domingo, 15 de março de 2020

O coronavirus e eu
ou eu e o coronavirus
Os da minha idade têm tendência a contar muitas vezes a mesma história  e eu não fujo à regra. Creio já ter referido várias vezes a citação que vou fazer, mas é tão actual e acutilante que a vou repetir.   Atribui-se a Einstein ter dito, mais ou menos,  que " conhecem-se dois infinitos, o universo e a estupidez humana - mas não estou muito seguro quanto ao primeiro"...
Em todo o século XX ficaram bem patentes os casos de estupidez humana e as terríveis consequências que dai advieram, e este século XXI vai pelo mesmo caminho e só começou há pouco tempo.
Esta crise do coronavirus  é um bom exemplo e só vou falar cá dentro da "nossa casa". O primeiro caso já tem sido denunciado e é espantoso, que foi o assalto ao papel higiénico nos super mercados - mas porquê? Alguém avisou que o virus provocava caganeira ? Não sei se alguma tolice saiu nas redes sociais, porque não as frequento senão esporadicamente, mas é uma demonstração de total falta de senso.
Outro aspecto é ainda o açambarcamento de víveres nos super mercados e em todos os lugares onde se vende alguma  coisa para comer - mas porquê ?  Há greve dos transportes?
Eu esta manhã ia a caminho da Ilha de Faro e parei num supermercado para comprar o jornal, talvez pão e uns iogurtes; passavam uns 20 minutos  das 9 h da manhã e o super estava repleto de gente,  com filas enormes nas caixas de pagamento e, claro, desisti, nem entrei; tem de haver muito dinheiro e não percebo porque as pessoas se queixam de que vivem mal. É que há duas semanas que isto acontece todos os dias, até nas lojas de uma vila como S.Brás - grande negócio para as empresas !!Como não vendem a fiado, aquela mercadoria toda é paga na hora - quanto tempo as pessoas aguentam neste frenesim? É mais um exemplo de flagrante estupidez humana!!
Claro que a situação da pandemia é séria, mas o mais sério que podemos fazer é ter bom senso e não "engravidar pelos ouvidos" como se diz em brejeirice foleira.
Eu acabei de chegar da praia na "ilha" de Faro e sigo em consciência as recomendações - fui sozinho no meu carro ( mas podia levar 2 ou 3 pessoas de família),  estacionei num local onde havia poucos carros perto, andei na praia onde passeava uma dúzia de pessoas em todos aqueles quilómetros de areia, respirando bom ar e uma aragem fresca, com  um sol magnífico e tomei a minha banhoca, como faço sempre - acredito que o virus não sabe nadar e assim afogo-o... Passando a brincadeira, eu tenho consciência de que milhares de pessoas não podem fazer isto, por não terem essa  facilidade, mas muita gente pode fazê-lo e não o faz. seja na praia, no campo ou na montanha.  E tem-se visto entre a malta nova  que a estupidez humana prevalece e quando escolhem ir à praia vão aos magotes, nem sequer se separam minimamente uns dos outros.
A terceira idade ( ou quarta, sei lá!) não entende que uma forma de ganhar resistência a esta ou a qualquer outra "bichesa" é ter actividade física habitual e regularmente. Não é preciso ir tomar banho ao mar, nem todos são tão malucos como eu, mas há boas piscinas municipais em todas as cidades, e agora nestas circunstancias de maior cuidado  sem ser natação podem-se fazer caminhadas  e bicicleta  em parques ou no campo, com a intensidade necessária para produzir bom efeito. Não é preciso fazer etapas de campeonato. Pois por mais que eu pregue esta sentença com regularidade tenho um velho amigo que faz orelhas moucas, e dos que eu conheço nestas idades contam -se pelos dedos da mão os que praticam.
Vamos lá ver como se vence este virus, sem mais excessos desnecessários e até contraproducentes.















1 comentário:

  1. Não conhecia a frase do Einstein.Quanto ao descrito, sem comentários. Faço campismo em Celorico de Basto e não noto no Hiper local uma aglomeração de pessoas exagerada.Será porque o dinheiro não abunda? Ou são mais civilizadas?

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