quarta-feira, 18 de abril de 2018

A espuma dos dias

2 - Intervir na Paisagem - A sessão que decorreu no Centro Nacional de Cultura no dia 12 passado, conforme estava previsto, foi bastante interessante porque colocou frente a frente a minha visão da Arquitectura Paisagista, plasmada no livro com o titulo acima indicado, e a do Colega e Amigo Leonel Fadigas, com outro seu livro intitulado "Território e Poder - o uso, as políticas e o ordenamento ".
Foi uma sessão de ameno debate que durou até perto das 9h da noite, com bastante participação de arquitectos paisagistas mas não só, pois estavam  lá outros profissionais. Mas afinal quando o Fadigas diz que o ordenamento e a gestão do território  não são questões exclusivamente técnicas, são, em muito, questões políticas, acaba por concluir o que também eu afirmo e a maior parte dos nossos colegas de profissão : intervir na paisagem também é intervenção política. (estas palavras sublinhadas estiveram para sair como  subtítulo do meu livro de textos. E e cada sessão eu não deixei de referir que o Prof. Caldeira Cabral nos ensinava que a arquitectura paisagista é uma arte política, porque interfere com a vida dos seres vivos e contribui para gerir o seu comportamento e inserção nas paisagens.

1 -  A corrupção - Não passa um dia em que a comunicação social não saia com novidades de mais um caso se indigitada corrupção, que surge nos mais diversos lugares : na polícia, no exército, nos autarcas, nas escolas;  agora até querem apontar os deputados das Regiões Autónomas porque recebem o subsídio da Assembleia da Republica, extensível a todos os deputados -  ilhéus ou continentais -  e ainda recebem o desconto nas viagens para as ilhas a que têm direito todos os residentes  nos arquipélagos, sejam deputados ou não. Aqui eu não vejo corrupção : os deputados ilhéus pagam os seus bilhetes de avião só que pagam como residentes na ilhas que efectivamente são e não têm que ser descriminados negativamente  por esse facto. 
Ainda bem que se detectam cada vez mais casos de corrupção e isso é uma vantagem da democracia. Mas a mesma comunicação social deixa de apontar alguns casos : a SIC tem andado a publicar uma grande reportagem sobre o processo em que está envolvido José Sócrates, entre outras grandes figuras da vida publica e económica -  e ainda bem. Só que gostaria de saber como é que a SIC consegue  apresentar gravações dos interrogatórios feitos pelo Procurador, no gabinete deste ou pelo menos nas instalações  do MP,  em sessões do processo que está em curso, gravações que estão cobertas pelo segredo de justiça. Como é que essas gravações saiem cá para fora ?  Não é o ou a jornalista que assalta o escritório do Procurador e rouba as gravações - portanto alguém "lá de dentro" as fornece. E não há almoços grátis, ou há ? E isto não é corrupção  da pior dentro de um caso que está a julgar um caso grave de  corrupção ? Tal está a moenga, hen ?




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