quarta-feira, 2 de maio de 2018

A espuma dos dias

1- Barrigas de aluguer -  Não sei se a minha posição é de direita ou de esquerda, mas se for de direita tanto me faz.
Eu não concebo que se transforme a mulher  numa máquina de parir e a maternidade num  negócio. Custa-me a entender como é que uma mulher cria um filho na barriga durante nove meses e depois se desprende dele como de um objecto que não lhe diz nada. Acho que é aviltante para a mulher e então se for a troco de dinheiro, como se de uma qualquer mercadoria se tratasse, ainda é mais pavoroso.
Custa-me a entender que as feministas possam alinhar com situações destas, em que mais uma vez e de uma forma cruel o corpo da mulher é pensado e usado como uma simples máquina de parir.
Há tanta criança para adoptar nas instituições, onde pais inférteis podem ir buscar uma criança da mais tenra idade e fazer dela o seu filho ou a sua filha, até podem escolher. Agora que uma mulher também aceite receber da barriga de outra um filho por encomenda  para criar como seu, deve ser o meu entendimento que é tacanho  e não entende.

2- Ainda os fogos florestais - Se o Governo escondeu durante seis meses o relatório da auditoria interna da Protecção Civil que demonstra o caos que se verificou nas primeiras horas do grande incêndio de Pedrógão, é revelador da irresponsabilidade que continua a lavrar em matéria de política florestal.  
Veja-se como deixou de se ligar o problema dos fogos florestais aos técnicos florestais e a um Serviço que devia existir que os enquadrasse, e praticamente só se fala da Administração Interna e do que ela faz ou não faz. Este Governo está a ir a um ponto de desnorte que é difícil de entender, entrega ás Autarquias o que seria a responsabilidade do Poder central ( com a evidente colaboração indispensável das Autarquias, claro), faz leis sobre leis para reformar  o quê ? É o ICNF que vai ficar como autoridade nacional florestal, sem guardas florestais, sem uma estrutura regional e local que enquadre as medidas a tomar? O ordenamento florestal vai fazer-se apenas por voluntarismo? Não é necessário um organismo que trabalhe em consonância com as Universidades?
Repito até à exaustão : dêem as voltas que quiserem dar com leis e mais leis,  sem uns Serviços Florestais vai continuar a ineficácia a que nos têm habituado os últimos Governos  e este em especial ( com pena o digo)!!

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