sábado, 11 de fevereiro de 2023

O discurso de Lula no encontro com Biden revela um cinismo que esconde a verdadeira posição que ele assume no conflito da Ucrânia. Então diz que não fornece armas aos ucranianos porque isso não contribui para a obtenção da paz- qual paz? Um país, a Rússia, invade outro país, a Ucrânia, por motivo de provocações dos contactos entre este e os EUA e a União Europeia, e em vez de propor conversar, invade; e agora não fornecer armas à Ucrânia quer dizer que ela perderá a guerra, a Rússia completará a destruição e a invasão e por isso... virá a paz. Porque não diz logo que o que pretende é que a Rússia ganhe a guerra? Não tem coragem para assumir essa posição? Quer estar de bem com Putin e com Biden e com os europeus e os países democráticos? Diga-o, sem cinismo. Não se pode estar com um pé em cada lado, há gente de todas as cores (como o Miguel Sousa Tavares) que me deixa atónito. Não gostam do Zelensky porque acabou com o domínio russo no país, porque inviabilizou alguns partidos como o partido comunista que era pró-russo, porque efectivamente teve práticas pouco democráticas nos primeiros tempos da sua governação ( não custa a aceitar, claro que fez isso) e porque é apenas um comediante de televisão, já ouvi esta, quer dizer, um tipo sem preparação para a figura que agora desempenha, não aceitam que ele foi capaz, talvez fazendo uso da sua prática de actor, de mobilizar o seu povo e de o manter neste caminho duro da independência. Há uma maneira decente de acabar a guerra e haver negociações: o país invasor retira as tropas e deixa de bombardear, e senta-se à mesa para converar. Mas isso era se Putim apenas quisesse calar a Ucrânia - ele já o disse, ele quer reconstruir a área de influência e de domínio da "saudosa" URSS. Depois da Ucrânia seguem-se os outros paises que tiveram a ousadia de quererem ser indepndentes, vejam lá !! Como é que isto é encoberto pelos que negam auxílio aos ucranianos, a não ser por cinismo? Querm um imperialismo oriental que se oponha ao imperialismo americano e estão sempre a enxovalhar a Europa por "estar a perder a sua perspnalidade ao subnmeter-se aos EUA". Aliada não é submissa, é concordância de pensamento. Também há na UE muita coisa que eu não gosto e me custa a calar, e se quiser falar, falo sem ser preso... Esta democracia neo-libertal não me agrada e denuncio-a - e bato-me por mudança. Castela sempre quis ter o domínio do seu espaço peninsular, conseguiu travar os catalães e os bascos e leva há séculos a tentar o mesmo com os portugueses; a última vez foi nos anos 40 quando Franco ganhou a guerra civil e esperava que de Hiter viesse o apoio para ocupar toda a Peninsula, o que com a derrota nazi não ocorreu. Conheci quem viveu esses tempos em Madrid. ENTÂO, se agora Castela retomasse o seu sonho de grandeza e invadisse Portugal, este não tinha o direto de recorrer a todos os seus aliados para o ajudarem a garantir a independência? Há assim uma diferença muito grande com o que ocorre na Ucrânia? Essa treta de que russos e ucranianos são o mesmo povo, ( os ucraniamos estão a demonstrar o contrário) é o mesmo argumento de Hitler para ter invadido todos os países germanófonos - ou também não se compara ? Sou ferozmente pela democracia total mas responsável- se o imperialismo americano me deixa ter essa liberdade e me deixa até falar contra ele sem represálias, não tenho outra escolha a fazer se do outro lado está um imperialismno que mata, envenena, assassina os adversários e que impede a liberdade de expressáo, etc etc

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