sábado, 13 de janeiro de 2018

Apontamento politico


1 - O PSD está neste momento a escolher o seu novo lidere, entre Santana Lopes e Rui Rio. Como dizia há dias Miguel Relvas, com a falta de "sentido da conveniência" que se lhe conhece. será um líder para dois anos,  pois é por demais plausível que António Costa volte a ganhar as eleições de 2019.
O que mais se estranha, para quem como eu não sabe nada do interior do PSD, é que um partido com a importância deste não consiga renovar as suas figuras principais e que num momento destes, em que o PSD continua sem conseguir engolir o sapo vivo da estratégia do PS e da esquerda para governar o País, depois da prestação de Passos Coelho. só apareçam a disputar a liderança duas figuras do passado, qual delas a mais "incompleta" para o lugar de primeiro Ministro que, no fundo, o PSD almeja.
Santana Lopes pensa que o País e os seus correlegionários ( ou uma boa parte deles) se esquecem da palhaçada que foi a sua passagem episódica como Primeiro Ministro, onde revelou total inaptidão para um cargo de tanta responsabilidade.
Rui Rio foi um bom Presidente da Câmara no Porto no que respeita a ter posto as contas em dia e a governar o dia-a-dia, mas em aspectos fundamentais como o social e o cultural deixou a Cidade Invicta na penúria - o êxito do actual Presidente Rui Moreira reside precisamente em ter sido capaz de implementar os aspectos sociais e culturais da cidade, que hoje é 100% melhor do que quando Rio a deixou.
Ora com esta visão redutora de contabilista, o lugar que ele ocupasse de primeiro Ministro seria de uma enorme pobreza para os aspectos civilizacionais do País.
Por isso é pena que o PSD não tivesse apresentado senão estes depois velhos abencerragens para o liderar. Dos que não concorreram -  e ainda bem-  um seria Paulo Rangel, um trauliteiro  e exaltado de verborreia fácil mas sem estatura para governar o País. ou então os portugueses seriam muito pouco exigentes... Outro seria o José Eduardo Martins, mas que surpreendentemente revelou muito pouca capacidade com a campanha autárquica de Lisboa. Não há dúvida que o tal " princípio de Peter"  funciona...
Ficaram na sombra alguns potenciais apostas do PSD, como Montenegro, e com este teríamos a maçonaria em pleno e em força a governar - talvez ainda a venhamos a ter...
Logo à noite, depois de uma campanha fraquíssima , ficaremos a saber quem será o líder do PSD nos próximos dois anos...

2 - O Ministro da Administração Interna fala de pelo menos dois anos para se concretizar uma nova floresta  em Portugal - pelo menos foi isso que eu entendi.
Ora não haverá melhoria da situação da área florestal se não houver a criação daquilo que foi destruído : uma Autoridade Florestal Nacional que seja capaz de repor a ordem e o controle do território. Dêem as voltas que quiserem dar, nada resultará apenas com experimentalismos e a "municipalização" da política florestal

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