Momento político
Um tiro no pé
Há uma tendência generalizada dos Governos, em geral, para em certas ocasiões e por motivos que escapam aos comuns mortais, eleitores e/ou contribuintes, tomarem decisões absurdas e contrárias que são autênticos tiros no pé.
A recente nomeação para a chefia das "secretas" dum diplomata de carreira, Pereira Gomes, é um desses casos. Qualquer governante quando propõe a nomeação de um dirigente para uma instituição publica, deve conhecer não minimamente mas em profundidade, o carácter e o currículo do escolhido.
Ora quanto a este agora indigitado para chefiar não um Serviço qualquer mas logo o SIRP que tutela a "inteligência" do Estado Português, quer a deputada Ana Gomes ( que terá certamente muitos defeitos mas ninguém a acusa de esconder ou fugir à verdade mesmo que afecte o seu Partido que é o PS), quer o jornalista do Publico Luciano Alvarez. vieram desmontar a personalidade do referido diplomata. descrevendo o péssimo trabalho que fez à frente da missão portuguesa em Timor, a seguir ao referendo que trouxe a independência àquele território, em que eles os dois estiveram presentes.
O trabalho por ele feito, documentado pelos dois intervenientes, desrespeitou a orientação do Governo de António Guterres e do Ministro Jaime Gama, e foi prejudicial para a imagem de Portugal naquela fase decisiva do processo de Timor. Apesar o sujeito ter publicado um livro a justificar, os dois acusadores desmentem-no categoricamente e não têm dúvida de que o assunto melindroso é do conhecimento do PS, pelo menos de Guterres e Gama, e por maioria de razão deve ser do conhecimento de António Costa e do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Põe-se a pergunta : porque é que António Costa dá este verdadeiro tiro no pé? Como diria o Herman José, " não havia necessidade..."
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