quarta-feira, 19 de março de 2025

 Continuando

Progressivamente foi sendo entendido por um publico mais vasto que a Terra é um sistema e que se afectarmos drasticamente um elo do sistema os demais entram a funcionar mal - responsabilidade do qe se passa n globo é de todos , cada um de nós interferindo isoladamente ou em grupo. Planificar a economia faz cada vez mais sentido: a formação dum bloco como a União Europeia deverá ter como um dos principais  objectivo implementar um planeamento global, equilibrando a componente com que cada Estado membro pode contribuir.

Dois economistas com sentido ecológico, William Ramsey e Claude Anderson em 1974 proclamaram que a planificação deve desempenhar uma função fundamental na preservação do Ambiente para, dessa forma preventiva se compensarem as falhas do sistema de mercado livre.

Como os dois investigadores defendiam, a planificação da economia não  funciona se não for aplicada globalmente; de nada vale a uma nação a sua planificação isolada - por maior e mais decisiva que seja a sua intervenção no peso da economia global - porque aplicada a um só país fica desligado do que é processado nos outros países do continente ou do planeta .E aqueles autores deixam bem explicito: "O mundo que vamos ter dependerá  dos planos que fizermos agora. Se não formularmos nenhum, é muito possível que também não tenhamos mundo  nenhum".

Esta necessidade de uma economia de mercado social começa a fazer o seu caminho e, como sabemos, continua a ser contestada pelos liberalistas desde Friedman e a sua Escola de Chicago, que outras coisas não lhes interessam  senão o máximo lucro no menor tempo possível - a verdade é que estamos ciclicamente a caminhar nos mesmos sentidos que levam à convulsão social.

O presente tempo protagonizado por Trump e a camarilha que o rodeia com a suas cegueira fanática pelo negócio e pelo lucro, outra coisas não é senão o sentido extremo a que o liberalismo desenfreado nos leva. Perdem-se os valores civilizacionais que são universais mas que a Europa sempre (quase sempre...) cultivou, trocando-os por fortunas e poderio assumido selvaticamente sobre as comunidades menos poderosas e desse modo espezinhadas friamente.  

Retomando  as reflexões iniciais,  foi na década de setenta do século XX que surgiram as primeiras grandes reacções ao caminho de desastre anunciado que a economia de mercado livre, por um lado,  e a economia estatizada por outro, estavam a conduzir a vida do planeta.

Porque se a economia liberal era inimiga de uma gestão conscienciosa  dos recursos da Biosfera, a economia estatizada como a da China e da URSS estava a cavar ainda mais profundamente o desastre ecológico mundial.

O maior atentado ambiental perpetrado no século XX foi a destruição quase total do Mar de Aral pela URSS.

continuará...









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