Divagando...
Há filosofias saídas da mente de alguns privilegiados do pensamento que dizem verdades que acabamos por reconhecer como sendo também as nossas ideias....se pensarmos nisso.
Pensar na vida e na morte é inevitável, mas nem todos entendem que existe um único processo; a morte existe depois de um tempo de continuidade do processo vital, ela é o culminar desse processo. Nietzsche foi um dos que expôs essa ideia e, estando em desacordo com ele em muitos aspectos, não posso deixar de aceitar que foi um génio e à frente do seu tempo - até do nosso tempo onde se continua, em alguns sectores mais retrógrados e conservadores ( no mau sentido), a laborar nos mesmos equívocos.
Devemos viver a vida ao máximo, sempre foi o meu lema!
Aceitar a vida tal como ela se nos apresenta e com que nos confronta - quem assim procede está em consonância com a Natureza, com a física e a química que presidem ao processo vital ao qual nós podemos dar um jeito dentro de certos limites mas não podemos alterar o percurso em definitivo - a não ser pela morte...
A vida é a maior "obra de arte do universo, é nela que conjugam todos os grandes valores que foram despoletados pelo Big Bang e nada espera de nós nem de nós necessita seja para o que for; se esta forma de vida desaparecer outra nascerá ( ou até já terá nascido...) em qualquer local do Cosmos.
A matéria existe antes que se tenha qualquer conhecimento dela; a matéria é anterior ao pensamento e às ideias que se foram construindo depois.
O pensamento não é nada de espiritualmente superior, ele resulta da própria evolução material do ser humano, foi-se ampliando à medida que o cérebro e a concentração de energia foram acompanhado a evolução biológica dos seres animais superiores. A História do Pensamento revela essa mesma evolução no tempo. Desde os seus primórdios que os homens pensam e meditam sobre a matéria que os rodeia.
Quando Demócrito concebe o átomo havia quase um vazio à sua volta, ele mesmo não tinha qualquer conhecimento para defender ou descodificar essa teoria. Mas a "ideia" do átomo divisível em partículas cada vez mas pequenas estava na própria génese do pensamento.
O homem deve a si mesmo e às suas evolução biológica e evolução de consciência ( esta não como propôs Teillard de Chardin devida à dádiva dum Deus maior, mas como resultado do seu próprio processo biológico) a sua posição de supremacia no mundo do planeta onde esta forma de vida se desenvolveu.
O antropocentrismo levou a excessos de convicção de o homem finalmente ser um ente que se sobrepôs à sua origem natural- isso levou à degradação e erosão dos alicerces da própria Natureza e ainda hoje estamos a pagar - sem dúvida a começar a pagar - as alterações que as acções humanas produziram nos ciclos naturais.
Termos consciência desta nossa força é não só essencial como é o motivo para um aperfeiçoamento da nossa vivência - e as imensas capacidades das tecnologias que se têm criado, e que podem jogar para lados antagónicos, terão forçosamente de evitar a continuação do suicídio colectivo que poderá levar ao desaparecimento da forma devida que é a nossa.
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