domingo, 27 de março de 2022

 Pensando para mim mesmo

Ambiente

Desapareceu do Ministério do Ambiente (MA) o Ordenamento do Território (OT), mais uma inovação da nova governação onde se demonstra que António Costa será um bom estratega político e capaz de enfrentar as situações momento a momento, nomeadamente na Europa ( e ninguém lhe nega essa faceta positiva) -  mas não tem noção nem conhecimento sustentado de perspectivas de futuro de médio  e longo prazo para o território, que está sob alterações climáticas e inevitável condição mediterrânica.

Nunca me calarei e repetirei até ao fim dos meus dias : esta fragmentação por um lado do sector primário, mantendo separadas a gestão da agricultura e das florestas, esquecendo propositadamente que o sector deve ser o agroflorestal;  por outro lado desmantelando a politica de Ambiente ao  manter a Conservação da Natureza presa às florestas como era há 50 anos atrás ( que grande actualidade, hem??) e retirando o OT do MA, deu ao desbarato mais de 40 anos de Política de Ambiente que todos os Governos, mesmo os piores do PS, mais ou menos foram assegurando, década após década. E isto passa-se com um leve encolher de ombros de associações profissionais que se deveriam sentir afectadas ( e privilegio arqºs, arqºs paisª, agrónomos e silvicultores, pelo menos) e organizações ambientalistas que parecem mais interessadas em sobreviver no actual status quo do que levantar ondas e criar dificuldades a futuros entendimentos. É duro mas para mim é mesmo assim.

E  para corroborar esta análise ainda se refere que embora tendo saído o desastre que era o anterior Ministro do Ambiente, ainda ficou o pior Ministro(a) da Agricultura que só encontra parceiro no Ministro da Agricultura ( que me recuso a nomear) que existiu quando António Costa era Ministro da Administração Interna - quer dizer que  as más companhias e as más influências deixam marcas.

Que país este Portugal, com o seu sector mais valioso em termos de perenidade - o sector primário  terrestre ( veremos o que se vai passar com o mar...)- sem perspectivas sequer de médio prazo e muito menos de longo prazo. Espero que a História e os portugueses das próximas gerações venham julgar estes erros fatais quanto à sustentabilidade tão mal perspectivada pelos Governos deste início do século XXI.


A guerra - Enoja-me esta carnificina feita calculadamente, apenas com o intuito de arrasar, porque não há desculpa nenhuma, nem o auxílio dos americanos e da Nato nem o que estes tem feito ao longo dos anos, para que em pleno século XXI um mentecapto, armado em grande senhor das Rússias, se dê a si mesmo o direito de invadir e destruir um país independente, de mandar apontar misseis para estações de metro ( onde se escondem pessoas); de usar bombas de perfuração para destruir caves de armamento que também destroem caves onde se abrigam pessoas;  de arrasar por completo os bairros habitacionais como se fossem alvos militares; de tentar pela força voltar a juntar, sob a sua pata, os  países e povos que se autodeterminaram livremente (mesmo que nem tudo nesses casos seja perfeito nem limpo).

Acho ridículos os discursos de Jerónimo de Sousa, como o de ontem,  a falar de paz  e de direito dos povos, como se a santa Rússia possa ter e usar os armamentos que queira mas a Ucrânia não os possa receber do Ocidente ou da China - ainda não o ouvimos acusar a China... pois para ele o Ocidente é de onde vem tudo o que é maléfico como a democracia sem outra designação -apenas DEMOCRACIA. Tão maléfico que até ele,  camarada Jerónimo,  pode falar livremente e dizer as baboseiras da cartilha sem ser preso nem molestado, mas na saudosa Federação Russa - como antes na URSS- esses direitos não existem porque era  (e ainda é...) o povo que governa e dita as suas leis ! Hipocrisia e cegueira de velhice, sendo incrível como afecta ainda alguns milhares de portugueses,  mesmo depois dos crimes que se estão  a praticar e que o activo dirigente do KGB (que saudades também, não é camarada Jerónimo?) trouxe até nós desses velhos gloriosos tempos e os usa agora que se armou em novo e renascido czar.

E mais uma graça : assim como os católicos vão em peregrinação a Fátima, os muçulmanos a Meca, os nazis aos lugares de recordação do abençoado Fuhrer, onde é que os comunistas portugueses tem marcada as suas comemorações  dos 100 anos  do Partido? na santa Rússia, em peregrinação aos lugares sagrados do Lenine e do Estaline, para que todos os comunistas portugueses respirem o " ar limpo e desintoxicado" onde os malefícios do Ocidente não chegam.

Eu aqui há uns anos visitei "Leninegrado" e "Stalinegrado" com uma  excelente historiadora francesa, numa altura em que o actual czar não era ainda o "deus na Terra" ( preparava cuidadosamente o futuro...) e vivia-se e  sentia-se liberdade "à ocidental"; o povo na rua parecia alegre, havia oposição e órgãos de comunicação social independentes que exerciam o seu poder doutrinário como os outros órgãos afectos ao Governo.  Foi uma "Primavera  russa" que durou pouco, um czar não aceita quem se oponha, a santa Rússia vai voltar a ser o farol da Humanidade ( mesmo tendo sacrificado criminosamente a Tchechénia, o Azerbeijão, a Geórgia... que podem vir a ser as próximas vítimas do poder do czar)

Os camaradas portugueses vão agora rever os locais onde se impõe a mesma logica tirânica da anterior democracia popular e vão sonhar com o seu regresso como o renascer sol para todo o mundo... Que tristeza de retrocesso em pleno século XXI.  Os dinossauros não morreram todos num  mesmo momento, foram desaparecendo à medida que as circunstâncias ambientais de agravaram, os mais resistentes foram os últimos a desaparecer...






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