A morte de um amigo
Fiquei abalado; o Manuel António Antunes morreu há dois dias. Soube já a noite ia adiantada e fiquei abalado. Inesperadamente, aliás como deveria ser a morte de toda a gente: sentado num sofá, à noite, em casa de um vizinho a ver pela Tv um jogo de futebol, tombou para o lado e pronto.
O "Nelinho" era um dos meus quatro alferes da Companhia que comandei em Angola; passámos maus bocados por lá, outros mais animados e depois ao longo dos anos convivemos bastante - até porque ele tinha casa e alguma família aqui em Monchique. Estivemos juntos há pouco mais de um mês num convívio.
Dos "meus" alferes o Carreira morreu pouco tempo depois de chegarmos de África, o Teodósio desapareceu de um dia para o outro, aqui há uns anos, emigrando para o Brasil e nunca mais deu sinais de vida, o Dâmaso vive em S. Miguel e convivemos de vez em quando - só o Antunes cá estava, ano após anos, nas nossas reuniões de convívio. Recordo-o já com saudade pois tínhamos combinado um almoço aqui pelo Algarve, um dia destes. É assim a vida - mas a morte deste jeito é o que deveria caber a cada um de nós, sem sofrimento e sem aviso. Pronto!!
A vergonha nacional dos trabalhadores escravizados
Tanto alarido por causa da situação dos emigrantes escravizados no Qatar e sabíamos ( mas esquecemos) que tínhamos e temos por cá o mesmo negócio. Desde para ai há um ano o caso dos trabalhadores em Odemira e agora a PJ sentiu.se estimulada e lá anda de volta de traficantes de trabalhadores, escravizados no Alentejo e certamente noutros pontos do país.,
Sem comentários:
Enviar um comentário