem tenha aprendido, mas  mais cedo, a usar a Natureza sem a hostilizar.

São duas mentalidades opostas que traduziam a diferença  básica  do comportamento entre os seres humanos e o meio - no entanto,  e apesar dessas diferenças de mentalidade, um facto ressalta: o comportamento dos seres humanos entre si, as suas  relações, repetem-se ao longo dos milénios.

continua







sábado, 1 de março de 2025

O desprezo pelo bom senso e pela   vergonha
Estamos a viver um tempo em que  o bom senso e a vergonha, nas relações entre os homens e entre  as nações, entraram em rotura.
Cá pela terra ainda não pararam as poucas vergonhas dos politicos que parece ignorarem totalmente o mal que estão a fazer à  democracia - já dura há 50 anos,  muitos mais do que a 1ª República,  mas nunca nestas décadas estivemos  tão em crise como agora. 
E pelo mundo fora,  ficamos abismados com a pouca vergonha das decisões dum fantoche chamado  Trump e do gang que o acompanha - como é possível que os norte americanos que já tiveram grandes  Presidentes, agora aceitem um tipo destes craveira tão baixa? 
É um especulador como dizem que foi toda a vida, mas chegar ao extremo de se portar agora com se fosse já dono do mundo, insultando Chefes de Estado e tratando toda a política como um negócio especulativo, ultrapassa tudo aquilo que é admissível!!
Até custa escrever sobre estas poucas vergonhas.