Como vai este jardim à beira-mar plantado
Estava para falar da guerra suja feita pelo Putin, o maior f.d.p, do século XXI, mas estou tão irritado que ficará talvez para amanhã.
Alterações climáticas em pleno
Aproveitando-me das alterações climáticas, estou a ter um tempo de banhos de mar excepcional, mas acho que vamos pagar isto com jutos elevados. Desde que me conheço que vou ao mar todo o ano, Verão e Inverno, mas nos meses mais frios foi sempre com alguma dificuldade em aguentar o mau tempo. Pois agora, em fins de Outubro, não me recordo de água de mar tão apetecível e um sol tão quentinho como nestes dias deste ano da graça de 2022. Ainda hoje lá estive, com o céu encoberto e o mar revolto, mas a água...uma delícia.
Não chove uma pinga que se veja, há dias caiu um aguaceiro que nem chegou a entrar na terra, apenas refrescou as plantas. Hoje já caíram umas pinguitas que, como nos outros dias, nem entram na terra.
Parece-me uma irresponsabilidade do Governo nem uma palavra dizer sobre soluções para a falta de água no sul do país; continua a fazer-se o regadio de pomares industriais, que pouco deixam quer no Alentejo quer no Algarve, excepto para os produtores que exportam e embolsam lucros. Quem quiser água para hortas ou culturas alimentares não a tem. Não há a mínima indicação de se estar a estudar efectivamente a construção de estações de dessalinização da água do mar, parece um tabu. Faz lembrar a história que eu invoco muitas vezes do chefe da aldeia do Astérix, o Abraracorcix. que temia que o céu lhe caísse em cima da cabeça- mas "hoje ainda não será a véspera desse dia".
A vida dos portugueses
Causam estranheza alguns aspectos da vida dos portugueses. Há uns milhares de famílias com rendimentos de salário mínimo ou perto disso que estão a passar fome e vão apanhar frio no Inverno. Os preços sobem todas as semanas mesmo de bens essenciais, e várias organizações de apoio social referem o aumento de pedidos de ajuda até de pessoas consideradas remediadas.
É preciso não esquecer que toda esta calamidade, a seguir a uma peste que só não é tão grave como na Idade Média ( ou mesmo do início do século XX) porque temos outra Medicina, se deve ao tal f.d.p. russo de que falarei mais tarde.
Mas a sociedade portuguesa continua com tics de comportamento contraditório: os combustíveis, de que não param de aumentar o preço, não fazem uma grande parte das pessoas desistir do seu automóvel. Continua tudo na mesma, nos acessos às cidades e dentro delas, ninguém quer parar o carrinho e ir de comboio ou de metro - e conheço gente que anda aos caídos, com o dinheiro pela razia, e continuam a não poder "perder tempo" nos transportes públicos - que são maus, a gente sabe, mas em tempo de crise deviam aguentar .
Há gente com dinheiro que mal dá para comprar o pão e o resto; mas os restaurantes estão cheios e não é só ao fim de semana - é todos os dias. Como é que há dinheiro para tanto gasto? O que anda escondido no meio desta confusão?
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