segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Assim vai  este "jardim à beira mar" e o Mundo...
Carta ao Director do Público- Acordo Ortográfico
O Acordo Ortográfico teimosamente em vigor por incompetência ou laxismo dos Poderes políticos, incluindo o Parlamento que aprovou, quero crer, sem que a maioria dos deputados se tivesse apercebido do desastre que era,   continua a ser  um dos maiores atentados perpetrados contra um património nacional sem valor de mercado, tal é o seu valor identitário. Que em 1945  o regime de então tivesse revisto e imposto  a ortografia, não causa espanto - agora em democracia fazer-se um tal atropelo é inadmissível - apesar de tudo essa alteração salazarista não mexeu na etimologia da maioria das palavras; aboliu o ph para substituir pelo f, a mim não me dava qualquer transtorno, como não  dá aos franceses ou aos ingleses, escrever phísica ou pharmácia - mas pouco mais alterou de muito relevante em termos da origem das palavras .
Escrevi no passado dia 18 deste mês uma carta ao Director do  Público, como faço de vez em quando, mas também desta vez, até hoje,  não viu a luz do dia. Aqui vai :
"Entre  tantos casos palpitantes que animam a silly season, há um assunto gravíssimo para a nossa identidade como nação, que é a do Acordo Ortográfico estupidificante, que não podemos deixar cair no esquecimento. À juventude estão a ensinar um arremedo da nossa  língua. Em Maio passado José Pacheco Pereira publicou mais uma catilinária num excelente artigo saído neste jornal. E contra o "acordês" ele propõe aquilo que todos os portugueses que amam a sua língua  deviam prosseguir : angarie-se dinheiro para publicidade. coloquem-se outdoors nas ruas. convoquem escritores, artistas. cientistas, que escrevam uma frase em defesa da nossa língua, crie-se uma associação  de cidadãos, etc. 
É preciso acordar a vontade adormecida dos portugueses para a defesa da sua língua, que é um património vivo e não a língua morta do acordês sem respeito pela etimologia, a mãe da nossa língua!! ".

A falta de água-
A opinião  pública continua aparentemente pouco preocupada com a falta de água a curto prazo, talvez esperando que aquela medida da ex Ministra do CDS de rezar a Nª Srª baste - ou então umas danças da chuva a ensaiar rapidamente se a crise se aprofundar... 
Pelo actual e eficiente Ministro do Ambiente sabemos que está tudo controlado, não dizem é como para o pessoal ter uma grande surpresa. Aqui no Algarve estaremos cá para ver e sofrer se em Setembro e Outubro não vier chuva abundante; e continuam a ser regados  os campos de golfe e as cada vez maiores plantações de abacates, como se  os citrinos tradicionais já não consumissem água bastante.
E ainda há que  exija mais uma barragem -  deve ser para ver se a água da chuva que não cai nas barragens que existem venha a cair numa barragem nova...
Campanhas para ensinar a economia da água, nada; campanhas de educação ambiental, nada; estações de dessalinização da água do mar, nada.  Na verdade temos todos que rezar aos deuses para nos darem água e, sobretudo, para nos darem governantes capazes, eficientes e - competentes !!


O KPG apenas mudou de nome- 
A Santa Mãe Russa  nunca se deu com a democracia. a não ser com a tal democracia popular de "excelente memória" para alguns, ainda hoje; os efeitos da Revolução Francesa não conseguiram atingir as estepes e o autoritarismo convence a  maioria da população, mesmo assim não dispensando os novos csars de usarem os métodos que Estaline apurou tão"delicadamente".  E por isso eleições sabotadas, com a capa da maior transparência ( embora  muito turva) continuam a dar excelentes resultados ao actual csar.
Extinto o antigo KGB, de que Putin foi um alto dirigente, aquela magnífica organização ( de que a nossa PIDE era uma sombra pálida) apenas deve ter mudado de nome porque as técnicas "subtis" aplicadas aos opositores mais notáveis são as mesma
Os envenenamentos altamente sofisticados e as doenças "naturais" estimuladas, têm sido aplicadas desde sempre contra os indesejados oposicionistas. O maior opositor actual de Putin, Navalni, que o diga- se ele voltar a falar...











segunda-feira, 17 de agosto de 2020

EUTANÁSIA em questão

Ver sofrer um ser humano até ao último suspiro de vida, sem esperança de retorno, só porque a sociedade  decide arbitrariamente o que cada cidadão pode ou não pode fazer da sua vida, é cada vez mais uma atrocidade intolerável.
Já não é a primeira vez  nem será a  última que aqui neste blogue abordo a questão da eutanásia  e faço-o agora de novo por mais uma experiência terrível a que tenho vindo a assistir.
Antes de mais reafirmo que o direito à morte com dignidade é um direito tão importante como o direito à vida, ao fim e ao cabo é sempre o mesmo direito de cada um poder ter a vida como quer ( excepto a nascença, que essa  não dependeu de si mesmo.
A morte para muitos, como eu, não é uma passagem para outra vida, não é uma transformação, é o fim, sem apelo nem agravo, que está inscrito nos entes biológicos  que habitam o Planeta Terra.
Pode haver quem queira que a vida lhe seja prolongada pelos cuidados paliativos até ao último sopro, mesmo que agora não faça ideia do que será o sofrimento não já físico mas psíquico de ver progredir a degradação, pois para este não há morfina que baste.
Pode haver quem, por misticismo ou seja porque razão for, queira sofrer porque as religiões dizem que o sofrimento redime e esses querem ser "redimidos" - e tem direito a usufruir dessa solução.
Mas há outros que não querem imaginar-se, através dos tais cuidados paliativos, como múmias vivas e drogadas à espera que chegue o fim.
Basta ter, para mim, dois dedos de  preocupações intelectuais, no que isto significa de ter informação e capacidade cognitiva  sobre a biologia e o intelecto humano, para se ser exigente quanto ao seu destino.
Os que teimosamente negam esse direito aos que querem tê-lo, acham-se na posse duma verdade que é só a sua e a sua generalização não passa de uma arbitrariedade apoiada numa justiça de sociedades que teimam em reger-se por regras paradas no tempo.
Sempre que há um movimento progressista que  pretende romper com velhos hábitos de cultura e de religião, surge logo a reacção- e esta nada tem a ver com  ideologias de direita ou de esquerda, apanha gente de ambos os extremos - os extremos tocam-se...
Lembremos as lutas pelo divórcio, pelo abordo, pelo casamento de homosexuais que tiveram de ultrapassar as reservas mentais de camadas da sociedade presas a valores do passado.
Quem quer a eutanásia  não a está a impor a ninguém, está a pedi - la  para si próprio ; quem se opõe a ela está a impor a sua vontade a todos.
Desde a morte do meu Pai, com quase 92 anos, e que perguntava (sem resposta) se para morrer era preciso passar por aquilo, já ouvi essa mesma expressão outras vezes, a quem tem consciência de que o sofrimento e a inacção a que está sujeito não tem remédio.
É uma violência gratuita que a sociedade exerce sobre o indivíduo.
E acabem com essa treta dos cuidados paliativos como sendo a grande solução para um final feliz da vida; a dor psíquica não se trata com morfinas a não ser pela inconsciência que as drogas proporcionem. E isso é viver ?
Não vale a pena repetir  aqui os argumentos já largamente difundidos dos cuidados a ter na tomada de decisão e depois da aceitação consciente do paciente.
Pode haver erros médicos na decisão final ? Isso é dizer que 3 ou 4 médicos a examinarem o doente podem todos errar no diagnóstico, o que significa a total falta de confiança na competência dos médicos, coisa que não se tolera. E a Ordem dos Médicos que, em princípio representa todos  os médicos, em meu entender não pode ou não deve tomar posição a favor dos que são contra  e estar contra os médicos que são a favor da eutanásia.
O Movimento pela Morte Assistida foi fundado e dirigido por médicos e outros profissionais ligados à saúde, além de pessoas como eu que defendem a solução da boa morte para quem sofre.













quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Um pouco da minha história pessoal
Hoje vou escrever umas notas sobre a minha velha amizade com o Gonçalo Ribeiro Telles - para memória futura, pois por enquanto ainda me lembro mas não sei se isso acontecerá  por muito tempo... E está na altura de recordar ...para viver integralmente!
Tinha entrado para o Curso de Arquitectura Paisagista, creio, salvo erro, em 1962, e tinha como professores além do Mestre Francisco Caldeira Cabral, os arq. paisª. Edgar Fontes e Ribeiro Telles ; entendia-me  muito bem com todos mas cedo me atraiu a maneira de ser do GRT. Qual não é o meu espanto, quando quase no fim do ano lectivo o Ribeiro Telles foi expulso do ensino,  eu que julgava até pela minha família, que eram perseguidos pelo salazarismo os comunistas e os republicanos - agora um católico e monárquico !
Quando se despediu na última aula que deu, disse-me duas coisas : para eu passar a trabalhar no atelier dele  e para aparecer nas noites das 4ªs feiras no Centro Nacional de Cultura. Isso permitiu uma convivência muito maior e, sendo eu republicano indefectível ( o meu avô paterno terá sido um dos fundadores, na Figueira da Foz, do Partido de António José de Almeida) gostei de conviver com personalidades tão diversas e  fantásticas como Sofia de Melo Breyner, Francisco  Sousa Tavares, Barrilaro Ruas, Miller Guerra e imensos outros nomes sonantes. Eram noites de conversa sobre política e cultura, e sentados em pequenos bancos ou até no chão, uma dúzia  de  ouvintes entre eles regularmente uns sujeitos de gabardina, vizinhos do lado - pois era mesmo pegado à PIDE.
Depois várias tardes ia a casa do Gonçalo ajudar ( mais ver que ajudar...) a pintar os soldadinhos de chumbo de que ele tinha uma grande colecção e sempre a ser aumentada, trabalho nunca concluído até hoje...
Tenho cenas  incríveis, quase anedóticas, passadas na altura das eleições e em regra com o João Camossa Saldanha, mas ficam para oura ocasião.
Em Março de 1974 deu-se o "golpe das Caldas" e, vivendo eu na Madeira, uns dias depois vim a Lisboa em serviço, mas encontrei-me com o Ernesto Melo Antunes ( que estava "deportado" nos Açores) no Montecarlo, junto ao Monumental, como acontecera outras vezes antes. Éramos amigos desde a nossa convivência na Bateria de Belém, em Ponta Delgada, nos anos de 59 e 60.
E disse-lhe por piada que a tropa falhara mais uma  intentona, não havia uma que desse certo, ao que ele acrescentou " Vais ver que vai sair uma bem feita...", não me disse quando mas foi daí a menos de um mês, em 25 de Abril...
Já agora, essa noite de 24 para 25 de Abril de 74, estava eu bem longe do que acontecia em Lisboa, passei-a até perto das 2h da madrugada, no Hotel Sheraton com o Prof.Werkmeister, com quem iria trabalhar daí a um mês, e na eleição da Miss Madeira  que, como era sobrinha dum grande amigo meu ( já falecido) estava na nossa mesa. O Prof. Werkmeister  despediu-se pelas 2 h pois apanharia avião a meio da manhã. No dia 25 telefona-me ele ao fim da manhã a dizer que não tinha voado, estava retido no aeroporto, porque estava a acontecer uma revolução em Lisboa !!  Foi assim que eu soube do 25 de Abril.

Falei ao telefone com o GRT que disse estar a haver  uma grande confusão política e ele também estava envolvido. E dai a poucos dias  foi ele que me telefonou a dizer para ir trabalhar com ele na Sub Secretaria de Estado do Ambiente, com grande euforia pelo que podia acontecer! Eu respondi-lhe que não podia ser pois daí a poucos  dias ia para a Alemanha fazer um  estágio de 7 meses com o Werkmeister, em Hildesheim. Acrescentou que esperava que eu voltasse e como eu não iria integrar o PPM em formação, pediu aos fundadores do PPD e recebi um cartão de Francisco Balsemão com umas folhas dactilografadas que eram as bases  do que seria o novo Partido. Mas esse é outro assunto.
Quando regressei da Alemanha, em Novembro, estive a falar com o GRT e voltou a insistir para eu me mudar para Lisboa - não me estava nada a apetecer-
Há acasos e acasos...Em Março de 75  deu-se o golpe spinolista e por acaso estavam em viagem de trabalho na Madeira  o Manuel Ferreira Lima que era Ministro e o GRTelles; numa reunião em que eu participava, na ex- Junta Geral, a meio da tarde chegou uma chamada de Vasco Gonçalves a perguntar se os dois queriam continuar num novo Governo e o Gonçalo ia ser promovido a Secretário de Estado. Aceitaram e o Gonçalo disse-me peremptoriamente  que ou desta vez ia trabalhar com ele  ou...nunca mais nos falávamos! Lá tive de vir para Lisboa.
Foi uma grande prova de amizade: com tantos colegas mais ou menos politizados e ansiosos muitos deles para entrarem na carreira política, foi a mim que o GRTelles escolheu e insistiu para trabalhar com ele. A nossa amizade cimentou-se de forma indiscutível e muitos fins de tarde, quando saíamos do Terreiro do Paço, ainda eu voltei a casa dele para "ajudar" a pintar os soldadinhos de chumbo!...
Foram uns meses empolgantes sob todos os aspectos, nesse Verão quente de 75 e até ao célebre 25 de Novembro.
Saíam ideias, rascunhos  de legislação, textos para a imprensa e o nosso Gabinete era constituído por mim, Chefe de Gabinete, pelo Assessor permanente Luis Coimbra e a Maria Elvira, secretária; o Alexandre Bettencourt  era Assessor não permanente e o assessor jurídico era o João Camossa . O nosso vizinho era o Garcia dos Santos, então Major, Secretário de Estado das Obras Publicas, com quem nos dávamos muito bem - e não havia a parafrenália de assessores e secretárias dos dias de hoje.
Com bastante regularidade tínhamos o Terreiro do Paço invadido por pessoal a protestar, nomeadamente  com o apoio do "Fitipaldi dos chaimites", o Major Dinis de Almeida  . E as manifs que desciam a Baixa e  onde nos passeios encontrávamos muitas vezes a esposa do Gonçalo com uma amiga ou com a irmã; e o "Documento dos 9", a ocupação do jornal Republica, a nossa ida para a Calçada da Ajuda ver o assalto das tropas de Jaime Neves ao quartel da Polícia Militar... Entretanto nas nossas instalações improvisadas na Rua Barata Salgueiro, permitiam-nos trabalhar e pensar no futuro da política ambiental; mesmo assim não escapámos, próximo do 25 de Novembro, a uma "sugestão" de saneamento, com uma "lista negra" que surgiu com os nomes todos do Gabinete a serem perspectivados para serem saneados se a grande revolução popular fosse por diante... Faz rir hoje, mas denota como o espírito humano é  capaz de bizarrias incríveis, por medo ou mero oportunismo; já depois do 25 Abril houve técnicos do mais acirrado conservadorismo que tinham sobre as suas secretárias copos com o emblema do PCP. Eu vi, ninguém me disse.
As viagens empolgantes que o Primeiro Ministro do VIª Governo, Almirante Pinheiro de Azevedo nos  empurrava a fazer, a Sines, ao Porto,  ao Algarve deram episódios com grande piada também,
Trabalhámos muito e desde Junho, sobretudo aos sábados de manhã em que não havia serviço, ficávamos os dois a rever as propostas do Curso de  Arquitectura Paisagista a criar em Évora; depois durante o Vº Governo em que a S. Estado do Ambiente esteve "desocupada" - o Engº Correia da Cunha tentou ocupar o lugar mas limitou-se a continuar Presidente da Comissão Nacional de Ambiente  (CNA)  ( o único equiparado a director geral que não foi saneado depois do 25 de Abril porque o GRTelles não assumiu esse encargo) e a cobrir os assuntos correntes, trabalhámos no atelier na proposta de mais um curso para a Universidade de Évora,  o de Engenharia Biofísica e que permitiria que a Arquitectura Paisagista tivesse um Departamento próprio.
Eu tinha feito, durante a estadia na Alemanha, e por conselho do Prof. Caldeira Cabral (o que também dava aqui para umas notas...) uma visita ao Parque Natural de Luneburger Heide, uma novidade em termos de Conservação da Natureza, que conciliava as actividades tradicionais do mundo rural com a preservação da Natureza e das paisagens, e sabia que em França também já existiam algumas dessas Áreas Protegidas. O Gonçalo Ribeiro Telles  ficou empolgado com esse assunto e na preparação do futuro da Secretaria de Estado propusemos uma nova lei orgânica que incluía, além da CNA, um Serviço de Estudos de Ambiente que seria a base para posterior desenvolvimento de outros serviços especializados, e o Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico  (SNPRPP). Nessa altura - e ainda hoje... - muita gente com responsabilidades na Cultura não ligava nada ao património rural e ao paisagístico; só eram considerados monumentos dignos de louvor  as grandes construções, os edifícios históricos, etc.  
Ora a nossa convicção como arquitectos paisagistas é que a paisagem é o maior repositório do património das gerações que nos antecederam, as construções  e estruturas da paisagem são verdadeiros monumentos que nos contam a evolução da Humanidade, aqui ou em qualquer parte do Mundo - enquanto que  os relatos históricos são passíveis de serem escritos "à maneira"; daí essa  convicção que levou a UICN e a UNESCO a considerarem a categoria de Parque Natural para além da de Parque Nacional. E o SNPRPP foi um dos primeiros na Administração Pública a ter autonomia administrativa e financeira, proposta que levou o GRT a grandes reuniões com as  Finanças que não aceitavam de ânimo leve essa figura, preferiam as direcções gerais onde o controle era maior.
Deixada a Secretaria de Estado, com 3 ou 4 diplomas publicados que indiciavam já o que deveria vir a ser a legislação básica da Política de Ambiente, Gonçalo R Telles foi para a Universidade de Évora, dirigir os primeiros cursos que entretanto começaram a funcionar.
Eu fiquei a Presidir ao SNPRPP até final de 1980, era já o único director geral ou equiparado que tinha escapado ao saneamento feito por Sá Carneiro quando em 1979 formou a AD e limpou todos os dirigentes que não fossem do PPD... É bom ter estas memórias.
Quando fui saneado por ser "eanista", fiquei na recém criada Direcção Geral de Ordenamento, com o meu colega e também grande amigo António Viana Barreto, a quem ajudei a montar  os serviços e comecei a ir dar aulas na UÉvora, pois o Gonçalo a isso me impeliu. Já antes. como ele tivesse sido convidado para dar aulas no Instituto de Novas Profissões, ali na Duque de Loulé,  porque não tinha tempo, lá me indicou a mim  e no Curso Superior de Turismo, criei duas cadeiras de Ordenamento do Espaço Turístico, em acordo com o que defendia o GRT.
A seguir ao desastre de Camarate, Ribeiro Telles foi para o Governo presidido por Balsemão, e sendo uma situação deveras politizada e muito diferente da de 1974, eu não quis ser Chefe de Gabinete, pois entendia que esse lugar devia ser ocupado por quem tivesse alguma sintonia política com a situação.
No entanto reuníamos  frequentemente, eu fui ao Ministério várias vezes e GRT deslocava-se á DGO onde se reunia com  o Viana Barreto e comigo.  Foi depois de uma reunião dessas, a que assistiu também o Engº Correia da Cunha, e já cá fora na rua, em que insistiam para que eu voltasse a presidir ao SNPRPP, o que eu recusava, e já em desespero de causa depois de terem sido "vetados" vários nomes, eu me lembrei do Almeida Fernandes que era versado em educação ambiental e com um argumento final que, sendo ele próximo dos socialistas, a AD até dava uma de democracia ao nomeá-lo para Presidente do Serviço...
Acompanhei GRT na UÉvora até 1967, com imensa satisfação, e é com muito orgulho que anos depois fui encontrando ilustres colegas que tinham sido meus alunos, muitos hoje doutorados.
Acompanhei-o na criação do MPT, que nasceu uma noite em casa do Luís Coimbra, ali em Campo de Ourique, numa reunião em que estavam além do Luís e do Gonçalo, eu, o Miguel Esteves Cardoso e o António Eloy.
Nunca aceitei qualquer lugar nos corpos dirigentes e quando o Partido foi assaltado por oportunistas, o GRT, eu e muitos outros fundadores abandonámos o MPT.
Continuei visita da casa, considerado quase da família, ano após ano; abalancei-me a escrever  um Esboço Biográfico e depois  a sua Biografia.
Almoçávamos algumas vezes, tínhamos grandes bate-papos na Deguimbra, a pastelaria perto da sua casa na Rua de S. José; convidei-o para algumas reuniões e encontros, nomeadamente na Fundação de Querença.
Até que sofreu a queda em casa, que o deixou diminuído.




























terça-feira, 11 de agosto de 2020

Assim vão o mundo e o país
Líbano e Beirute -  O Líbano é um pais pequeno mas magnífico e tem um lugar aparte naquele Próximo Oriente. Tem bons solos agrícolas que fazem a inveja dos vizinhos, tem florestas naturais de grande exuberância, de folhosas mediterrânicas e as famosas florestas de cedro, tem rios caudalosos - um contraste com a maior parte daquela enorme região semi-desértica.
A guerra civil deixou marcas terríveis mas parece ter convencido as facções religiosas que o melhor era entenderem-se, e o país entrou em paz e a progredir lentamente; dividiram o Poder pelos líderes das tres religiões - cristãos, xiitas e sunitas e ainda uma pequena população de druzos.  O mal, como me contou um rapaz formado em economia e empregado  numa piscina, é que passaram todos a roubar, a corrupção tem vindo a deixar o país de rastos. A instabilidade que se sentia, apesar da relativa paz  geral -  no mês do Ramadão as bandeiras festivas islâmicas misturavam-se nas ruas com imagens de Nª Srª ou com crucifixos - é devida a que a Arábia Saudita e o Irão continuam no Líbano o seu enfrentamento.
Agora as noticias falam dos comités revolucionários que estão a marcar  a luta contra as autoridades corruptas - mas uma coisa é certa, se nesses comités não estiverem representadas pelo menos as tres religiões principais, a paz não volta ao Líbano.

Rui Pinto - a informática tratada por tu
Finalmente libertaram Rui Pinto, depois de ele ter acabado por ajudar a PJ a descodificar toda a enorme lista de acessos de internet a ficheiros que revelam a pouca vergonha e as falcatruas que vão por esse país fora. Apesar de diversas teorias sobre a sua libertação e o seu "esconderijo" eu, talvez ingenuamente, acredito que o queiram proteger de potenciais ataques que lhe possam ser movidos.  Estas  máfias não brincam, mas agora só por vingança   lhe podem querer fazer mal. pois o que havia a descobrir já  foi descoberto. Até num jornal já dizem que merece uma estátua no Terreiro do Paço... mas que a PJ o aproveite, lhe dê um lugar nas suas equipas de informática, isso sim, será o mais acertado. Será  erro calamitoso desaproveitar  quem trata a internet por tu... Porém,  há crimes de que é acusado, mesmo que a Justiça seja leve atendendo aos serviços que já prestou, compreende- se - mas impune sem mais nem menos é que não.

Áreas Protegidas  e o fogo no Gerês
Nunca as Áreas Protegidas, Parque Nacional, Parques Naturais e  Reservas Naturais, estiveram tão abandonadas e o seu património tão desprotegido como agora. Nunca um Ministério do Ambiente foi tão inapto e relapso como este.
O actual fogo no Gerês é mais uma prova de falta de defesa das APs,  desde que desapareceram os guardas florestais que habitavam nas suas casas  nas serra - não é integrados na GNR que ao longe e de vez em quando,  olham para as matas e, num caso destes, tão melindroso, para verdadeiras florestas, relíquias que nos sobram daquilo que foi a nossa cobertura arbórea.
A falta de vigilância estende-se a todas as APs, a Ria Formosa, constituída Reserva  Natural em 1978 e alargada para Parque Natural em 1987, apesar do empenho do pessoal que lá trabalha, nota-se que é pouco e que por isso dunas, sapais, prados marinhos. estão sob pressão por vezes descontrolada e com o seu riquíssimo património natural em perigo permanente.
Fogo no Gerês, na Serra da Estrela, estou mesmo à espera de o ver rebentar na Serra da Arrábida !















sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O leão moribundo
A imagem de um leão moribundo é das que infunde maior  consternação. Aquela pujança, a potência do seu rugido, a agilidade  do andar, a imponência do seu perfil parado ou em movimento ficam na retina e na memória de todos. Aquela posição de fim de vida, o resfolegar lento, o olhar vidrado - a certeza  de que não voltará  a mandar no reino deste mundo  chocam e deprimem 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Pompa  e circunstância - legislação não falta
Dentro das grandes preocupações  da governação do nosso país continua a saída de nova legislação considerada indispensável...
Um belo Decreto-Lei, que jurista amigo teve a gentileza de me enviar, acaba de criar o Sistema Nacional de Planeamento Civil de  Emergência, "emaranhado" que agrega  altas personalidades e  9  (nove) Comissões de Planeamento - aliás todos nós já sabíamos da acção (visível ou invisível... ) mas eficaz destas 9 Comissões.
E para que serve este Sistema agora criado ? Ora, integra o existente ( e a maioria de nós não sabia !!) Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência, além, claro, da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.
Finalmente estamos protegidos contra todas as emergências !! Porquê ? Porque as finalidades deste recém criado Sistema são, textualmente, assegurar :
- a liberdade e a continuidade da acção governativa - finalmente os Governos já têm uma directiva segura que lhes confere liberdade para poderem governar à vontade...
-o funcionamento regular dos serviços essenciais do Estado - quer dizer que até aqui os serviços essenciais do Estado não funcionavam regularmente, já tínhamos dado por isso mas não sabíamos a causa...
-a segurança e o bem estar da população - ora era mesmo isto que faltava, a população não tarda nada a sentir-se muito mais segura e sobretudo com muito maior bem estar (as escolas vão funcionar com o pleno dos efectivos de professores e auxiliares, a saúde vai ter os quadros de pessoal (médico e outros) completos e a receberem o justo salário, a justiça vai ter excelentes instalações e todo o pessoal que precisa, a agricultura vai ter os seus serviços de apoio em pleno, vai ser reformulada a política florestal finalmente com a adequada implantação no território, etc, etc).
Enquanto vai saindo legislação indispensável para acudir a emergências, os incêndios continuam a emergir todos os dias, já são milhares e ainda o Verão vai a meio e as  medidas para garantir água de abastecimento público em todo o sul do país  não se vêem ( mas garante-se que não faltará água a ninguém, pois as danças da chuva e as procissões estão na calha ).
Isto só se resolve quando o PSD e o Chega forem Governo !!
País do faz de conta !
Bem gostaria de não ter que brincar com coisas tão sérias...




segunda-feira, 3 de agosto de 2020

 O país que temos...
Estas reflexões são as de um mero cidadão atrevido que nem sabe usar a linguagem superlativa dos chapéus doutorais que nos enchem de pesporrência em discursos de oratória tecno-económica e digitalizada, e atreve-se por descaramento a  tentar escrever com palavras que, acho,  todos percebem.
Seria bizarro  se não fosse trágico termos um país cada vez mais de  "faz de conta".
E tudo agora porque temos um Governo socialista, que em princípio deveria ser um exemplo de eficácia, de prestígio da Função Pública, de ética nos procedimentos e sobretudo - em pleno século XXI e depois de sermos abalados, em todo o mundo, por uma peste ou pandemia que veio evidenciar o descalabro das políticas neoliberais que se implantaram a partir das últimas décadas do século anterior - um Governo que devia ser eminentemente ecologista. Ecologista sem medo da palavra e das derivas radicais que sempre ocorrem como lapas e se agarram a todas as ideologias por melhores que sejam.  
Olhamos hoje  para um país que fica destroçado porque falhou o turismo, porque gerações sucessivas de políticos da direita e da esquerda se esqueceram que existem outros recursos que Portugal possui e poderiam ter explorado de forma rentável e, sobretudo, de forma social e economicamente relevante  : os recursos do sector agroflorestal.  Um País de monoculturas !!
Não conseguem meter na cabeça ( não percebem ou "não querem perceber") que desde os romanos, que foram na verdade  geniais na maneira de encarar o uso do território, existe a fórmula que nos ensinaram na escola de agros, saltus e silva - agricultura, pastagem e mata - como sendo a maneira de ordenar o espaço rural. Havia depois o paúl, as zonas de floresta natural e de caça e muitas vezes inundáveis nos vales das linhas de água, onde pouco ou nada se verificava de exploração humana.
Houve sempre técnicos vendidos, técnicos que por incompetência ou mero oportunismo, serviam causas políticas. No salazarismo houve agrónomos que pugnaram pelas infelizmente célebres campanhas do trigo, mesmo sabendo que derrubar azinheiras e matagal nos solos pobres e esqueléticos do sul do Alentejo e serras do Algarve para semear cereal era um erro crasso - mas fizeram-no. Ainda no salazarismo houve silvicultores responsáveis que pugnaram convictamente pela expansão dos eucaliptos, fosse em que solos fosse, como ainda hoje se pode ver; mas se os solos fossem melhores então era o tal petróleo verde e  a zona de Monchique foi privilegiada - em vez de ser  arborizada com  espécies autóctones que formariam ali uma excelente mata natural  (chegou a ser feito um plano sério nesse sentido, rejeitado depois, claro...) tornou-se na enorme mancha de eucaliptal desordenado que todos os anos arde - mesmo assim continuam-se a replantar encostas  sobre encostas com eucaliptos, desprezando o bom senso e a construção dum futuro equilibrado para a região.
Mas é bom não esquecer que mais tarde, já em plena democracia, houve agrónomos e silvicultores, alguns meus colegas,  que voltaram ao argumento agora com outro tom - de que as azinheiras estavam a roubar terreno para o pão do povo, e vá de cortar nos azinhos. Já ninguém se lembra?
Um Ministério da Agricultura e Florestas sempre foi o departamento governamental  que geria a agrocultura, até surgirem:  
 - por um lado os vendidos aos interesses privados da mata extensiva de produção de "paus a pique" para a indústria da celulose, em que reputados silvicultores anunciavam a riqueza, o petróleo verde nacional que eram os eucaliptais; em vez de um  ordenamento florestal equilibrado, que admitisse o eucalipto como espécie industrial acantonada em determinadas estações que esse ordenamento haveria de determinar, em vez disso tivemos a inundação de tudo quanto fosse terreno livre;
- por outro lado  as decisões como as de Cavaco Silva e sucessores em pagar subsídios aos pequenos e médios agricultores para deixarem de produzir a  troco de uns euros que recebiam: e a Europa haveria de inundar o País com comida produzida por ela, como a França que nunca abdicou - e bem - de usar a PAC para aguentar a sua agricultura familiar.
No primeiro caso domesticaram os Serviços Florestais (SF) que chegaram a estar nas mãos de gente ligada directamente ás celuloses, mas como ainda assim  constituíam um empecilho à liberalização dos eucaliptos, o melhor foi extingui-los. Mais tarde já se sabe qual foi o destino final dos SF, quem é que na "esquerda" mandou os guardas florestais para a GNR e como a direita eliminou a estrutura implantada de administrações florestais e acabou tudo no ICNF-. que voltou a ser adoptado - e de que maneira !- de novo pela esquerda. Nem um Partido Verde  consegue mudar o caos... Ecologia, Ambiente ? Balelas...

No segundo caso começaram por extinguir os serviços de extensão rural, que ensinavam os pequenos e médios agricultores a modernizarem as técnicas de produção e a introduzir melhores culturas e podiam assim estimular gente nova que quisesse ingressar no território que parecia abandonado de propósito para o eucalipto prosperar...
Depois foram as Direcções Regionais de Agricultura que foram perdendo relevância, transformando-se a pouco e pouco em meras repartições de preenchimento de papelada para subsídios.

O Ambiente então tem sido um belo espectáculo, Portugal criou uma  rede de Áreas Protegidas (AP) que podia fazer frente com galhardia a qualquer outro país europeu - alguém quer conhecer o estado de caos que reina nas APs faça uma visita e algumas perguntas em voz baixa...
Os Estudos de Impacte Ambiental (EIA) sempre foram uma burla, como classificou em tempos o Mestre Gonçalo Ribeiro Telles, pois enquanto eles forem encomendados por quem quer fazer uma intervenção, custe o que custar, e não houver uma comissão independente e idónea para os avaliar, percebe-se para que servem. Nunca o descaramento para fazer de conta que se fez um EIA foi tão flagrante como com este Governo e este Ministério do Ambiente (MA) a propósito do aeroporto previsto para o Montijo. O EIA realizado, vejam lá, teve o descaramento de chumbar o projecto - mandou-se fazer outro e seriam feitos tantos até que um  desse certo. Ora, se as condições do estuário do Tejo não mudaram e o projecto também não, porque é que o 2º EIA deu luz verde "com condições" ?...Nessas condições devia estar a colocação de  umas tabuletas ou avisos sonoros para as aves saberem que teriam que mudar de poiso!...
Tantos avisos sérios de especialistas e técnicos de aviação sobre os riscos do aeroporto em plena área de nidificação e habitat de milhares de aves; tantos avisos sérios de especialistas sobre a incongruência de se insistir num aeroporto naquelas condições mesmo depois da pandemia ter revelado que as características do tráfego aéreo vão mudar radicalmente; em vez de se mandar realizar um Estudo de Avaliação Ambiental Estratégica para encontrar a melhor localização para um aeroporto internacional que Lisboa precisa; em vez de se respeitarem os acordos internacionais de Conservação da Natureza (CN) - o MA sabe o que isso é ? -  vai-se construir um aeroporto em pleno Estuário do Tejo, Reserva Natural,  Reserva da Unesco, umas das áreas fundamentais da CN na Europa. E a Europa que vai mandar dinheiro aos milhões para cá, não diz nada?
País de faz de conta...

Há quem ache que a mentalidade de quem governa -seja a actual seja qualquer outra que venha a seguir...-  vai mudar, estimulada agora pelas evidências  deixadas pela pandemia... Não temos, na área das governações  ou no "arco" da governação, gente de fibra capaz de mudar o ciclo da nossa  mediocridade, era preciso um golpe de asa que as águias  adocicadas do nosso universo já não possuem - nem temos massa crítica e cidadania activa para o modificar. 
Estas reflexões  resultam de não acreditar que seja possível, no meu tempo de vida que já não será muito,  modificar a falta de compreensão daquilo que de mais profundo penso que  um país como o nosso necessitava de  empreender - escapar aos elos implacáveis de um liberalismo espúrio e governar de acordo com a grandeza enterrada das nossas capacidades sem com isso nos afastarmos  do universalismo da nossa História de quase novecentos anos.
Vêm aí "paletes" de dinheiro e já se prevê como vai ser gasto. Bem pode o Eng.º Miguel Freitas  falar nas perspectivas de  investir na infraestrutura verde, no mosaico de pastagens melhoradas, na composição silvo-pastoril inteligente e acessível aos pequenos agricultores, num interior renovado  onde agora falta tudo excepto o habitual programa anual de fogos rurais, esses sim a realidade dominante de mais de metade dum território esquecido, ignorado.
Bem se pode falar, como exemplo,  neste Algarve de monocultura turística, do excelente  pêro de Monchique, quase em extinção - serve de alguma coisa ter uma Direcção Regional de Agricultura ? Pergunte-se aos investigadores e técnicos de qualidade que lá trabalhavam em experimentação agrícola, o que fazem agora, o que aconteceu às suas estufas e outras instalações - e por todo o país foi assim. Trabalho que "honra" os Ministros da Agricultura que temos tido e os Primeiros Ministros que os dirigem - todos sem excepção!! Entretanto compramos quivis da Nova Zelândia, pêssegos do Equador ( Vieira Natividade  deve dar voltas na tumba !!),  ameixas do Chile ou da África do Sul. Pegada ecológica? - o que é isso para o novo deus do nosso século , o mercado?!

E só falei de meia dúzia de casos, mesmo dentro dos  sectores da agrocultura e do ambiente - imagine-se o que será falar dos assuntos, outros, deste país que vai receber milhares de milhões de euros para gastar...  
País de faz de conta !











sábado, 1 de agosto de 2020

Espuma dos dias...

O PSD vai por bom caminho...
As declarações de Rui Rio admitindo coligação com o Chega para formar um dia (...) um Governo, vai muito além de  todo o surrealismo da silly season. Eu até acreditava  que, para lá das limitações de contabilista ( sem desprimor para os bons contabilistas) e da pobreza intelectual revelada enquanto Presidente da Câmara M. do Porto, ele seria um social democrata da velha escola do PPD, quando Sá Carneiro quis inscrever o partido da Internacional Socialista. Afinal sai-se com uma destas e ultrapassa pela direita até o CDS. O Chega vai alimentar-se, esta é a minha convicção,  certamente de alguns saudosistas do antigo regime pré 25 de Abril, mas sobretudo das camadas mais desfavorecidas da sociedade, que só iriam descobrir o erro  se alguma vez aqueles títeres nacional-populistas chegassem ao poder. Lembro-me que Hitler arregimentou para  o nacional-socialismo a gente mais pobre e sem futuro de uma Alemanha nos níveis mais baixos de pobreza, e Mussolini fez o mesmo com os faccios, os fachos,   o que  criou o  fachismo.

Ministério da Agricultura ?
Existe um Ministério da Agricultura ? Pelo menos existe uma Ministra da Agricultura que está cheia de serviço, coitada:  primeiro ficou sem as florestas, pouca importância tem... Agora os animais de companhia  também deixaram de estar ligados à Veterinária e logicamente estavam  naquele Ministério, e passaram para onde ?  Ambiente, pois claro !!
Este é o Governo  mais idiota e estapafúrdio que já existiu em Portugal, com 50 membros - um despesismo sem sentido num Governo que se diz de esquerda e socialista.
E é a forma mais descarada de indicar a irrelevância do Ministério do Ambiente como o departamento governamental das questões ambientais - quanto mais coisas atirarem para lá, menos relevo será dado ao Ambiente do  Ministério cujo titular se ufana,  em parangonas no Expresso, que não é um ambientalista !!