Ontem ouvi na rádio um belo poema de Castro Mendes, dito por ele mesmo, de homenagem a Fernando de Mascarenhas, um homem da Cultura que partiu em 2014 e que em Abril passado teria comemorado 75 anos. Conheci-o quando deu aulas de Filosofia na Universidade de Évora e tive com ele apenas uma pequena convivência, completada com alguns serões culturais, magníficos, no seu palácio. O Marquês Vermelho, como chegou a ser conhecido antes do 25 de Abril, conspirou contra o salazarismo e acolheu reuniões de conspiradores, sendo chamada à PIDE.
Era uma personalidade afável e nada entregue a vaidades, embora fosse senhor de amplos títulos de nobreza e alguns recursos e defendia com ânimo a democracia e a liberdade.
Aceitou que o livro "Fundamentos da Arquitectura Paisagista" em que eu coligi diversos textos do Prof. Francisco Caldeira Cabral, pudesse ser apresentado no seu salão, onde uma excelente introdução do Gonçalo Ribeiro Telles precedeu as poucas palavras que pronunciei sobre o livro que estava a ser apresentado
O poema de Luis Filipe Castro Mendes recorda esse homem que ainda poderia ter dado muito mais à Cultura portuguesa se não tivesse partido tão cedo.
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