O liberalismo no seu melhor
O liberalismo é um sistema concentracionário, anti democrático ; aproveita-se da democracia para subir nas sociedades, e depois torpedeia toda e qualquer tentativa de o desalojar.
Recordo sempre que foi contra o liberalismo que estava a ser sufocante e opressivo, que no séc. XIX se levantou o marxismo, mas também a Igreja católica, com o Papa Leão XIII ao publicar a Encíclica Rerum Novarum., com a qual procurou instituir a doutrina social da Igreja.
Desse confronto com o liberalismo libertino nasceram os socialismos moderados e a social democracia e na direita a democracia cristã, uma espécie de esquerda da direita..
Durante décadas, após a Segunda Grande Guerra estes regimes moderados trouxeram a paz e o bem estar ao continente, quase que desapareceram os partidos liberais e quase ninguém se afirmava nesse quadrante. Foi preciso esperar pela queda do Bloco Soviético para que o liberalismo - a lei cega dos mercados e do ,poder dos grandes grupos financeiros, sem rosto nem pátria- emergisse, qual vírus adormecido , e de novo se esteja a tornar opressivo.
Hoje njá de pouco vale a palavra do Papa, os democratas cristãos viraram mercantilistas e só adoram o dinheiro e o,poder que ele lhes trás, Os socialistas e social democratas, encolheram-se com a queda do marxismo, assumindo por vergonha ou receio uma causa que não era a sua.
A construção da actual ordem económica e social que domina a União Europeia é a mais acabada e refinada estrutura dominante que o liberalismo foi capaz de erguer, a tal ponto que de nada vale em cada país triunfarem democraticamente forças políticas não liberais, porque a estrutura supra nacional impede toda e qualquer veleidade de desrespeito pelo catecismo libertino.
A actual aquisição do Banco Popular em Espanha pelo Banco Santander é o último , acto, até agora, desta estratégia de entregar a poucos bancos internacionais o domínio dos meios e do poder financeiros. Por isso deve merecer preocupação e ao mesmo tempo algum orgulho pelo que este actual Governo conseguiu ao aguentar a Caixa Geral de Depósitos, que passa a ser o único banco 100% português, administrado por portugueses. Acredito que isto exaspere os libertinos europeus, como os Ministros das Finanças alemão e holandês e os seus agentes políticos em Portugal.
Mas que fiquemos todos cientes : estamos a assistir na Europa ao liberalismo no seu melhor ( ou no seu pior)
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