Pensando no que vai por este mundo...
A guerra- Não sendo politico encartado nem sócio de nenhum Partido, mas com um mínimo de informação e de formação, vejo-me a voltar aos mesmos assuntos várias vezes - a guerra que a Rússia impôs à Ucrânia e, por mais que se queira não, não se deixa de falar nela directa ou indirectamente.
A guerra contra a Ucrânia neste século XXI, é uma aberração e ainda mais quando, para além dos sofrimentos de qualquer guerra mas com um mínimo de ética, estamos perante uma guerra suja que escandaliza qualquer cidadão medianamente bem formado - menos ao que parece os comunistas portugueses e os seus "historiadores", "advogados" "jornalistas etc.
Já se tornou evidente que um ditador como Putin está a usar os mesmos argumentos e os mesmos processos que o Hitler ou qualquer outro facínora já usaram; motivos como proteger as populações russófonas e garantir a sua "área de influência" são os mesmos dos nazis alemães para iniciarem a guerra - proteger e integrar as populações germanófilas e germanófonas e assegurar o seu "espaço vital." E os mesmos métodos de guerra suja : arrasar por completo as cidades, deixar as ruas armadilhadas com minas anti pessoal, destruindo tudo quanto é vital e civil ( escolas, hospitais, etc) foi o mesmo que fizeram os nazis e os franquistas em Guernica.
Os tais que são contra o "pensamento único" - o que defende que a culpa é da Rússia e é ela que deve ser criminalizada - querem a paz (ou seja a capitulação da Ucrânia) e o fim da corrida aos armamentos, quer dizer que os países ocidentais deixem de fornecer armas aos ucranianos porque assim...a guerra termina e vem a paz. Já se viu maior falta de vergonha, maior hipocrisia ? Só porque na Rússia repousa a herança saudosa das União Soviética que, quem sabe, voltará ainda a brilhar para "alegria do mundo": e porque preferem o imperialismo russo ao imperialismo americano. Por mim repudio os dois e ao longo dos anos, não vou aqui repetir, manifestei a minha oposição aos vários atentados perpetrados pelos EUA contra outros povos e países. Mas apesar disso eu a ter que escolher prefiro o imperialismo americano que me permite usufruir da minha democracia ( veja-se como ela esteve em risco com o Trump). E ou o Ocidente ( que também se estende para oriente como o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália, etc) ajuda a sério a Ucrânia a ganhar a guerra que ela não provocou, ou teremos muito maus tempos nos anos que aí virão. Este é um dos casos em que não se pode ficar com um pé em cada lado, é urgente tomar posição e fixar bem quem são os inimigos da democracia que temos dentro da nossa casa.
Democracia e liberdade - É um privilégio viver em democracia, nesta democracia nascida na Europa, cheia de erros e de vícios mas onde, em cada dia, cada um pode expressar o que pensa e ser responsabilizado se não respeitar os parâmetros da ética - mesmo com os tribunais a falharem tanto...
Acusam, a quem pensa como eu, de euro-centristas, mas os factos são o que são, não se mudam por decisão seja de quem for, os factos acontecem e pronto. E ao longo dos séculos foi da Europa que saíram as luzes de pensamento para iluminar o mundo - é a verdade, pura e simples. E, repito mais uma vez, da Europa meridional.
A democracia ocidental emanou daqui para todo o mundo e nem sequer se pode acusar que foi fruto apenas de colonialismos e outras práticas, porque convictamente penso que, se o colonialismo, apesar de todos os seus cortejos de injustiças, escravatura e malefícios, o foi durante a etapa da Humanidade em que essa prática era a norma, por mais hedionda que a encaremos no tempo de hoje. Mas desde que o homem é homem a viver em sociedade que a escravatura como revela o próprio K. Marx, fez parte das fases de construção da economia.
Grave e criminoso foi, como em Portugal com a ditadura do Estado Novo, ter prolongado o colonialismo até ao seu extremo perverso da guerra colonial - quando fomos um dos primeiros a dar o exemplo da descolonização com o Brasil e quando todas as demais nações europeias colonialistas já tinham, a seguir à 2ª Grande Guerra, começado a libertar as suas colónias.
( Vou parar hoje aqui, mas continuarei a reflectir sobre os temas mais importantes das nossas vidas - a liberdade e a democracia).
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