terça-feira, 16 de julho de 2019

Há 50 anos - Primeiro transplante de órgão em Portugal
 Dia 20 de Julho é um dia que todo o mundo conhece, o primeiro dia em que um homem pisou o solo da Lua.
Mas nesse dia ocorreu outro facto que para Portugal teve muito mais importância directa do que a ida à Lua : o Prof. Alexandre Linhares Furtado, cirurgião já na altura famoso e Professor da Universidade de Coimbra, efectuou o primeiro transplante de um órgão em seres humanos praticado em Portugal, nesse caso um rim.  Tal  facto histórico foi ofuscado pela façanha da ida à Lua, pois a comunicação social quase nem deu notícia e poucas vezes o voltou a recordar.
Quando esta semana se comemoram os 50 anos desse grande avanço da medicina portuguesa é da maior justiça recordar o facto e o seu autor, ainda vivo felizmente.

Sindicatos, hoje 
Os sindicatos são historicamente os grandes instrumentos dos trabalhadores para defenderem os seus direitos. Mas, como tudo o que diz respeito ao homem e às suas sociedades, os sindicatos terão  de se adaptar aos tempos que não cessam de evoluir, sob pena de correrem o risco de se desactualizar .
Vem isto a propósito do conflito com os motoristas de  matérias perigosas e da sua luta por melhores condições de vida, que é uma reivindicação habitual e lógica . O que não é habitual e a mim me choca, é que o Vice-Presidente do sindicato seja um advogado que nunca pôs as mãos num volante de camião - e é isso que eu quero abordar.
Talvez seja a altura de exigir da Lei dos sindicatos ( que eu confesso que não conheço) até para o seu próprio prestígio e a sua dignidade, que os membros efectivos dos sindicatos sejam profissionais com carteira profissional, pois se esta exigência constasse da actual legislação certamente aquele indivíduo não podia ser  associado e muito menos dirigente do citado Sindicato dos motoristas de matérias perigosas.
Que os sindicatos recorram a advogados e a todo o apoio externo que possam conseguir, é perfeitamente legítimo. Agora recrutar um advogado, ou um engenheiro civil ou um economista para dirigente dum sindicato profissional é como recrutar mercenários. Eu não sei se tenho razão, quero acreditar que se acontece esta situação é porque não é ilegal - mas a mim parece-me moralmente pouco digna para qualquer classe profissional que adopte esta medida.












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