Ao correr da pena...

Mesmo para um blogger intermitente como eu há assuntos do dia -a -dia que não podem escapar a registo sucinto.

1- Em 9 de Maio passado escrevi uma nova carta ao Primeiro Ministro sobre a situação caótica do ICNF, e dou algum tempo ao tempo para a tornar publica. Mas adianto que refiro o caos naquele organismo e o grave erro que consiste em manter  o Serviço com duas tutelas, o que só por si revela o desnorte em matéria de Ambiente.  Frequentes vezes chegam até mim os testemunhos de técnicos de diversas APs que são exuberantes provas de desânimo, de falta de empenho e de ausência daquela actividade fundamental para a qual as APs e em especial os Parques Naturais, foram projectados e instituídos.

2 - Há dias referi aqui a crueldade europeia em deixar dezenas e dezenas de milhares de crianças isoladas, refugiadas e abandonadas, sem qualquer apoio,  a viverem nos diversos países onde conseguiram entrar. Estamos a preparar terroristas e criminosos.

Mas cá pelo nosso País pratica-se uma crueldade não menos grave, como noticia a comunicação social, que é a devolução de crianças tomadas para adopção, pelos casais que as foram buscar aos serviços de assistência. Imagine-se o trauma que uma criança pode sofrer, sendo resgatada a um serviço assistencial, pensando e vivendo a entrada numa família, experimentando - espera - se !! - um carinho que na creche não teria, ver-se devolvida ao contexto anterior.

É simplesmente revoltante e alguma coisa terá  de ser feita sobre esta matéria.

3- Last but not the least  -  Trump e as alterações climáticas.

Já foi dito tanta coisa sobre este assunto, mas ninguém pode ficar indiferente a ele. Trump começou na sua campanha por denegrir a ciência  que avisa dos perigos imediatos das alterações climáticas. Como se dizia no editorial do jornal Publico a medida é duplamente idiota porque é baseada num negacionismo bacoco e porque presume que os EUA podem voltar à politica energética do carvão e dos combustíveis fosseis.

Ora negacionismo bacoco é moeda corrente nos EUA, onde ascendem a milhões os criacionistas, que negam a evolução darwiniana por que esta, como eu próprio já ouvi num programa televisivo, não vem na Bíblia onde se diz que todos os seres vivos foram criados por Deus. Portanto a negação da Ciência e o seu desconhecimento ou desclassificação fazem parte da raiz cultural de milhões de americanos, daquele país que é o mais poderoso do mundo até em termos científicos. Trump representa então o mais genuíno do povo americano? Se os americanos não o destituírem dentro de pouco tempo, é isso mesmo, ele é que representa a maioria dos cidadãos americanos, gostemos ou não dessa evidência.

Por mim ficaria indiferente, o pior é o tal botão vermelho que o louco pode accionar...